Post on 21-Jul-2020
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA DE NUTRIÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
MESTRADO EM ALIMENTOS, NUTRIÇÃO E SAÚDE
EMANUELLE CRUZ DA SILVA
ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA:
PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS
SALVADOR
2015
EMANUELLE CRUZ DA SILVA
ANEMIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM SALVADOR-BA:
PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Alimentos, Nutrição e Saúde –
Escola de Nutrição – Universidade Federal da
Bahia, como requisito parcial para obtenção do
título de Mestre em Alimentos, Nutrição e Saúde.
Linha de Pesquisa: Bases experimentais e
clínicas da Nutrição.
Orientadora: Profa Dr
a Lilian Barbosa Ramos.
SALVADOR
2015
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universitária de Saúde, SIBI -
UFBA.
S586 Silva, Emanuelle Cruz da
Anemia em Idosos Institucionalizados em Salvador-BA:
Prevalência e Fatores Associados. / Emanuelle Cruz da Silva. –
Salvador, 2015.
82f.
Orientadora: Profª. Drª. Lilian Barbosa Ramos.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal da Bahia.
Escola de Nutrição, 2015.
1. Anemia. 2. Prevalência. 3. Idoso. 4. Institucionalização. I.
Ramos, Lilian Barbosa. II. Universidade Federal da Bahia. III.
Título.
CDU 616.15
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho à Deus, minha
família, amigos e mestres. À vocês,
minha eterna gratidão!
AGRADECIMENTOS
A Deus, por mostrar o meu caminho, me dar forças e renovar minha fé nos momentos
difíceis.
A minha família e noivo por me suportarem nos períodos de estresse e compreenderem minha
ausência em muitos momentos. Em especial as minhas queridas e amadas mãe e avó, por
sempre me incentivarem e nunca me deixarem desistir.
A querida orientadora Lílian Ramos pelo incentivo, acolhimento, confiança, paciência,
ensinamentos e especialmente pelo tempo desprendido para a finalização desse trabalho. Com
certeza foi e sempre será um exemplo de profissional pra mim.
A Alice Mesquita, amiga e companheira de todas as horas, a qual tive o prazer de conviver
durante todo mestrado e dividir minhas angústias e anseios.
A Michaela Eickemberg, uma amiga especial que o mestrado me deu, e que contribuiu nas
diversas etapas de construção desse trabalho.
A Anna Karla Roriz, pela sua confiança e carinho que perduram desde a graduação e pelas
suas contribuições nesse estudo.
A Pricilla Almeida, Maria Luiza, Jamile Almeida e Carolina
Oliveira, pelo acolhimento no grupo, incentivo e todas as contribuições.
Enfim, a todos os membros do Centro de Estudos e Intervenção na Área do Envelhecimento
(CEIAE) pelo companheirismo e todas as discussões científicas tão fundamentais para
concepção dessa dissertação.
Não poderia esquecer de Andrea Ferreira e Drielle Alencar, que chegaram ao grupo no
finalzinho dessa jornada, mas que também tiveram participação importante nessa etapa de
minha vida.
A professora Adriana Mello pelas suas sugestões sempre bem vindas.
A Caroline Feitosa, pelo auxílio com as análises estatísticas.
As professoras Sheila Alvim e Matildes Prado (in memoriam) pelas tão importantes sugestões
metodológicas.
Ao senhor José Carlos, a quem não poderia deixar de agradecer toda amizade e apoio com a
parte burocrática do curso.
Aos idosos institucionalizados de Salvador, que nos permitiram adentrar em um pedacinho de
suas vidas.
À banca examinadora desse trabalho, pelo aceite ao convite e contribuição na finalização
desse trabalho.
A todos vocês, e aqueles que apesar de não citados acreditaram que esse momento chegaria, o
meu muito obrigado.
E, apesar de árduo em alguns momentos, o mestrado além de me proporcionar grande
crescimento profissional, me deu a oportunidade de trabalhar e me aproximar de todos esses
seres humanos incríveis aqui citados, cuja amizade e ensinamentos levarei sempre comigo.
“Nenhuma luta haverá jamais de me embrutecer, nenhum cotidiano
será tão pesado a ponto de me esmagar, nenhuma carga me fará
baixar a cabeça. Quero ser diferente, eu sou, e se não for, me farei.”
Caio Fernando Abreu.
RESUMO
Com o envelhecimento populacional e diante da correlação negativa entre níveis sanguíneos
de hemoglobina e idade, a anemia torna-se cada vez mais prevalente. Objetivo: Descrever a
prevalência e características da anemia, além dos fatores associados à essa condição em
idosos institucionalizados. Materiais e Métodos: O estudo transversal foi realizado com 313
indivíduos com idade ≥ 60 anos, de ambos os sexos, residentes em instituições de longa
permanência para idosos em Salvador, Bahia, Brasil. A coleta de dados foi realizada entre
novembro de 2012 e outubro de 2013. Anemia foi diagnosticada pelas concentrações
sanguíneas de hemoglobina, segundo critérios da Organização Mundial de Saúde.
Informações sobre sexo, idade, tempo de institucionalização e uso de medicamentos foram
obtidas por meio de questionário estruturado. Hipertensão arterial foi determinada pelo uso
regular de medicação anti-hipertensiva. Glicemia de jejum foi o parâmetro de detecção de
diabetes mellitus. Índice de massa corporal foi utilizado para avaliar a massa corporal total e
o índice de músculo esquelético para estimar a reserva de massa muscular esquelética.
Capacidade funcional foi avaliada segundo escala de Barthel. Foi utilizada regressão de
Poisson com variância robusta para examinar fatores relacionados à anemia. Resultados: A
prevalência de anemia entre os idosos foi de 38%. Houve predominância da anemia leve em
ambos os sexos (masculino: 26,8%; feminino: 21,1%), normocítica e normocrômica, sem
anisocitose (69,75%). No modelo final a anemia associou-se com magreza (RP: 1,68; IC95%:
1,04-2,72) e com os graus de dependência moderada (RP: 1,98; IC95%: 1,07-3,63) e total
(RP= 2,61; IC95%: 1,34-5,07). Dependência grave apresentou significância limítrofe (RP:
1,94; IC95%: 1,00-3,77). Conclusão: A prevalência de anemia nos idosos institucionalizados
foi elevada em ambos os sexos, com características sugestivas de terem as doenças crônicas
como fator causal e maior ocorrência em idosos com magreza e dependências moderada e
total.
ABSTRACT
With population aging, and considering the negative correlation between blood hemoglobin
levels and age, anemia has become increasingly prevalent. Objective: To describe the
prevalence and characteristics of anemia and its associated factors in the institutionalized
elderly. Materials and Methods: The cross-sectional study was carried out with three
hundred thirteen individuals aged ≥ 60 years, of both genders, living in long-term care
facilities for the elderly in Salvador, Bahia, Brazil. Data were collected from November 2012
to October 2013. Anemia was diagnosed from blood hemoglobin levels following the criteria
of the World Health Organization. Data regarding gender, age, length of institutionalization
and use of medication were obtained using a structured questionnaire. Arterial hypertension
was determined by the regular use of anti-hypertensive medication. Fasting glucose was the
parameter used for the detection of diabetes mellitus. The body mass index was used to
evaluate total body mass, and the skeletal muscle index was used to estimate the skeletal
muscle mass reserve. Functional capacity was evaluated according to the Barthel scale.
