Post on 07-Jul-2016
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Obstrução por corpo estranho
(OVACE)
ANATOMIA e FISIOLOGIA
- Entende-se por obstrução de vias aéreas toda
situação que impeça total ou parcialmente o
trânsito do ar ambiente até os alvéolos pulmonares
- A respiração tem como objetivo levar oxigênio aos
tecidos e remover dióxido de carbono, permitindo
o metabolismo das células;
- A hipercarbia causa vasodilatação cerebral,
comprometendo o metabolismo dos neurônios, e
provocando acidose respiratória e redução do nível
de consciência Inconsciencia
PERDA DE CONSCIÊNCIA
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
RECONHECIMENTO PRECOCE
CAUSAS MAIS FREQUENTES:
1. ALIMENTOS - CARNE
2. PRÓTESES DENTÁRIAS, FRAGMENTOS DENTÁRIOS
3. CHICLETES, BALAS ETC
4. ASPIRAÇÃO DE MATERIAL REGURGITADO, SANGUE
LACTENTES E CRIANÇAS
1. ASPIRAÇÃO DE PEQUENOS OBJETOS
2. ASPIRAÇÃO DE LEITE REGURGITADO
RECONHECIMENTO
VÍTIMA BOM ESTADO
SUBITAMENTE PARA DE RESPIRAR
CIANOSE E INCONSCIÊNCIA
DIFERENCIAR DE:
1) INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
2) PARADA CARDIO RESPIRATÓRIA
TIPOS DE OBSTRUÇÃO1. PARCIAL(LEVE) MANTÉM ALGUMA TROCA GASOSA
SINTOMAS: TOSSE FORTE, SIBILOS
CONDUTA: NÃO INTERFERIR
2. TOTAL(GRAVE) TROCA DE AR SE TORNA INSUFICIENTE
TOSSE INEFICAZ, FRACA, RUIDOS RESPIRATÓRIOS
ESTRIDENTES , GEMENCIA, DIFICULDADE RESPIRATÓRIA
ACENTUADA, CIANOSE.
CONDUTA: MANOBRAS
TIPOS DE VÍTIMA1. CONSCIENTE: OBSTRUÇÃO TOTAL
SINAIS DE ASFIXIA (AGARRA O PESCOÇO), INCAPAZ DE FALAR
OU TOSSIR, CIANOSE E ESFORÇO RESPIRATÓRIO EXAGERADO,
MOVIMENTO DE AR NÃO DETECTÁVEL.
EXIGE PRONTA AÇÃO - MANOBRA DE DESOBSTRUÇÃO
2. INCONSCIENTE: VÍTIMA ENCONTRADA INCONSCIENTE
SUSPEITA: IAM, AVE, OBSTRUÇÃO DE VA,PCR
SINAL UNIVERSAL DE ASFIXIA
ADULTO
OBSTRUÇÃO POR LÍQUIDO:
ROLAMENTO 90º - lateralização da vítima em
monobloco - libera as VAS de secreções e sangue.
ADULTO E CRIANÇAS MAIORES DE 1 ANO
OBSTRUÇÃO POR SÓLIDOSREMOÇÃO DIGITAL - somente se o corpo estranho for visível e facilmente
acessível.
TÉCNICA DA EXTRAÇÃO DIGITAL
Abertura da boca ( dedo cruzado ou elevação da
mandíbula) inserir dedo indicador (mínimo em
lactentes) em gancho sem aprofundar ou pinçar com
indicador e dedo médio.
ATENÇÃO!
CONTRA-INDICADO SE MATERIAL NÃO FOR
VISÍVEL
Extração digital de corpo estranho
OBSTRUÇÃO POR SÓLIDOS
ADULTO E CRIANÇAS MAIORES DE 1 ANO
COMPRESSÃO ABDOMINAL - MANOBRA DE
HEIMLICHTécnica: 5 compressões sobre região superior de abdômen, entre apêndice xifóide e
cicatriz umbilical.
MANOBRAS DE HEIMLICH
COMPRESSÃO ABDOMINAL
MANOBRA DE DESOBSTRUÇÃO
COMPRESSÃO TORÁCICA
•Indicada em vítimas obesas ou
gestante.
•5 compressões terço inferior de
esterno, acima do apêndice xifóide
COMPRESSÃO ABDOMINAL OU
TORÁCICA
INDICADA EM VÍTIMAS
CONSCIENTES EM PÉ, SENTADA
OU DEITADA.
VÍTIMAS INCONSCIENTES -
MANOBRA DE RCP SE
ESTIVER EM PCR
Colocar o punho acima do
umbigo, enquanto agarra-o
com a outra mão. Incline-se
sobre uma cadeira empurrando
o punho na sua direção,
impulsionando para cima.
CAUSAS MAIS FREQUENTES:
ASPIRAÇÃO DE LEITE REGURGITADO,
PEQUENOS OBJETOS, BALAS, CHICLETES
SINAIS E SINTOMAS:
DIFICULDADE RESPIRATÓRIA DE INÍCIO SÚBITO, TOSSE,
RESPIRAÇÃO RUIDOSA, CHIADO E NÁUSEA.
EVOLUÇÃO PARA OBSTRUÇÃO TOTAL - AGRAVAMENTO DA
DIFICULDADE RESPIRATÓRIA, CIANOSE E PERDA DE
CONSCIÊNCIA.
OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS CRIANÇAS
ABAIXO DE 1 ANO (LACTENTES)
REMOÇÃO MANUAL NÃO RECOMENDADA
TÉCNICA: COMBINAÇÃO DE 5 COMPRESSÕES
TORÁCICAS (FACE VOLTADA PARA CIMA) E 5
PALMADAS NAS COSTAS( FACE VOLTADA
PARA BAIXO).
SEMPRE APOIAR NO SEU ANTEBRAÇO,
MANTENDO A CABEÇA MAIS BAIXO QUE
TRONCO.
MANOBRA DE HEIMLICH - CRIANÇAS
MAIORES DE 1 ANO E ADULTO.
MANOBRA COMBINADA DE COMPRESSÃO
TORÁCICA E PALMADA NAS COSTAS -
CRIANÇAS ABAIXO DE 1 ANO.
DEVEM SER REPETIDAS ATÉ O CORPO
ESTRANHO SER EXPELIDO OU A VÍTIMA SE
TORNAR INCONSCIENTE.
MÉTODOS MANUAIS PARA
CONTROLE DE VIAS AEREAS
EXTENSÃO DA CABEÇA (Chin Lift) QUANDO NÃO HÁ SUSPEITA DE LESÃO NA COLUNA CERVICAL
Manobra de elevação da
mandíbula, manobra tríplice ou
Jaw Thrust (tradução: impulsionar
mandíbula)
UTILIZADO QUANDO HÁ SUSPEITA DE LESÃO NA COLUNA
CERVICAL
1. Cânula Orofaríngea (ou “Cânula de Guedel”)
- Recurso mecânico mais utilizado, sendo muito
útil na manutenção da perviedade das vias aéreas;
- Quando introduzida em vítima consciente ou em
estupor, pode provocar reflexo de vômito e agravar a
obstrução;
-A cânula deve ser inserida com a concavidade
para cima, para evitar mordedura, dirigindo sua
extremidade para o palato duro, logo atrás dos dentes
incisivos superiores. Em seguida, realiza-se rotação,
posicionando-a sobre a língua;
1. Cânula Orofaríngea (ou “Cânula de Guedel”)
- Disponível em diversos tamanhos, e sua
escolha depende da vítima.
- Um método fácil para facilitar a escolha do
melhor tamanho é segurá-la ao lado do rosto da
vítima: a cânula ideal deve ter a medida da
comissura labial ao lobo da orelha.
- Entre as complicações de seu uso, estão tosse,
vômito e laringoespasmo, em pacientes conscientes.
2. Cânula Nasofaríngea
- A cânula nasofaríngea também é um método de
contenção da base da língua;
- Em geral, é preferida à cânula orofaríngea em
pacientes conscientes, por ser mais tolerada e provocar
menos vômito;
- A medida é feita a partir da asa do nariz ao
ângulo da mandíbula.
- Uma complicação decorrente de seu uso é a
ocorrência de hemorragia por trauma.
1. “Combitube”
- É um tubo de duplo lúmen com dois
balonetes (proximal orofaríngeo e distal).
- É introduzido às cegas e permite
adequada ventilação independentemente de
sua posição ser esofágica ou traqueal.
- As principais complicações decorrentes
de seu uso são tosse, vômitos, lesão de
esôfago e hipóxia (caso o lúmen errado seja
utilizado).
2. Máscara Laríngea
- A máscara laríngea consiste em um anel
de silicone inflável conectado diagonalmente
a um tubo de silicone.
- Assim como o combitube, também pode
ser introduzido às cegas.
- Suas complicações são a aspiração e o
laringoespasmo.
3. Cricotireoidostomia
- É o procedimento cirúrgico preferencial
no controle das vias aéreas em emergência;
- Consiste na localização, mediante
palpação, da membrana cricotireoideana;
- A cartilagem tireóidea é estabilizada
com a mão, e realiza-se uma incisão
transversal através da membrana
cricotireóidea;
- Uma sonda endotraqueal é inserida
através da incisão, e o balão é insuflado;
3. Cricotireoidostomia
- A ausculta pulmonar é mandatória para avaliar a eficácia da
ventilação;
- As complicações podem ser demora do procedimento,
hemorragia, aspiração, falso trajeto ou colocação do tubo em local
errado, lesões de estruturas do pescoço e perfurações do esôfago.
1. Máscara de Ventilação- A maior dificuldade deste método
é o acoplamento adequado da
máscara à face.
- Para melhor acoplar a máscara à
face, utiliza-se a técnica dos dedos
em “C” e “E”;
- É necessário deixar tempo
adequado para a expiração.
- É preferível utilizar na presença
de 2 socorristas, a fim de se ter
uma ventilação mais eficiente.
2. Oximetria de Pulso
- É muito útil no pré-hospitalar para
detectar hipóxia antes dos sinais clínicos
- A SaO2 normal está entre 94% e 100%;
- Um paciente traumatizado,
hipovolêmico e sob influência dos hormônios
de estresse pode encontrar-se com má perfusão
periférica, o que altera a leitura do oxímetro.
- Manual do Atendimento Pré-Hospitalar – SIATE /CBPR –
capítulo 8-Vias Aéreas.
- Comitê do PHTLS da National Association of Emergêncy
Medical Technicians em cooperação com o Comitê de Trauma do
Colégio Americnao de Cirurgiões. PHTLS: Atendimento Pré-
hospitalar ao Traumatizado. 6ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier,
2007.
- Apostila Atendimento Pré-Hospitalar – LATES UFRJ 9ºEd 2016.