Post on 07-Apr-2018
8/4/2019 Ao Bardo Druida
1/26
Ao Bardo DruidaPor Luz de Lisboa
8/4/2019 Ao Bardo Druida
2/26
Ao Bardo Druida
Luz de Lisboa
2
Um tnue ensaio de poesia dedicado a homenagear
algum que merece muito mais do que tudo aquilo
que se lhe possa dar
A tenuous essay of poetry dedicated to honoring
someone who deserves much more than anything
that could be given to him
Luz de Lisboa
8/4/2019 Ao Bardo Druida
3/26
Ao Bardo Druida
Luz de Lisboa
3
Luz de Lisboa
Luz de Lisboa nasceu, tal como o nome indica, na capital
portuguesa, algures no sculo XX. A escrita e a leitura so
eternos equipamentos de respirao artificial. Sempre cultivou o
imaginrio como de se de um jardim se tratasse, pelo que o seu
crebro se assemelha mais a um denso bosque do que a uma
massa cinzenta. Os mundos fantsticos exercem sobre Luz de
Lisboa um fascnio particular, reflectindo-se na sua escrita, feita
como se fosse o livro que desejaria ler mas que ainda no foi
escrito. Como tal, actualmente est a escrever novas fantasias
Luz (Light) was born in Lisbon, as the name indicates, in the
Portuguese capital, sometime in the twentieth century. The
writing and reading are eternal artificial breathing apparatus.
Always cultivated the imagination as if it were a garden, so that
her brain is more like a dense forest than a gray mass. Fantastic
worlds have on Luz de Lisboa a particular fascination, reflected
in her writing, made as if it was the book she wants to read but
have not yet been written. As such, currently she is writing new
fantasies
luzdeliboa@gmail.com
http://ailhadasandrix.wordpress.com
http://ailhadasandrix.wordpress.com/sobre/luzdelisboa@gmail.comhttp://ailhadasandrix.wordpress.com/sobre/luzdelisboa@gmail.com8/4/2019 Ao Bardo Druida
4/26
Ao Bardo Druida
Luz de Lisboa
4
O Sonho da Minha EternidadePassava a eternidade assim
Tecendo com a escurido do meu olhar
A brilhante luminosidade do teu
Transformando um doce toque
No mais sagrado dos momentos
Unindo o rio que corre nas minhas veias
lava fervente que habita as tuas
8/4/2019 Ao Bardo Druida
5/26
8/4/2019 Ao Bardo Druida
6/26
Ao Bardo Druida
Luz de Lisboa
6
"My Dream of Eternity"I would spend eternity like this
Weaving through the darkness of my eyes
The bright light of yours
Turning a sweet touch
In the most sacred of moments
Joining the river that runs through my veins
In the boiling lava that inhabits yours
I would spend eternity like this
8/4/2019 Ao Bardo Druida
7/26
Ao Bardo Druida
Luz de Lisboa
7Protecting your soft breath
From the storm emanating from mine
Entangling your dewy smile
In the trade winds that controls mine
Shaping the dawn of your dermis
With the twilight of my
I would spend eternity like this
Planting the mist of your hair
In the deep of my moor
Reaping with my hands
The happy humaneness of yours
Raising a temple in your body
With the sweet clay that is mine
I would spend eternity like this
8/4/2019 Ao Bardo Druida
8/26
Ao Bardo Druida
Luz de Lisboa
8
Sonata ao Teu SerQuero
Bordar a tua vida no pano da minha
Quero gravar a histria do teu ser num gro de areia
Esculpir a tua alma em dentes-de-leo
Quero talhar o teu olhar nagua do mar
Pintar a tua voz no ar que respiro
Quero imprimir o teu aroma numa ptala de um cravo
8/4/2019 Ao Bardo Druida
9/26
Ao Bardo Druida
Luz de Lisboa
9Esboar o teu tacto na lava de um vulco
Quero moldar o sabor do teu sorriso na copa dasrvores
Recortar o som das tuas palavras no p das estrelas
Quero tecer o teu contorno na luz da Lua
Entranar o brilho da tua pele nos raios do Sol
Quero orquestrar a textura do teu cabelo numa pauta de seixos
Compor o teu silncio numa sinfonia da cor do orvalho
Quero escrever a temperatura dos teus beijos na doura de um
fruto silvestre
Executar as tuas lgrimas uma valsa de plenes
Quero fotografar a inquietude da tua paz numa pelcula de
nuvens
Projectar a calma do teu fulgor num aguaceiro
Quero colorir a melodia da tua respirao na gentileza das
mars
Declamar a doura da tua ausncia na calma de uma fraga
8/4/2019 Ao Bardo Druida
10/26
Ao Bardo Druida
Luz de Lisboa
10Quero cantar a macieza da tua paixo na imensido das asas de
uma joaninha
Erguer a fragilidade da tua coragem num castelo de penas de
pavo
Quero
8/4/2019 Ao Bardo Druida
11/26
Ao Bardo Druida
Luz de Lisboa
11
"Sonata to Your Being "I want to ...