Poisson regression (PR) with robust variance estimates was used to assess the factors related
to anemia. To obtain the food patterns was performed exploratory factor analysis by principal
components method. Results: The prevalence of anemia among elderly was 38%. Mild
anemia was predominant in both genders (male: 26.8%; female: 21.1%), as normocytic and
normochromic anemia, with no anisocytosis (69.75%). Anemia was associated with thinness
(PR: 1.68; 95% CI: 1.04–2.72) and with moderate (PR: 1.98; 95% CI: 1.07–3.63) and total
(PR: 2.61; 95% CI: 1.34–5.07) dependence in the final model. Severe dependence exhibited
borderline significance (PR: 1.94; 95% CI: 1.00–3.77). Conclusion: The prevalence of
anemia was high in the institutionalized elderly in both genders, with characteristics
suggesting chronic diseases as the causal factor, and the frequency of occurrence was higher
in thinness elderly with moderate to total dependence.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
PARTE I: ARTIGO “FACTORS ASSOCIATED WITH ANEMIA IN THE
INSTITUTIONALIZED ELDERLY”
Figura 1. Total prevalence and degrees of anemia according to gender in the institutionalized
elderly in Salvador, Bahia, Brazil............................................................................................38
PARTE II: PROJETO DE PESQUISA
Figura 1. Localização espacial dos 12 Distritos Sanitários da cidade de Salvador, Bahia,
2012..........................................................................................................................................49
Figura 2. Fluxograma de obtenção da amostra do artigo ―Factors Associated with Anemia in
the Intitutionalized Elderly‖.....................................................................................................50
Quadro 1. Cronograma de execução do projeto......................................................................58
LISTA DE TABELAS
PARTE I: ARTIGO CIENTÍFICO “FACTORS ASSOCIATED WITH ANEMIA IN THE
INSTITUTIONALIZED ELDERLY”
Tabela 1. Characteristics of the Institutionalized Elderly in Salvador, Bahia, Brazil according
to Gender………………………………………………………………..……………………32
Tabela 2. Characterization of Hematological Parameters in the Institutionalized Elderly in
Salvador, Bahia, Brazil in the Presence or Absence of Anemia..............................................33
Tabela 3. Prevalence of Anemia in the Institutionalized Elderly in Salvador, Bahia, Brazil,
according to Covariables…………………………………………………………….……….34
Tabela 4. Poisson Regression Model with the Prevalence Adjusted for the Association
between Anemia and Covariables in the Institutionalized Elderly in Salvador, Bahia,
Brazil…………………………………………………………………………………………36
PARTE II: PROJETO DE PESQUISA
Tabela 1. Número de idosos institucionalizados e amostra calculada por Distrito Sanitário da
cidade de Salvador, Bahia, 2012..............................................................................................50
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
AJ – Altura do joelho
ASC – Área de superfície corporal
BIA – Bioimpedância
CHCM – Concentração de hemoglobina corpuscular média
CP – Circunferências da panturrilha
CB – Circunferências do braço
DCSE – Dobra cutânea subescapular
DM – Diabetes mellitus
DRIs – Dietary Reference Intakes
DS – Distrito Sanitário
EAR – Estimated Averace Requeriment
ENUFBA – Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia
Fe – Ferro
Fe2+
– Ferro ferroso
Fe3+
– Ferro férrico
GJ – Glicemia de jejum
HAS – Hipertensão arterial sistêmica
ILPI – Instituição de Longa Permanência para Idosos
5-metil THF – 5-metil tetra-hidrofolato
IMC – Índice de Massa Corporal
IME – Índice de Músculo Esquelético
IOM – Institute of Medicine
MME – Massa Muscular Esquelética
NAS – National Academy of Sciences
NHANES III – Third National Health and Nutritional Examination Study
OMS – Organização Mundial de Saúde
RDW – Red Cell Distribution Width
TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
TFG – Taxa de filtração glomerular
VCM – Volume corpuscular médio
SUMÁRIO
PARTE I – ARTIGO CIENTÍFICO “FACTORS ASSOCIATED WITH ANEMIA IN
THE INSTITUTIONALIZED ELDERLY”........................................................................16
PARTE II - PROJETO DE PESQUISA
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................39
2. REVISÃO DE LITERATURA............................................................................................40
2.1. EPIDEMIOLOGIA DA ANEMIA...............................................................................40
2.2. ANEMIA E ENVELHECIMENTO.............................................................................41
2.3. CAUSAS DE ANEMIA NO IDOSO...........................................................................42
2.3.1. Anemias por Deficiências Nutricionais..............................................................42
2.3.2. Anemia de Doença Crônica................................................................................45
2.3.3. Anemias de Causas Inexplicáveis......................................................................46
2.4. CONSEQUÊNCIAS DA ANEMIA NO IDOSO.........................................................47
3. OBJETIVO...........................................................................................................................48
3.1. OBJETIVO GERAL.....................................................................................................48
3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS.......................................................................................48
4. METODOLOGIA................................................................................................................48
4.1. DESENHO DO ESTUDO............................................................................................48
4.2. CASUÍSTICA...............................................................................................................49
4.2.1. Projeto ―Avaliação Multidimensional dos Idosos Residentes em Instituições de
Longa Permanência na Cidade de Salvador-
BA‖...............................................................................................................................49
4.3. CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE............................................................................49
4.4. COLETA DE DADOS.................................................................................................51
4.5. DEFINIÇÃO DAS VARIÁVEIS.................................................................................51
4.5.1. Variável Dependente..........................................................................................51
4.5.1.1. Anemia...................................................................................................51
4.5.2. Caracterização da Anemia..................................................................................52
4.5.3. Covariáveis.........................................................................................................52
4.5.3.1. Estado Nutricional...............................................................................52
4.5.3.2. Capacidade Funcional..........................................................................54
4.5.3.2. Diabetes Mellitus.................................................................................54
4.5.3.3. Hipertensão Arterial Sistêmica............................................................55
4.5.3.4. Função Renal.......................................................................................55
4.5.3.5. Características Demográficas..............................................................56
4.5.3.6. Tempo de Institucionalização..............................................................56
5. PROCESSAMENTO E ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS....................................56
6. ASPECTOS ÉTICOS...........................................................................................................57
7. INFRAESTRUTURA E APOIO TÉCNICO DISPONÍVEL...............................................57
8. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO....................................................................................58
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................59
PRODUÇÕES CIÊNTÍFICAS..............................................................................................66
PERSPECTIVAS FUTURAS................................................................................................68
APÊNDICES
APÊNDICES 1. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).................................69
APÊNDICES 2. Questionário do Projeto.................................................................................71
ANEXOS
ANEXO 1. Protocolo de Procedimento para Bioimpedância Elétrica (BIA)..........................80
ANEXO 2. Escala de Barthel...................................................................................................81
ANEXO 3. Formulário de Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa.................................82
16
PARTE I- ARTIGO CIENTÍFICO
FACTORS ASSOCIATED WITH ANEMIA IN THE INSTITUTIONALIZED
ELDERLY
Anemia in the institutionalized elderly
Emanuelle C. Silva 1,2,*
, Anna K. C. Roriz 2,3
, Michaela Eickemberg 2,4,5
, Adriana L.
Mello2,3
, Elvira B. Q. Côrtes 6, Caroline A. Feitosa
4,5, Lílian R. Sampaio
1,2,3
1 Food, Nutrition and Health Graduate Program of the Federal University of Bahia
(Universidade Federal da Bahia - UFBA), Bahia, Brazil.
2 Aging-Related Research and Intervention Center, UFBA, Bahia, Brazil.
3 Department of Nutritional Science, School of Nutrition, UFBA, Bahia, Brazil.
4 Collective Health Graduate Program, Collective Health Institute, UFBA, Bahia,
Brazil.
5 Bahian School of Medicine and Public Health, Bahia, Brazil.
6 Department of Medicine, Faculty of Medicine, UFBA, Bahia, Brazil.
* Correspondence author: Emanuelle C. Silva, Escola de Nutrição, Universidade Federal
da Bahia, Av. Araújo Pinho, 32, Canela, 40110-150, Salvador, Bahia, Brasil.
Telephone: (+55-71) 32837719. Fax: (+55-71) 32837700. E-mail:
emanuelle_cruz@hotmail.com.
Funded by the Bahia State Research Foundation (Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado da Bahia – FAPESB), Brazil.
17
ABSTRACT
With population aging, and considering the negative correlation between blood
hemoglobin levels and age, anemia has become increasingly prevalent. As a common
problem in long-term care facilities (LTCFs), anemia affects 25–63% of the elderly,
most likely due to their greater frailty. The aim of the present study was to describe the
prevalence and characteristics of anemia and its associated factors in the
institutionalized elderly. The cross-sectional study was carried out with three hundred
thirteen individuals aged ≥ 60 years, of both genders, living in long-term care facilities
for the elderly in Salvador, Bahia, Brazil. Poisson regression (PR) with robust variance
estimates was used to assess the factors related to anemia. The prevalence of anemia
among elderly was 38%. Mild anemia was predominant in both genders (male: 26.8%;
female: 21.1%), as normocytic and normochromic anemia, with no anisocytosis
(69.75%). Anemia was associated with thinness (PR: 1.68; 95% CI: 1.04–2.72) and
with moderate (PR: 1.98; 95% CI: 1.07–3.63) and total (PR: 2.61; 95% CI: 1.34–5.07)
dependence in the final model. Severe dependence exhibited borderline significance
(PR: 1.94; 95% CI: 1.00–3.77). The prevalence of anemia was high in the
institutionalized elderly in both genders, with characteristics suggesting chronic
diseases as the causal factor, and the frequency of occurrence was higher in thinness
elderly with moderate to total dependence.
Keywords: anemia, prevalence, aged, institutionalization.
18
INTRODUCTION
According to the World Health Organization (WHO), anemia occurs when blood
hemoglobin levels reach values below 13 and 12 g/dL in men and non-pregnant women,
respectively(1)
.
With population aging, and considering the negative correlation between blood
hemoglobin levels and age, anemia has become increasingly prevalent. However,
although senescence is marked by reduced hemoglobin levels, anemia should not be
considered a natural consequence of the physiology of aging(2)
.
The most common causes of anemia in the elderly population are nutritional
deficiencies, anemia of chronic diseases and unexplained anemia(3)
. In this population,
anemia has a negative impact on the health and quality of life, possibly acting as a risk
factor for the development and aggravation of cardiovascular diseases and premature
death, in addition to causing symptoms such as fatigue and reduced cognitive and
functional capacity(4)
.
