Post on 11-Jul-2015
(a) celebrar;
(b) superior;
(c) contrário;
(d) mitologia;
(e) Proposição;
(f) musas;
(g) meio;
(h) analepse;
(i) oponentes;
(j) externa;
(k) Dedicatória;
(l) oitavas;
(m) ação;
(n) História;
(o) reflexões;
(p) conselheiro.
Abre o livro nas pp. 157-159, para lembrares a estrutura de Os Lusíadas.
O trabalho é para ser feito em dupla (nas carteiras com dois colegas) ou individualmente.
Nos trabalhos em dupla, devem escrever em ambas as folhas.
Por favor, tratar os livros com os cuidados que qualquer livro merece:
Não forçar a lombada, e os cadernos, espalmando-os;
Não escrever sobre eles;Não folhear bruscamente, arriscando
rasgos;Não os besuntar com o sebo das
vossas mãos imundas e nojentas.
Não insistas demasiado em encontrar os limites das várias partes (Proposição, Invocação, Dedicatória, Narração), se não for logo evidente.
Homero, Ilíada [séc. VIII a.C.]
Aventuras de Aquiles, durante o último ano da Guerra de Tróia.
vinte e quatro cantos
Homero, Odisseia [séc. VIII a.C.]
Aventuras de Ulisses no regresso da Guerra de Tróia, até chegar a Ítaca.
vinte quatro cantos
Virgílio, Eneida [séc. I a.C.]
Aventuras de Eneias, desde a queda de Tróia até à fundação de Roma.
doze cantos
Ludovico Ariosto, Orlando Furioso [1516]
Aventuras cavaleirescas e amorosas (luta entre cristãos e mouros).
quarenta e seis cantos
Torquato Tasso, Jerusalém Libertada [1581]
Conquista da Palestina, na primeira cruzada.
vinte cantos
Kalevala [1849]
Proezas de vários heróis míticos finlandeses.
cinquenta cantos
Jerónimo Corte-Real, Sucesso do segundo cerco de Diu, 1546
Cerco de Diu; D. João de Castro.
vinte e um cantossem rimasem delimitação estróficadecassílabos
Vasco Mouzinho de Quevedo, Afonso Africano, 1611
Conquista de Arzila por Afonso V.
doze cantosoitavasdecassílabos
Gabriel Pereira de Castro, Ulisseia ou Lisboa Edificada, 1636
Lenda da fundação de Lisboa.
dez cantosoitavasdecassílabos
José Martins Rua, Pedreida. Poema heroico da liberdade portugueza, 1843
Vida e feitos de D. Pedro IV.
dez cantosoitavasdecassílabos
José Agostinho de Macedo, O Oriente, 1854
Viagem à Índia.
doze cantosoitavasdecassílabos
José Agostinho de Macedo, Newton, 1854
Newton.
quatro cantossem delimitação estróficasem rimadecassílabos
Tomás Ribeiro, D. Jayme, 1862
Rivalidades entre Portugal e Espanha.
nove cantosirregularirregular
José Agostinho de Macedo, A Creação, 1865
O Universo.
um cantooitavasdecassílabos
António José Viale, Bosquejo metrico da historia de Portugal, 1866
História de Portugal.
seis cantosoitavasdecassílabos
Augusto Bacelar, Migueleida. Poema em memoria do Senhor Dom Miguel de Bragança, 1867
Feitos de D. Miguel.
três cantosoitavasdecassílabos
Carlos Alberto Nunes, Os Brasileidas, 1938
História do Brasil.
nove cantos + um epílogosem delimitação estróficasem rimadecassílabos
Camões do Rossio [Caetano da Silva Souto-Maior], A Martinhada, séc. XVIII
«Sensualidades generosas» de Frei Martinho de Barros, confessor de el-rei.
dois cantosoitavasdecassílabos
Francisco de Paula de Figueiredo, Santarenaida, 1792
Um taberneiro e as suas aventuras entre Baco (vinho) e Neptuno (água).
oito cantos
[nem sempre oitavas]
decassílabos
António Diniz da Cruz e Silva, O Hyssope, 1808
Uma questão de cerimonial entre o bispo de Elvas e o deão da respectiva Sé.