Embroider your life on the cloth of mine
I want to write the story of your being in a grain of sand
Carve your soul on dandelions
I want to whittle your gaze in the sea water
Paint your voice in the air I breathe
I want to print your scent on a petal of a carnation
Outline your tact in lava from a volcano
8/4/2019 Ao Bardo Druida
12/26
Ao Bardo Druida
Luz de Lisboa
12I want to shape the taste of your smile in the treetops
Cut the sound of your words in the dust of the stars
I Want to weave your outline in the moonlight
Plat the glow of your skin in the sun's rays
I want to orchestrate the texture of your hair in a musical score
of jackstones
Compose your silence into a symphony ofthe colors dew
I want to write the temperature of your kisses in
the sweetness of a wild fruit
Play your tears on a waltz of pollens
I want to photograph the restlessness of your peace in a
film of clouds
Project yourglowscalm on to a rainfall
I want to color the melody of your breath in the kindness of
the tides
Declaim the sweetness of your absence in the calm of a cascade
I want to sing the softness of your passion in the immensity of
the wings of a ladybug
8/4/2019 Ao Bardo Druida
13/26
Ao Bardo Druida
Luz de Lisboa
13Lift the weakness of your courage in a castle of peacock feathers
I want to ...
8/4/2019 Ao Bardo Druida
14/26
Ao Bardo Druida
Luz de Lisboa
14
Realidade EncantadaPasseaste pela minha imaginao naquele tempo em que no
sabia porque te queria tanto
Habitaste-me com demora mas cansaste-te de esperar que eu te
dissesse para ficares
Partiste em busca de algum cujo esprito acolhesse e abraasse o
teu at eternidade
Saltaste de alma em alma numa demanda por quem te albergara
sem nunca te ter
8/4/2019 Ao Bardo Druida
15/26
Ao Bardo Druida
Luz de Lisboa
15Vagueei pela vida acreditando que a tua lembrana nada mais
era que uma quimera
Rumei pelos caminhos que me chamavam para o futuro que se
mascarava de radioso
Atravessei montanhas desertas de iluses com a certeza que nada
teria para procurar
Arrastei a meu lado almas convictas de terem um lugar
reservado no fundo da minha
Regressei ao princpio de surpresa
Seguiste o meu regresso de longe
Trilhei devagar pela tua lembrana
Aproximaste-te receando acreditar
Envolvi-te num enlao constritor
Mergulhaste a tua alma na minha
Guardei o teu esprito no seio do meu
E da memria que no o era fez-se magia
8/4/2019 Ao Bardo Druida
16/26
8/4/2019 Ao Bardo Druida
17/26
Ao Bardo Druida
Luz de Lisboa
17
" Enchanted Reality You walked through myimagination at that time I did not know
why I wanted you so much
You inhabited me with delay but you wearied to expect me to
tell you to stay
You left in search of someone whose spirit would receive and
embrace yours until eternity
You jumped from soul to soul on a quest for the one that housed
you without ever having you
8/4/2019 Ao Bardo Druida
18/26
Ao Bardo Druida
Luz de Lisboa
18I wandered through life believing that remembrance was
nothing more than a chimera
I headed in the ways that called me for a future that
was masked as bright
I crossed the mountains deserted of illusions with the certainty
that I had nothing to seek
I dragged with me souls that were sure they had a place deep in
mine
I returned to the beginning with surprise
You followed my return from far
I tread slowly through your memory
You came close fearing believe
I wrapped you in a constrictor embrace
You dip your soul in mine
I kept your spirit within mine
And the memory thatwas not turned into magic
8/4/2019 Ao Bardo Druida
19/26
Ao Bardo Druida
Luz de Lisboa
19
Quando os Deuses Sorriem