As a common problem in long-term care facilities (LTCFs), anemia affects 25–
63% of the elderly, most likely due to their greater frailty(5)
. Weight loss and protein-
energy malnutrition, which commonly affect the institutionalized elderly, are important
etiological factors of anemia in this population(5,6)
, most likely due to aging-related
physiological changes, reduced food intake, the presence of multiple comorbidities and
insufficient nutritional care(6)
.
Considering anemia as an event with a high prevalence in LTCFs and its impact
on the health of elderly subjects, the need to investigate the prevalence, characteristics
and associated factors of anemia in this population is evident and is thus the objective of
the present study.
MATERIALS AND METHODS
Study design
The present cross-sectional study is part of a larger project titled
―Multidimensional evaluation of the elderly living in long-term care facilities in
Salvador, Bahia (Avaliação multidimensional dos idosos residentes em instituições de
longa permanência na cidade de Salvador-BA)‖, conducted by the Aging-Related
Research and Intervention Center (Centro de Estudos e Intervenção na Área de
19
Envelhecimento – CEIAE) of the School of Nutrition of the Federal University of Bahia
(Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia – ENUFBA).
Samples
Samples were obtained in three stages. In the first stage, all LTCFs of the urban
area of Salvador (a total of 29) were listed, and the area was stratified into 12 Health
Districts (HDs), 10 of which harbored LTCFs. In the second stage, the number of
elderly subjects per HD that would participate in the study was determined. This
number was proportional to the total elderly population living in each HD, thus ensuring
80% power in representing the institutionalized elderly of the city. At a significance
level of 5%, this number totaled 412 elderly subjects of both genders. In the third stage,
facilities were selected by simple random sampling. If the number of elderly subjects
from the first selected facility did not reach the sample size determined to ensure
representativeness for the HD, a second institution was chosen by lottery until the
designated number was reached. Considering the objective of the present study, the
selected variables covered 313 individuals, and this number comprised the final sample
size.
Criteria for Eligibility
Individuals of both genders, aged 60 years and older, living in LTCFs (public,
philanthropic or private) located in the urban area of Salvador, Bahia, and who agreed to
participate were considered eligible to participate in the present study.
Non-eligibility criteria for the bioelectrical impedance examination included
limb amputation, the presence of edema and/or ascites, the use of a cardiac defibrillator
or pacemaker, and the impossibility to assess body weight(7)
. Participants who could not
move and/or be positioned to perform the necessary measurements were not included in
the anthropometric evaluation.
Data Collection
Data were collected from November 2012 to October 2013. Two questionnaires
were completed by the participants and/or their caregivers, of which the first was used
to evaluate the functional status of the individuals, and the second, previously
standardized and codified, contained information regarding sociodemographic and
health characteristics. Next, the elderly participants underwent an anthropometric
20
evaluation, bioimpedance and blood was collected to perform a complete blood count
(CBC) and to determine the fasting glucose and creatinine levels. A laboratory
technician collected blood from participants by venipuncture after a 12-h fast, and blood
samples were transported to the Federal University of Bahia for laboratory analysis.
The present study was approved by the Ethics Committee of the ENUFBA under
the protocol number 11/2012. Prior authorization was sought from the LTCFs, and the
elderly participants gave their informed consent using a signature or fingerprint on the
informed consent form. At the end of the study, the results from the evaluations were
presented to the LTCFs using a report.
Variables
Dependent Variable
A CELL-DYN Ruby hematology analyzer (Abbott Laboratories®, Illinois,
United States) using impedance technology was used for CBC determination. The
diagnosis and degree of anemia were established using the total blood hemoglobin
levels according to the cut-off points recommended by the WHO(8)
.
The hematological parameters used to characterize anemia were the mean
corpuscular volume (MCV), mean corpuscular hemoglobin concentration (MCHC) and
red blood cell distribution width (RDW). The reference values established by the
laboratory for these parameters were 80.0–99.0 fl for MCV, 31.5–35.5% for MCHC,
and 11.0–14.0% for RDW.
Covariables
The covariables analyzed were gender, age, length of institutionalization, type
of institution, body mass index (BMI), skeletal muscle index (SMI), diabetes mellitus
(DM), systemic arterial hypertension (SAH), functional capacity and renal function.
The BMI was calculated according to the formula suggested by the WHO(9)
, and
analyzed according to the classification suggested by the Nutrition Screening
Initiative(10)
. Body weight was assessed using a Plena portable digital scale (Sport
model) with a maximum capacity of 150 kg and a 100-g accuracy, according to the
standards determined by Jellife(11)
.
In the cases where the weight could not be measured directly, it was estimated
from the calf and mid-upper arm circumferences (CC and AC, respectively), knee
21
height (KH) and subscapular skinfold (SSSF) using the equations from Chumlea et
al.(12)
. A TBW brand non-elastic tape measure was used to determine CC and AC
according to CALLAWAY et al.(13)
KH was assessed using a caliper according to the
method described by Chumlea et al.(14)
. SSSF was assessed using a Lange compass with
an accuracy of 0.01 mm according to the method of Durnin and Womersley(15)
. Height
was estimated from KH using the equations suggested by Chumlea et al.(14)
.
To assess SMM, body composition was determined using a Biodynamics
tetrapolar bioelectrical impedance analyzer (model 450). The test was performed
according to the technical standards described by Kyle et al.(7)
. The elderly participants
were asked to follow specific preceding instructions: at least 4 h of fasting, no ingestion
of alcoholic beverages 48 h before the examination, empty the bladder before the
examination, and avoid intense physical exercise during the last 8 h prior to the
examination(7)
.
SMM was estimated using the equation described by Janssen et al.(16)
. The SMI
was used to normalize SMM according to height (muscle mass (kg)/height (m²)) and
was classified according to Janssen et al.(17)
.
The capacity to perform activities of daily living (ADL) was measured using the
original Barthel scale18
and the cut-off points suggested by Azeredo and Matos(19)
.
Fasting glucose was assessed using the Trinder reaction and a BT 3000 Plus
device (Wiener lab®, Rosario, Argentina). The elderly were considered to have DM if
their fasting glucose levels were ≥ 126 mg/dL(20)
or if they took oral insulin or
hypoglycemic agents regularly. Hypertension was determined by the regular use of
antihypertensive medication.
Renal function was evaluated by estimating the glomerular filtration rate (GFR),
which was calculated from serum creatinine levels(21)
using the equation described by
Cockcroft and Gault. Creatinine clearance was corrected for a standard body surface
area (BSA) of 1.73 m² by multiplying the GFR obtained by 1.73/BSA. BSA was
calculated using the DuBois & Dubois formula(22)
. Renal dysfunction was established at
a GFR < 60 mL/min/1.73 m² that, according to the National Kidney Foundation/Kidney
Disease Outcomes Quality criteria, corresponds to stages 3 and 4 of chronic kidney
disease (CKD)(23)
. Serum creatinine levels were assessed using a BT 3000 Plus device
(Wiener lab®, Rosario, Argentina) and the alkaline picrate (Jaffé reaction) method.
22
Statistical Analysis
Data were tested for normality using the Kolmogorov-Smirnov test for all
variables. Parametric continuous variables are expressed as the mean and standard
deviation, and non-parametric variables are expressed as the median and interquartile
range. Categorical variables are expressed as absolute and relative frequencies.
Differences in the mean values of the continuous variables with normal and non-normal
distribution between the genders were assessed by Student’s t and Mann-Whitney U
tests, respectively.
The correlation between hemoglobin levels and continuous covariables was
determined using Spearman’s rank correlation coefficient. Pearson’s chi-squared test
was used to evaluate the association between the groups with and without anemia and
the remaining categorical variables.
The relationship between anemia and covariables was assessed using Poisson
regression with robust error variance, estimating the prevalence ratio and its respective
95% confidence intervals. This model was used due to the possible clustering effect of
the aggregation of the observation units at the facilities. The regression models were
constructed from a complete regression equation using stepwise backward elimination
to obtain the final reduced model.
Data were analyzed using the software Stata, version 10.0 (Stata Corp, College
Station, Texas, United States), and the level of significance was set at 5% for all
analyses.
RESULTS
Among the elderly subjects evaluated in the present study, 77% were women
who exhibited a higher mean age than men. Women also exhibited lower mean
hemoglobin, MCHC and GRF values and lower median SMI values. The MCV mean
and RDW median values, for men were lower than those in women. The remaining
continuous variables were not significantly different between the genders (Table 1).
Anemia had an overall prevalence of 38.0% among the elderly participants (95%
CI: 32.6–43.4), and mild anemia was the most prevalent form in both genders (Fig. 1).
Table 2 shows the characteristics of the hematological parameters of the elderly,
based on the MCHC, MCV and RDW. Most of the elderly participants exhibited
normochromic and normocytic anemia, with no anisocytosis. The presence of
23
hypochromic and microcytic anemia, with and without anisocytosis, displayed similar
percentages (0.84%). Hypochromia and normocytosis with no changes in the RDW
occurred in 6.72% of the elderly with anemia. The portion of elderly participants with
normochromic and normocytic anemia without anisocytosis was of 69.75%.