oito cantos
não há estrofes regulares
decassílabos
João Jorge de Carvalho, Gaticanea ou cruelissima guerra entre os cães e os gatos [...], 1816
Guerra entre cães e gatos, em Mafra.
quatro cantos
sem regularidade estrófica
decassílabos
[Nuno Pato Moniz], Agostinheida, 1817
Vida e feitos do Padre José Agostinho de Macedo, grande inimigo do autor.
nove cantos
sem delimitação estrófica
decassílabos
J. M. P. [Camilo Aureliano Silva e Sousa], Os Ratos da Alfandega de Pantana, 1849
Irregularidades na administração na alfândega do Porto.
oito cantos
oitavas
decassílabos
A Revolução, 1850
«Golpe de estado» em 1846.
seis cantos
oitavas
decassílabos
Alexandre de Almeida Garrett, As Viagens a Leixões ou a Troca das Nereidas, 1855
Crítica de costumes no Porto.
doze cantos
quadras
heptassílabos
Francisco de Almeida, Os Lusiadas do seculo XIX, 1865
Acontecimentos políticos em Portugal, no século XIX.
cinco cantos
oitavas
decassílabos
Manuel Roussado, Roberto, 1867
Paródia a D. Jayme, de Tomaz Ribeiro.
nove cantos
variável
variável
Quatro estudantes de Evora, Parodia ao primeiro canto dos Lusiadas de Camões, 1880
Bebedice de alguns eborenses.
um canto
oitavas
decassílabos
Pedro de Azevedo Tojal, Foguetario, 1904
Fogo de artifício por um cónego, por alturas dos esponsais de D. José e Mariana Vitória.
seis cantos
oitavas
decassílabos
Marco António, Republicaniadas, 1913
Peripécias no início da República.
quatro cantos
oitavas
decassílabos
Um velho tripeiro, «A Carrileida». Poema épico-commercial, 1917
Decadência da Companhia Carris do Porto.
cinco cantos
oitavas
decassílabos
Octávio de Medeiros, Affonseida, 1925
Afonso Costa.
seis cantos
oitavas
decassílabos
Padre Ângelo do Carmo Minhava, Cabrilíada, 1947
Uma viagem ao Cabril.
três cantos
oitavas
decassílabos
Amândio Vilares, Portuscale, s.d.
Serviço militar em África.
dez cantos
décimas
decassílabos
p. 195
Lusíadas (Anaquim)
Este é o nosso triste fadoDo vamos andando e do pobre coitadoVelha canção em que a culpa é do estadoPor ser o espelho do reinado
E a história por mais do que uma vezFoi mais cruel que a de Pedro e InêsLevou-nos o que tanta falta nos fezSem deixar razões ou porquês
Temos fuga ao fisco, estradas de alto riscoTemos valiosos costumes e tradiçõesQue eu não percebo, se nos maldizemos, quais as razões?
Temos chico-espertos, burlas e protestosTemos tantos motivos p’ra sorrirQue eu nem imagino qual será a desculpa
que vem a seguir…
Gosto tanto deste paísSó não entendo o que o faz felizSe é rir da miséria de outros quando a vemosOu chorar da nossa própria quando a temos
Gosto tanto deste paísSó não entendo quando ele se dizSenhor de um futuro maturo, duro, mas seguroE eu juro que ainda não o vi
Os queixumes, sei-os de corEndereçados, a Nosso SenhorIntercalados, com suspiro ou dorDe um bom sofredor.
Dentro de momentos, seguem-se os lamentosNão há dinheiro p’rós medicamentosNão há dinheiro p’ra tanto sustentoTão longe vão outros tempos.
Gosto tanto deste paísSó não entendo o que o faz felizSe é rir da miséria de outros quando a vemosOu chorar da nossa própria quando a temos
Gosto tanto deste paísSó não entendo quando ele se dizSenhor de um futuro maturo, duro mas seguroEu juro que ainda não o vi.
TPC — Prepara leitura em voz alta das três estâncias de Os Lusíadas na p. 161, bem como das quatro estâncias na p. 164. (Para conseguires leitura razoável, não chegará reconheceres as estrofes pouco antes da aula. Pretende-se uma leitura profissional.)