A fortuna conduziu-me ao teu ser
O acaso colocou-te na minha alma
Os cus estavam pintados de cinzento
Escurecendo a cor das nossas veredas
E os deuses decidiram ento brincar
No meio de todos aqueles trilhos verdes
No seio do aroma da terra encharcada
8/4/2019 Ao Bardo Druida
20/26
Ao Bardo Druida
Luz de Lisboa
20No corao das folhas bailarinas
Na msica brotada do sopro do vento
Na brisa soprada pelas penas das aves
Na cegueira do amarelo dos malmequeres
No apego dos gros hmidos da terra
Na pressa milenar dasguas da ribeira
Na frieza macia da pele das pedras
Os deuses sorriram
As nossas almas viram-se como novas
Mas descobriram-se como gmeas
Exploraram-se e conheceram novos mundos
Universos deliciosamente egostas
Que preservaram dentro dos seus seres
Como se de frmulas mgicas se tratassem
Um eixo cncavo e outro convexo
8/4/2019 Ao Bardo Druida
21/26
Ao Bardo Druida
Luz de Lisboa
21Quebrando todas as leis da fsica
O Sol e a Lua num abrao hermtico
A noite e o dia da terra do Nunca
Agua e o vinho do nctar dos deuses
O deserto e o aguaceiro feitos prado
A areia que no se esvaia pelos dedos
A mo aberta que fecha o ar dentro de si
Os deuses sorriram
O dia que fora cinzento adormeceu
A voz cristalina dos invisveis ouviu-se
Apelando ao reino da escurido
Chamando alto o ansiado silncio
As estrelas acenderam a luz da noite
Aquecendo a chama das nossas almas
Embalaram o repouso da nossa hist
ria
8/4/2019 Ao Bardo Druida
22/26
Ao Bardo Druida
Luz de Lisboa
22Ofereceram fulgor s nossas existncias
A cor da Lua amparou os nossos sonhos
De uma vida distante desta vida
Preenchida pela ausncia de outros
Uma manta desfeita pelo crepsculo
E mais uma vez tecida a cada aurora
Aconchegando o nosso elo invisvel
Os deuses sorriram
8/4/2019 Ao Bardo Druida
23/26
Ao Bardo Druida
Luz de Lisboa
23
8/4/2019 Ao Bardo Druida
24/26
Ao Bardo Druida
Luz de Lisboa
24
"When the Gods Smile"
The fortune led me to your being
Venture put you in my soul
The skies were painted gray
Darkening the color of our paths
And then the gods decided to play
In the midst of all those green rails
Within the aroma of wet earth
In the heart of the dancing leaves
In music sprung from the breath of the wind
8/4/2019 Ao Bardo Druida
25/26
Ao Bardo Druida
Luz de Lisboa
25In the breeze blown by the feathers of birds
In the blindness ofthe marigoldsyellow
In attachment of the earth moist grain
In the millennial rush of the waters of the stream
In the cold softness of the stones skin
The gods smiled
Our souls saw each other like new
But they found themselves to be twins
Explored themselves and met new worlds
Deliciously selfish universes
That they preserved within their beings
As if they were magic formulas
A hollow shaft and a convex one
Breaking all laws of physics
The Sun and the Moon in a tight embrace
The night and day from Neverland
Water and wine in the nectar of gods
The desert and the rain made meadows
8/4/2019 Ao Bardo Druida
26/26
Ao Bardo Druida
26The sand that does not fade through the fingers
The open hand that closes the air within it
The gods smiled
The grayish day fell asleep
The crystal-clear voice of the invisible one was heard
Appealing to the kingdom of darkness
Loudly calling for the craved silence
The stars lit the night light
Warming up the flame of our souls
They rocked the rest of our history
Offered glow to our lives
The color of the Moon cradled our dreams
Of a distant life from this life
Filled with the absence of others
A quilt undone by the sunset
And once again woven every dawn
Snuggling our invisible bond
The gods smiled