The prevalence of anemia in the institutionalized elderly according to
covariables is listed in Table 3. Specifically, anemia was observed in 37.6% of the
women and 39.4% of the men, with no significant difference between the genders. The
highest frequency of anemia was found in elderly subjects aged between 60 and 69
years as well as in those aged ≥80 years, with a similar prevalence for both age ranges
(39.1%), living in LTCFs for 5 to 10 years (41.7%), living in philanthropic LTCFs
(41.2%), with DM (43.9%), with adequate SMM (41.5 %) and SAH (38.6%) and with
no renal dysfunction (41.3%). Anemia was significantly associated with BMI
(p = 0.022) and functional capacity (p = 0.004). The remaining variables were not
significantly associated with anemia.
Concerning the prevalence ratio evaluation, BMI and functional capacity were
also significantly associated with anemia. The occurrence of anemia was 66% (PR:
1.66; 95% CI: 1.04–2.65) higher in elderly subjects with thinness than in eutrophic
participants. Impaired functional capacity was also associated with anemia. The
prevalence of anemia increased with the degree of dependence, reaching a maximum of
a 156% (PR: 2.56; 95% CI: 1.36–4.82) higher prevalence of anemia in elderly subjects
with total dependence than that in independent subjects (Table 3).
Despite the lack of an association between anemia and the remaining
covariables, the hemoglobin levels correlated positively with SMI (r = 0.169, p = 0.039)
and GFR (r = 0.261, p< 0.001), and negatively with age (r = -0.165, p = 0.003) (data not
shown).
Table 4 shows the results from the multivariate Poisson regression model,
considering the possible clustering effect of the aggregation of observation units at the
facilities. Thinness, as determined by BMI, and total and severe dependence, as
diagnosed using the Barthel scale, exhibited statistical significance in model 1, which
included all variables. Elderly participants diagnosed with thinness exhibited a 68%
(PR: 1.68; 95% CI: 1.04–2.72) higher prevalence of anemia than that in eutrophic
elderly individuals, adjusting for the remaining variables of the model. Those with total
and severe dependence exhibited a 212% (PR: 3.12; 95% CI: 1.14–8.52) and a 145%
24
(PR: 2.45; 95% CI: 1.22–4.95) higher prevalence of anemia, respectively, than that in
the independent elderly, adjusting for the remaining variables of the model.
In the final model, thinness maintained statistical significance but with a reduced
prevalence of anemia. Additionally, moderate dependence acquired statistical
significance, whereas severe dependence shifted to borderline significance. The
prevalence of anemia among thinness elderly subjects was 58% higher (PR: 1.58; 95%
CI: 1.02–2.44) compared with the prevalence among eutrophic individuals, adjusting for
gender, age range and functional capacity. Elderly subjects with moderate, severe and
total dependence exhibited a 98% (PR: 1.98; 95% CI: 1.07–3.63), 94% (PR: 1.94; 95%
CI: 1.00–3.77), and 161% (PR: 2.61; 95% CI: 1.34–5.07) higher prevalence of anemia,
respectively, than elderly subjects with no impairment of physical function, adjusting
for gender, age range and BMI (Table 4).
DISCUSSION
The present prevalence study investigated factors associated with anemia in the
institutionalized elderly. The prevalence of anemia found in this population (38%) was
classified as moderately important at the public health level according to the parameters
of WHO(8)
. This prevalence was higher than what has been published by other studies
on institutionalized elderly subjects(24-27)
. Studies on non-institutionalized elderly
individuals have shown a lower prevalence of anemia(28-32)
, supports the notion that
institutionalization may be an important risk factor for the development of anemia(5)
.
In LTCFs, the percentage of individuals with frailty and functional impairment
is higher than that in the general elderly population. This observation necessitates
specialized care and the assistance of psychosocial needs of these individuals, including
an adequate environment and social interaction. However, what is observed at LTCFs in
several countries is both a limited number of health care professionals and who have no
experience with domiciliary care. The latter observations reflect the poor health care of
the institutionalized elderly, thus contributing to their higher vulnerability to diseases
and death(33)
.
The prevalence of anemia was similar in institutionalized men and women,
corroborating with the brasilians studies performed by Nakashima et al.(26)
and Corona
et al.(30)
. Mild anemia was predominant in both genders, which is similar to the results
25
obtained by Tettamanti et al.(34)
, who considered hemoglobin levels of 10.0 to 11.9 g/dL
in women and 10.0 to 12.9 g/dL in men as mild anemia.
Most of the algorithms used to detect anemia in the elderly are based on RBC
size, where cells are normally normocytic, due to the multifactorial origin of anemia in
these individuals(35)
. The present study found that most of the institutionalized elderly
have normocytic and normochromic anemia suggestive of chronic disease anemia(36)
.
This finding is in agreement with the results obtained by Sgnaolin et al.(31)
, Tettamanti
et al.(34)
and Bhasin & Rao(37)
who also found a predominance of normocytic anemia in
the elderly. At least three mechanisms are involved in the etiology of chronic disease
anemia: reduced RBC survival, changes in erythropoiesis and the diminished response
of erythroid progenitors to erythropoietin(46)
.
Although there was no association between anemia and age range, blood
hemoglobin concentrations decreased with advancing age, a pattern consistent with the
literature, such as the studies reported by Corona et al.(30)
and Tettamanti et al.(34)
. This
effect is possibly due to the gradual deterioration of the hematopoietic system during the
aging process, thus rendering the individual at a higher risk for anemia(2)
. Of note,
however, the decrease in blood hemoglobin levels with increasing age of the elderly did
not exhibit a dose-response effect above the lower thresholds of normality of the cut-off
points adopted in the present study.
The institutionalized elderly with thinness were the most affected with anemia.
Our results are in agreement with those of Tseng et al.(39)
and Penninx et al.(40)
, who
observed a significant association between the occurrence of anemia and lower BMI
values in institutionalized and non-institutionalized elderly subjects, respectively.
Guranilk et al. have shown that the elderly who have sarcopenia usually exhibit
anemia, a finding that may be a physiological response to this condition. The suggested
hypothesis, however, with no scientific proof, is that the reduced muscle mass leads to
changes in oxygen consumption, red blood cell (RBC) mass and erythropoietin
synthesis(41)
. Nonetheless, a higher prevalence of anemia was found in elderly subjects
with adequate SMM reserves in the present study. Thus, despite the lack of association
between these variables, the possibility of a reverse causality, which could be assessed
using longitudinal studies, is suggested.
According to Morley, anemia in the elderly affects muscle strength and peak
power, leading to impaired muscle function. Reduced muscle function then increases
the risk of falls and therefore negatively affects motility(5)
. The mechanism underlying
26
impaired physical function and motility caused by anemia involves reduced RBC
numbers and consequently reduced oxygen transport to the muscles(42)
.
Anemia was strongly associated with decreased functional capacity in the
institutionalized elderly, a finding that is similar to the results of other studies that
evaluated the association between anemia and functional capacity, such as the studies
conducted by Bosco et al.(43)
and Denny et al.(44)
. Both of the aforementioned studies
used the Katz index to evaluate functional capacity (ADL and in instrumental ADL), an
instrument different from that used in the present study.
Hemoglobin levels below the threshold of normality are a common condition in
individuals with CKD, increasing the risk of cardiovascular morbidity and mortality.
The mechanism of this association is the increased oxygen demand of the heart due to
tissue hypoxia, leading to left ventricular hypertrophy and ischemic cardiomyopathy.
These conditions then increase mortality due to congestive heart failure, arrhythmia and
myocardial infarction(45)
. While analyzing data from the Third National Health and
Nutrition Examination Survey (NHANES III) to assess the association between
hemoglobin levels and renal function, ASTOR et al.(46)
also observed reduced
hemoglobin levels with increased severity of renal dysfunction as in the present study.
According to Tolson et al., the practice of polypharmacy, which is common in
LTCFs, and the large number of pathologies that usually affect the institutionalized
elderly are considered common confounding factors in studies on this population, thus
creating a great challenge to control these factors (33)
. Corroborating the results of the
above authors, the limitations of the present study include the lack of control of the use
of medication and comorbidities that could affect the prevalence of anemia. A further
limitation is that the nutrition of the institutionalized elderly was not considered in the
analysis, although it may have affected the prevalence of anemia in this population.
Finally, the inclusion of elderly subjects taking iron supplements and B-complex
vitamins may have underestimated the occurrence of anemia in the present study.
Given the small number of studies specifically evaluating the institutionalized
elderly in developing countries such as Brazil(33)
, the present study is of high
importance as part of a pioneering study that investigates the health conditions of a
representative sample of elderly subjects living in LTCFs. Additionally, because anemia
is a condition that has a severe impact on the health of the institutionalized elderly,
which is neglected far too often, the present study is of paramount importance.
27
Therefore, the prevalence of anemia in the institutionalized elderly was high in
both genders. The association of anemia with body mass, as assessed using BMI,
stresses the importance of this nutritional status indicator for the identification of elderly
individuals at risk for anemia. In turn, the predominance of anemia with characteristics
suggestive of a chronic disease implies that adequate treatment of chronic diseases
could serve as a mechanism to reduce anemia in this population.
Considering institutionalization itself as a risk factor for anemia and considering
its negative impact on functional capacity and consequently the quality of life of the
elderly, the importance of screening and early treatment of anemia, particularly for
those who live in LTCFs, is emphasized.
ACKNOWLEDGMENTS
The authors thank the CEIAE team for their dedication. The present study was
funded by Bahia State Research Foundation (Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado da Bahia) (grant number 029/2013).
Conflicts of Interest: None.
Authors’ Contributions: Emanuelle C. Silva contributed to data tabulation,
analysis and interpretation, review of the literature, and the writing of the manuscript.
Lílian R. Sampaio contributed to the conception and design of the study, data
interpretation, and writing and critical review of the manuscript. Anna K. C. Roriz and
Adriana L. Mello contributed to the study design, data interpretation and critical review
of the manuscript. Michaela Eickemberg and Caroline A. Feitosa contributed to data
analysis and statistical interpretation and to the critical review of the manuscript.
Bahia State Research Foundation had no role in the design, analysis or writing of
this article.
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32
TABLES
Table 1. Characteristics of the Institutionalized Elderly in Salvador, Bahia, Brazil
according to Gender.
BMI - body mass index, MCV - mean corpuscular volume, MCHC - medium corpuscular
hemoglobin concentration, RDW - red blood cell distribution width, SMI - skeletal muscle
index, GFR - glomerular filtration rate.
a Student’s t test.
b Mann-Whitney U test.
* Expressed as the mean (standard deviation).
† Expressed as the median (interquartile range).
Variable Women (n = 242) Men (n = 71) p-value
Age in years * 81.66 (9.03) 75.40 (8.82) < 0.001
a
Length of institutionalization in years † 3 (1.33-8.41) 2.66 (0.91-5.25) 0.127
b
BMI in kg/m² * 22.79 (5.53) 22.05 (4.15) 0.326
a
Hemoglobin in g/dl * 12.25 (1.40) 13.02 (1.67) < 0.001
a
MCV in fl * 90.19 (5.83) 87.99 (5.26) 0.004
a
MCHC as % * 32.45 (0.88) 32.96 (0.89) < 0.001
a
RDW as % † 12.55 (11.9-13.2) 12 (11.7-12.8) 0.002
b
SMI in kg/m² † 6.24 (5.57-6.98) 8.66 (8.15-9.70) < 0.001
b
Barthel score † 75 (25-95) 75 (15-95) 0.565
b
Fasting glucose in mg/Dl † 86 (76-95) 82 (73.5-93) 0.113
b
GFR in mL/min/1.73 m² * 45.63 (16.68) 54.20 (16.46) < 0.001
a
33
Table 2. Characterization of Hematological Parameters in the Institutionalized Elderly
in Salvador, Bahia, Brazil in the Presence or Absence of Anemia.
MCHC
MCV
RDW
Anemia No
anemia
n (%) n (%)
Hypochromia Microcytosis Reduced 0 (0.00) 0 (0.00)
Normal 1 (0.84) 1 (0.52)
Increased 1 (0.84) 0 (0.00)
Normocytosis
Reduced 0 (0.00) 0 (0.00)
Normal 8 (6.72) 14 (7.22)
Increased 3 (2.52) 2 (1.03)
Macrocytosis Reduced 0 (0.00) 0 (0.00)
Normal 0 (0.00) 0 (0.00)
Increased 0 (0.00) 0 (0.00)
Normochromia Microcytosis Reduced 0 (0.00) 0 (0.00)
Normal 7 (5.88) 1 (0.52)
Increased 1 (0.84) 0 (0.00)
Normocytosis
Reduced 5 (4.20) 13 (6.70)
Normal 83 (69.75) 156
(80.41)
Increased 7 (5.88) 3 (1.55)
Macrocytosis Reduced 0 (0.00) 0 (0.00)
Normal 3 (2.52) 4 (2.06)
Increased 0 (0.00) 0 (0.00)
MCV - mean corpuscular volume, MCHC - medium corpuscular hemoglobin concentration,
RDW - red blood cell distribution width.
34
Table 3. Prevalence of Anemia in the Institutionalized Elderly in Salvador, Bahia,
Brazil, according to Covariables.
Variable n/N % PR b
95% CI p-value
Gender
Female 91/242 37.6 1
Male 28/71 39.4 0.95 0.68-1.32 0.77
Age Range
60-69 years 18/46 39.1 1
70-79 years 31/88 35.2 0.90 0.50-1.61 0.72
≥80 years 70/179 39.1 0.99 0.59-1.67 0.99
Length of institutionalization
<1.0 year 23/65 35.4 1
1.0-5.0 year(s) 49/134 36.6 1.03 0.63-1.70 0.90
5.1-10.0 years 20/48 41.7 1.18 0.65-2.14 0.59
>10.0 years 19/53 35.0 1.01 0.55-1.86 0.04
Type of Institution
Private 39/109 35.7 1
Public 14/44 31.8 0.88 0.48-1.63 0.71
Philanthropic 66/160 41.2 1.15 0.77-1.71 0.48
BMI a
Eutrophy 25/88 28.4 1
Thinness 58/123 47.2 1.66 1.04-2.65 0.03
Overweight 22/58 37.9 1.34 0.75-2.37 0.32
DM
No 94/256 36.7 1
Yes 25/57 43.9 1.19 0.77-1.86 0.43
SMI
Adequate 17/41 41.5 1
Moderate sarcopenia 21/62 33.9 0.82 0.43-1.55 0.54
Severe sarcopenia 13/46 28.3 0.68 0.33-1.40 0.30
Functional Capacity a
Independence 13/63 20.6 1
Mild dependence 12/37 32.4 1.57 0.72-3.44 0.26
Moderate dependence 23/56 41.1 1.99 1.01-3.93 0.05
Severe dependence 25/60 41.7 2.02 1.03-3.95 0.04
Total dependence 37/70 52.9 2.56 1.36-4.82 < 0.01
SAH
No 68/180 37.8 1
Yes 51/132 38.6 0.98 0.68-1.41 0.90
35
Renal dysfunction
No 26/63 41.3 1
Yes 76/195 39.0 0.94 0.60-1.47 0.80
BMI - body mass index, DM - diabetes mellitus, SMI - skeletal muscle index, SAH - systemic
arterial hypertension.
a Statistical significance according to chi-squared test (BMI: p = 0.022; functional capacity: p =
0.004).
b Poisson regression model with the gross prevalence ratio for the association between anemia
and other variables.
36
Table 4. Poisson Regression Model with the Prevalence Adjusted for the Association
between Anemia and Covariables in the Institutionalized Elderly in Salvador, Bahia,
Brazil.
Model 1 Model 2
Covariable PRadj 95% CI PRadj 95%CI
Gender
Male 1 1
Female 1.12 0.73-1.71 1.01 0.75-1.36
Age range
60-69 years 1 1
70-79 years 1.11 0.63-1.97 0.86 0.57-1.30
≥80 years 1.42 0.79-2.56 0.80 0.57-1.12
Time of institutionalization
<1.0 year 1 - -
1.0–5.0 year(s) 0.75 0. 48-1.20 - -
5.1‒10.0 years 1.09 0.63-1.88 - -
>10.0 years 0.85 0.40-1.84 - -
Type of Institution
Private 1 - -
Public 0.60 0.33-1.10 - -
Philanthropic 1.70 0.96 - 3.01 - -
BMI
Eutrophy 1 1
Thinness 1.68 1.04-2.72 1.58 1.02-2.44
Overweight 1.38 0.58-3.26 1.41 0.89-2.24
DM
No 1 - -
Yes 1.26 0.79-2.03 - -
SMI
Adequate 1 - -
Moderate sarcopenia 0.95 0.45-2.02 - -
Severe sarcopenia 0.57 0.27-1.25 - -
Functional Capacity
Independence 1 1
Mild dependence 1.94 0.62-6.10 1.58 0.67-3.72
Moderate dependence 2.04 0.88-4.76 1.98 1.07-3.63
Severe dependence 2.45 1.22-4.95 1.94 1.00 -3.77
Total dependence 3.12 1.14-8.52 2.61 1.34-5.07
SAH
No 1 - -
37
Yes 0.79 0.47-1.33 - -
Renal Dysfunction
No 1 - -
Yes 0.68 0.35-1.31 - -
BMI - body mass index, DM - diabetes mellitus, SMI - skeletal muscle index, SAH - systemic
arterial hypertension.
Model 1: Adjusted for the variables gender, age range, length of institutionalization, type of
institution, BMI, DM, SMI, functional capacity, SAH and renal dysfunction.
Model 2: Adjusted for the variables gender, age range, BMI and functional capacity.
38
FIGURE
Fig. 1. Total prevalence and degrees of anemia according to gender in the
institutionalized elderly in Salvador, Bahia, Brazil.
39
PARTE II - PROJETO DE PESQUISA
1. INTRODUÇÃO
A anemia pode ser definida como a redução dos níveis de hemoglobina.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), esta ocorre quando a hemoglobina
atinge valores inferiores a 13 e 12 g/dL, em homens e mulheres não grávidas,
respectivamente (WHO, 2001). Tratando-se do indivíduo idoso, esse critério é alvo de
intensas críticas, já que se baseia em valores de hemoglobina de dados populacionais
realizados em indivíduos com idade inferior a 65 anos (KHEIR; HADDAD, 2010).
Com o envelhecimento populacional e diante da correlação negativa entre níveis
sanguíneos de hemoglobina e idade, a anemia torna-se cada vez mais prevalente. No
entanto, embora a senescência seja marcada por uma redução das concentrações de
hemoglobina, a anemia não deve ser considerada como repercussão natural da fisiologia
do envelhecimento (BALDUCCI et al., 2006).
A prevalência de anemia pode variar segundo as condições de vida, sexo, raça e
estado de saúde. Resultados do Third National Health and Nutritional Examination
Study (NHANES III) demonstraram diferenças na prevalência de anemia em idosos
residentes nos Estados Unidos entre os diferentes grupos étnicos, sendo superior em
negros não-hispânicos (27,8%) quando comparados aos brancos não-hispânicos (9%) e
mexicanos (10,4%). O mesmo estudo demonstrou ainda maior prevalência de anemia
em homens, quando comparado as mulheres na mesma faixa etária (EISENSTAEDT et
al., 2006).
A interferência das condições de saúde na ocorrência de anemia pode ser
confirmada pelo seu diagnóstico mais frequente entre residentes em Instituições de
Longa Permanência para Idosos (ILPIs) identificado em estudos que investigam a
anemia nessa população (EISENSTAEDT et al., 2006). Problema comum em ILPIs, a
anemia atinge de 25% a 63% da população desses locais (MORLEY, 2012).
A perda ponderal e desnutrição energético-proteica, que comumente atingem
idosos institucionalizados, se destacam como fatores etiológicos de anemia nessa
população (MORLEY, 2012; CEREDA et al., 2011), e podem ser explicados por
alterações fisiológicas inerentes ao envelhecimento, redução da ingestão alimentar,
40
presença de múltiplas comorbidades e cuidado nutricional insuficiente (CEREDA et al.,
2011).
As causas mais comuns de anemia em idosos são as carências nutricionais, as
anemias de doenças crônicas e as de causas inexplicáveis, podendo ainda ser decorrente
de um ou mais destes fatores (ANDRÈS et al., 2008). Nessa população, a anemia tem
impactos negativos para a saúde e qualidade de vida, aumentando o risco de
acometimento por doenças cardiovasculares e morte precoce, além de causar sintomas
como fadiga e redução da capacidade cognitiva e funcional (ONEM et al., 2010).
Nesse contexto, considerando a anemia como um evento de elevada prevalência
em ILPIs e o seu impacto sobre a saúde do idoso, torna-se evidente a necessidade de
investigar os fatores associados à essa condição em idosos residentes nesses locais.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. EPIDEMIOLOGIA DA ANEMIA
A anemia destaca-se como um problema de saúde pública em todo o mundo,
independentemente do grau de desenvolvimento do país. Apesar de a anemia ferropriva
ser a causa mais comum de anemia, essa carência nutricional geralmente coexiste com
outras causas, como hemoglobinopatias, parasitoses e deficiências nutricionais (WHO,
2008).
Uma publicação da Organização Mundial da Saúde que compilou dados de 93
países no período de 1993 à 2005 gerou estimativas nacionais da prevalência de anemia.
O estudo ressalta a ausência de dados nacionais nos países acerca da prevalência de
anemia em idosos o que impossibilitou estimativas regionais ou nacionais para esse
grupo populacional, permitindo apenas estimativas globais de anemia. A publicação não
apresenta dados nacionais sobre a prevalência de anemia no Brasil, mas ressalta que a
anemia acomete 24,8% de pessoas em todo mundo, o equivalente a 1,62 bilhões de
pessoas, desse quantitativo 164 milhões são idosos (23,9%) (WHO, 2008).
A contribuição das hemoglobinopatias na prevalência de anemia deve ser
considerada em algumas regiões (WHO, 2008). O Brasil, por exemplo, devido a sua
grande miscigenação, é um país com elevadas prevalências de doença das células
falciformes, com incidência que varia de 1 a 3 casos da doença a cada 1000 nascidos
vivos. Dentre os Estados do país, a Bahia apresenta o maior número de casos triados de
41
doença falciforme, registrando cerca de 1 caso para cada 650 recém/nascidos
(CARVALHO et al., 2014).
2.2. ANEMIA E ENVELHECIMENTO
O percentual de idosos brasileiros com idade a partir de 65 anos, que em 2000
representava 5,9% da população, aumentou em 2010 para 7,4% (IBGE, 2010). Os dados
do último censo realizado no Brasil, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE, 2010), demonstram que o grupo etário de 60 anos ou mais representa 10,8% da
população brasileira. Com o fenômeno mundial do envelhecimento populacional,
estima-se que em 2030, os indivíduos com mais de 65 anos representarão 1 em cada 8
pessoas no mundo (LEUVEN, 2012).
Considerando-se que o envelhecimento acarreta em modificações nos sistemas
morfológicos, fisiológicos, psicológicos e bioquímicos, aumentando o risco de
morbidade e mortalidade por diversas doenças, a transição demográfica repercute em
diversas preocupações. Nesse âmbito, a anemia destaca-se como a alteração
hematológica mais prevalente nos idosos (COUSSIRAT, 2010).
Embora existam diversos fatores causais de anemia em idosos alguns casos
permanecem sem causas identificáveis, o que gera a hipótese de que o próprio processo
de envelhecimento contribui para o surgimento da anemia. Possivelmente o aumento
das citocinas pró-inflamatórias que ocorre com o avanço da idade ainda que na ausência
de doença crônica ou inflamação perceptível, provoca uma desregulação da eritropoiese
caracterizada pela interferência na produção de eritropoietina, no metabolismo do ferro
e maturação das unidades formadoras de colônia eritróide. Consequentemente, essas
alterações na eritropoiese, pode ocasionar a ―anemia do envelhecimento‖ (ERSHLER,
2003).
Na literatura existe grande variabilidade nas prevalências de anemia no idoso,
decorrente da adoção de diferentes definições para diagnóstico e da influência de fatores
ambientais e genéticos de cada região. Nos homens, a freqüência de anemia é maior,
variando entre 2,9% e 61% e nas mulheres entre 3,3% e 41%, com percentuais ainda
maiores em idosos que residem em ILPIs (MACÊDO et al., 2011). Essa maior
prevalência de anemia no sexo masculino resulta da redução fisiológica dos níveis de
testosterona que acompanha o processo de envelhecimento (THOMAS, 2008).
42
Como se sabe o processo de envelhecimento é acompanhado por degenerações
nos órgãos, e a deficiência androgênica, que ocasiona a diminuição da secreção de
testosterona, tem a disfunção testicular como causa fundamental, ainda que possa
ocorrer o comprometimento da atividade do eixo hipotálamo-hipófise-testicular
(ARAUJO; WITTERT, 2011). Dentre as conseqüências do hipogonadismo nos homens
pode-se destacar um menor estímulo à eritropoiese, com redução de 1g/dL nos níveis de
hemoglobina (THOMAS, 2008).
2.3. CAUSAS DE ANEMIA NO IDOSO
2.3.1. Anemias por Deficiências Nutricionais
Anemia Ferropriva
O ferro (Fe) utilizado pelo organismo é obtido de duas fontes principais: da dieta
e da reciclagem de hemácias senescentes. Esse mineral assume na dieta as formas
ferrosa e férrica. O ferro ferroso (Fe2+
) é a forma prontamente absorvida nos enterócitos,
já o ferro férrico (Fe3+
) deve ser reduzido à forma ferrosa para ser absorvido via
proteína transportadora de metal divalente. O Fe absorvido (1-2 mg por dia) é
armazenado sob a forma de ferritina e quando requisitado é transferido para o sangue
via membrana basolateral das células intestinais pela ferroportina, canal exportador de
ferro nas células. No plasma, a ceruloplasmina converte o Fe2+
em Fe3+
permitindo
assim que este se ligue a transferrina e seja transportado até o fígado (POLIN et al.,
2013).
A maior parte do Fe (25-30 mg/dia) presente no organismo decorre da
degradação de hemácias senescentes pelos macrófagos. Estas sofrem modificações
bioquímicas em suas membranas que atuam como sinais para que sejam reconhecidas
pelos macrófagos do baço, medula óssea e células de Küpffer no fígado. As hemácias
sofrem fagocitose e tem seus componentes catabolizados via enzimas pelos macrófagos.
A cadeia globulínica (parte protéica) da hemoglobina é reciclada para dar origem a
novas protéinas. O Fe2+
, por sua vez, pode ser exportado pela ferroportina ou ficar
armazenado no macrófago. Caso seja exportado, este será convertido a Fe3+
pela
ceruloplasmina e carreado pela transferrina predominantemente à medula óssea onde irá
43
ser utilizado para síntese de novos eritrócitos, ou até outros locais para ser reutilizado
(GROTTO, 2008).
A hepcidina, proteína sintetizada pelos hepatócitos possui papel regulador sobre
o Fe. Essa proteína ao ligar-se a ferroportina, seu receptor, forma o complexo hepcidina-
ferroportina, que sofre endocitose pelos macrófagos. A ferroportina é catabolizada, com
menor transferência de Fe dos enterócitos, hepatócitos e macrófagos para o plasma, o
que repercute na inibição da absorção de Fe, baixa saturação da transferrina no plasma e
menor quantidade de Fe disponível para o desenvolvimento do eritroblasto (GROTTO,
2008).
Nos idosos, a deficiência de Fe raramente é de origem alimentar. Geralmente a
causa é a má absorção e aumento das perdas sanguíneas de ferro resultantes de doenças
inflamatórias do trato gastrointestinal, que podem ou não decorrer da presença de
pólipos, hipertensão portal, angiodisplasia, uso de medicações anti-inflamatórias,
infecção por Helicobacter Pylori, ou câncer no cólon e reto (ANDRÈS et al., 2013). A
deficiência de ferro acomete 40% dos idosos institucionalizados, e também está mais
fortemente relacionada a sangramentos gastrointestinais (SABOL et al., 2010).
O uso prolongado de medicamentos inibidores da bomba de próton, também
contribui para a má absorção do Fe apresentada pelos idosos, tendo em vista que o ácido
gástrico é fundamental para sua absorção. Por sua vez, a desnutrição ainda que
raramente possa por si só causar anemia ferropriva em idosos de países industrializados,
também pode contribuir para o seu desenvolvimento (BUSTI et al., 2014).
Deficiência de Cobalamina e Ácido Fólico
A deficiência das vitaminas B9 e B12 acometem menos de 5% dos idosos
residentes em lares de idosos, o que pode ser justificado pelo uso freqüente de
suplementos multivitamínicos (SABOL et al., 2010).
A síntese de vitamina B12 ocorre por bactérias intestinais e por bactérias e
fungos presentes em outros locais, no entanto, considerando-se que esta não é absorvida
é necessária a aquisição dessa vitamina pela dieta. Os produtos de origem animal,
especialmente ovos e carnes, são as principais fontes dessa vitamina (BRIANI et al.,
2013).
A vitamina advinda de fontes biológicas está complexada a uma proteína,
formando a coenzima 5-adenosilcobalamina, que ao chegar no estômago, em presença
44
de baixo ph, sofre clivagem pela pepsina liberando a cobalamina. Esta liga-se a
haptocorrina, produzida na saliva e estômago, formando a holo-R-proteína ou
transcobalamina I (TC I). No duodeno, esse complexo sofre ação das proteases
pancreáticas com a transferência da cobalamina livre ao fator intrínseco (FI), formando
um complexo resistente à proteólise, que liga-se a receptores específicos no íleo. Após
absorção, a vitamina B12 liga-se a transcobalamina II (TC II), que caindo na circulação
sofre endocitose por diversas células que expressam seus receptores. Uma vez
internalizado, o complexo TC-vitamina B12 sofre dissociação, sendo a vitamina
reduzida e convertida às coenzimas adenosilcobalamina (envolvida na formação do
succinil-CoA) e metilcobalamina (envolvida na síntese de metionina) (BRIANI et al.,
2013).
A deficiência da vitamina B12 ou cobalamina em idosos tem como principal
causa a má absorção intestinal, seguida pela anemia perniciosa e outras causas,
incluindo as indeterminadas, deficiências nutricionais e má absorção pós-cirúrgicas
(URRUTIAA, et al. 2010). Dentre os fatores que contribuem para a má absorção de
vitamina B12, pode-se citar a atrofia gástrica, associada ou não a infecção por H. Pylori,
que freqüentemente acomete a população idosa; o uso crônico de biguanidas
(metformina) e antiácidos, incluindo os antagonistas dos receptores H2 e inibidores da
bomba de prótons; uso crônico de bebidas alcoólicas; insuficiência pancreática; e,
cirurgias gástricas (ANDRÈS et al., 2008).
Quanto ao folato, a dieta é a sua principal fonte de aquisição, e dentre suas
fontes alimentares estão o fígado, verduras, legumes e laranja. O folato advindo da dieta
está sob a forma de poliglutamato, que não é capaz de passar através da membrana
celular intestinal e por isso são hidrolisados em monoglutamatos pela exopeptidase
glutamato carboxipeptidase II presente na membrana da borda em escova do intestino
(NAZKI et al., 2014).
Uma vez absorvidos, os folatos monoglutamatos são convertidos em de 5-metil
tetra-hidrofolato (5-metil THF), principal forma circulante de ácido fólico no plasma,
que encontra-se ligado a albumina em maior proporção, ou ainda a proteína ligante de
folato de alta afinidade. Daí o 5-metil THF segue via veia porta para o fígado e tecidos
periféricos. O folato é estocado principalmente no fígado, onde ocorre o processamento
dos compostos de ácido fólico, para que daí seja transportado aos tecidos e bile,
permitindo dessa forma que seja reaproveitado via circulação enterohepática. Uma vez
dentro das células o 5-metil THF (forma de monoglutamato) sofre conversão à tetra-
45
hidrofolato-poliglutamato pela folilpoliglutamatosintase (UEHARA; ROSA, 2010).
Esse processo de poliglutamilação dos folatos celulares garante que estes fiquem
aprisionados nessas, além de nessa forma atuarem melhor como substratos das enzimas
intracelulares dependentes de folato. No entanto, antes de serem liberados na circulação
os poliglutamatos sofrem reconversão à monoglutamatos (NAZKI et al., 2014).
Dentre as funções do folato destaca-se a síntese do DNA. Para a síntese de
metionina a partir da homocisteína é necessária a presença do 5-metil-THF (sofrerá
conversão a tetrahidrofolato) e da cobalamina como cofator da reação. Na presença de
fornecimento inadequado de cobalamina, o folato não consegue sair do ciclo de
metilação não seguindo, portanto, para a síntese de DNA. Tanto a deficiência de folato
quanto de cobalamina pode resultar em anemia megaloblástica, em que haverá síntese
deficiente de nucleotídeos com replicação celular prejudicada e hiper-homocisteinemia.
Considerando-se que o ácido fólico, forma sintética do folato, sofre redução direta para
tetrahidrofolato, não sofrendo aprisionamento metabólico na deficiência de cobalamina,
o tratamento com este corrige a anemia megaloblástica (o marcador hematológico)
resultante do déficit de cobalamina e mascara o sinal clínico dessa condição, podendo
levar a diagnóstico tardio e graves danos neurológicos (VARELA-MOREIRAS, et al.
2009).
A deficiência de ácido fólico em idosos tem como principais causas o consumo
insuficiente de vegetais e legumes, dietas lácteas, ingestão excessiva de álcool e uso de
alguns tipos de medicamentos, como o metrotrexato (URRUTIAA, et al. 2010).
2.3.2. Anemia de Doença Crônica
A anemia de doença crônica, comum em idosos, está associada a condições de
infecção, doença vascular do colágeno, doenças inflamatórias crônicas, insuficiência
cardíaca congestiva, diabetes mellitus e malignidade (GABRILOVE, 2005).
Caracteriza-se por baixas concentrações séricas de Fe e elevadas de ferritina, e baixa
capacidade de ligação do Fe (VANASSE; BERLINER, 2010).
Pelo menos três mecanismos estão envolvidos na etiologia da anemia de doença
crônica: diminuição da sobrevida das hemácias, alterações na eritropoiese e resposta
diminuída dos progenitores eritróides à eritropoietina (VANASSE; BERLINER, 2010).
A hepcidina é a principal responsável pelas alterações na eritropoiese. Esse
peptídeo, sintetizado por indução da citocina pró-inflamatória interleucina 6, reduz a
46
absorção de Fe pelo intestino e impede sua liberação pelos macrófagos, reduzindo a
quantidade de Fe disponível para produção de eritrócitos (BERLINER, 2013).
Quanto à resposta diminuída dos progenitores eritróides à eritropoietina, sabe-se
que essa tende a ocorrer com o processo de envelhecimento. Como resultado ocorre
aumento dos níveis de eritropoietina e portanto, sugere-se, que a anemia desenvolve-se
quando o aumento compensatório de eritropoietina não é suficiente para manter
concentrações adequadas de hemoglobina. Dentre os fatores que atuam na indução da
resistência à eritropoietina estão as citocinas pró-inflamatórias, como o fator de necrose
tumoral α, que ocasiona uma maior demanda pela eritropoietina, podendo ultrapassar a
capacidade renal do idoso em manter seus níveis adequados (BERLINER, 2013).
As reduções nos níveis de eritropoietina, que acarreta em maior demanda por
esta, pode ser explicada pela redução da afinidade de ligação de fatores de transcrição
induzidos pela eritropoietina e o dano de suas células secretoras, por ação de espécies
reativas de oxigênio induzidas pelas citocinas pró-inflamatórias (POGGIALI et al.,
2014).
Para que ocorra a produção de glóbulos vermelhos a medula óssea requer ofertas
adequadas de Fe. Este advêm da absorção intestinal e da reciclagem dos glóbulos
vermelhos pelos macrófagos, que fagocitam essas células quando envelhecidas e
catabolizam suas hemoglobinas (WEINSTEIN et al., 2002). O mecanismo envolvido na
redução da sobrevida das hemácias, característica da anemia de doença crônica, ainda
não está totalmente esclarecido, mas sugere-se que está ligado a grande produção de
citocinas pró-inflamatórias pelos macrófagos, que ocasiona hiperatividade do sistema
mononuclear fagocitário, com a hemólise precoce dos eritrócitos (POGGIALI et al.,
2014).
A doença renal crônica, que frequentemente acomete os idosos, também
ocasiona um declínio da produção de eritropoietina renal e é um fator etiológico
importante de anemia nessa população (EISENSTAEDT et al., 2006).
2.3.3. Anemias de Causas Inexplicáveis
Aproximadamente um terço de toda a anemia em idosos continua sem causa
explicada. Vários mecanismos têm sido propostos para explicar a anemia de causas
desconhecidas no idoso, dentre estes, a deficiência androgênica, aumento da liberação
47
de citocinas pró-inflamatórias, redução da proliferação e regeneração das células-tronco,
diminuição da resposta à eritropoietina e mielodisplasia (ANDRÈS et al., 2013).
2.4. CONSEQUÊNCIAS DA ANEMIA NO IDOSO
O envelhecimento populacional é acompanhado pelo aumento dos custos com
cuidados de saúde e de ILPIs. Como a proporção de idosos cresce em um ritmo mais
acelerado do que a de cuidadores adultos, as ILPIs enfrentarão dificuldades em oferecer
o mesmo nível de atendimento dos dias atuais, especialmente para idosos dependentes
(ROBINSON, 2003).
Os custos associados à anemia podem ser diretos, indiretos e intangíveis. Gastos
referentes ao tratamento e complicações da anemia constituem os custos diretos. Os
indiretos são os custos com as idas para consultas médicas e faltas no trabalho tanto
para o idoso quanto para seu cuidador. Já as reduções da participação do idoso na ajuda
à sua família e das suas atividades de vida diárias contemplam os custos intangíveis
(ROBINSON, 2003).
Apesar de o idoso ser mais acometido por anemia de grau leve, essa condição
tem graves repercussões sobre o estado de saúde do idoso e custos para o sistema de
saúde. Diversos desfechos clínicos vêm sendo associados a anemia tanto em idosos que
residem em comunidade quanto naqueles que vivem em ILPIs (GUALANDRO et al.,
2010).
As conseqüências da anemia costumam ocorrer de forma mais acelerada no
idoso devido à menor habilidade desses indivíduos se adaptarem a condição, tanto a
nível cardiovascular quanto respiratório. Soma-se a esse quadro o mascaramento dos
sinais clínicos da anemia (palidez cutâneo-mucosa, taquicardia e dispnéia) pela presença
concomitante com outras patologias, por características fisiológicas do envelhecimento
e/ou uso de medicamentos (GUALANDRO et al., 2010).
A anemia em idosos compromete a força muscular e potência de pico com
prejuízos na função muscular, aumentando as chances de queda e reduzindo a
mobilidade. (MORLEY, 2012). O possível mecanismo pelo qual a anemia afeta a
função física e mobilidade é a redução do número de hemácias e conseqüentemente
menor transporte de oxigênio para o músculo (SABOL et al., 2010).
GURANILK et al. (2005) destacam que idosos que cursam com sarcopenia
costumam apresentar anemia, o que pode ser uma resposta fisiológica dessa condição. A
48
hipótese sugerida, porém sem comprovação científica, é de que a redução da massa
muscular gera alterações no consumo de oxigênio, massa de eritrócitos e na síntese de
eritropoietina (GURANILK et al., 2005).
A anemia pode ocasionar ainda piora da angina e complicações cardiovasculares
em indivíduos com doenças do coração, por ocasionar aumento do débito cardíaco e
conseqüente hipertrofia ventricular esquerda adaptativa. Sugere-se ainda que a anemia
atua como fator de risco para o desenvolvimento da doença de Alzheimer, além de
poder levar a sintomas neurológicos como depressão, dificuldade de concentração e
dores de cabeça (BALDUCCI et al., 2006).
3. OBJETIVO
3.1. OBJETIVO GERAL
Descrever a prevalência e fatores associados à anemia em idosos residentes em ILPIs
da cidade de Salvador-BA.
3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Caracterizar os idosos quanto ao estado nutricional, tempo de institucionalização,
capacidade funcional, hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes mellitus (DM) e
função renal.
Identificar a prevalência, características e gravidade da anemia.
Descrever a distribuição da anemia segundo características sociodemográficas,
nutricionais e clínicas.
4. METODOLOGIA
4.1. DESENHO DO ESTUDO
Este estudo de corte transversal é parte de um projeto mais amplo intitulado
―Avaliação multidimensional dos idosos residentes em instituições de longa
permanência na cidade de Salvador-BA‖, desenvolvido pelo Centro de Estudos e
49
Intervenção na Área de Envelhecimento (CEIAE) da Escola de Nutrição da
Universidade Federal da Bahia (ENUFBA).
4.2. CASUÍSTICA
4.2.1. Projeto “Avaliação Multidimensional dos Idosos Residentes em Instituições
de Longa Permanência na Cidade de Salvador-BA”
A obtenção da amostra ocorreu em três etapas. Na primeira etapa, listou-se todas
as ILPIs da zona urbana da cidade (29 ILPIs) e, em seguida, estas foram estratificadas
em 12 Distritos Sanitários (DS) (Figura 1), sendo identificadas ILPIs em dez desses DS.
Na segunda etapa, determinou-se o número de idosos por DS que iriam fazer parte do
estudo, sendo este proporcional à população total de idosos residentes em cada DS, o
que garantiu um poder de 80% para representar os idosos institucionalizados da cidade
de Salvador-BA considerando um nível de significância de 5%, totalizando 412 idosos
de ambos os sexos (Tabela 1). Na terceira etapa, as instituições foram selecionadas por
amostragem aleatória simples. Caso o número de idosos na primeira instituição
selecionada não atingisse o tamanho amostral determinado para garantir a
representatividade do distrito, uma segunda instituição era selecionada por sorteio, e
assim por diante, até o alcance do número de idosos definido.
Figura 1. Localização espacial dos 12 Distritos Sanitários da cidade de Salvador, Bahia,
2012.
50
Tabela 1. Número de idosos institucionalizados e amostra calculada por Distrito
Sanitário da cidade de Salvador, Bahia, 2012.
Distritos Sanitários (DS) Número de idosos por
DS
Amostra Calculada
Itapagipe 235 78
Liberdade 15 5
Centro Histórico 220 73
Cabula/Beiru 29 10
Boca do Rio 10 3
Pau da Lima 95 32
Brotas 325 108
Subúrbio Ferroviário 177 59
Itapuã 93 31
Barra/Rio Vermelho 40 13
Total 1239 412
Para melhor entendimento, a seguir é apresentado o fluxograma (Figura 2) que
apresenta a amostra contemplada no artigo desenvolvido:
Figura 2. Fluxograma de obtenção da amostra do artigo ―Factors Associated with
Anemia in the Intitutionalized Elderly‖.
4.3. CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE
Foram considerados elegíveis a participar do estudo indivíduos de ambos os
sexos, com idade igual ou superior a 60 anos, residentes em ILPIs, de caráter público,
filantrópico e privado, situadas na zona urbana da cidade de Salvador – BA, eque
51
concordassem em participar da pesquisa, assinando ou registrando a impressão de suas
digitais no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apêndice 1).
Os critérios de não elegibilidade para realização do exame de bioimpedância
foram: amputação de membro (s), presença de edema e/ou ascite, uso de desfibrilador
cardíaco ou marca-passo e impossibilidade aferição do peso (KYLE et al., 2004). Não
realizaram avaliação antropométrica aqueles com impossibilidade de locomoção e/ou
posicionamento para aferição das medidas necessárias.
4.4. COLETA DE DADOS
A coleta de dados foi realizada nas ILPIs, entre novembro de 2012 e outubro de
2013. Foram aplicados dois questionários aos idosos e/ou seus cuidadores, o primeiro
para verificar a situação funcional dos indivíduos e o segundo, previamente padronizado
e codificado (Apêndice 2), continham informações referentes às características
sociodemográficas e de saúde. Os idosos ainda foram submetidos à avaliação
antropométrica, bioimpedância e à coleta de sangue para realização de hemograma
completo, dosagem da glicemia de jejum e das concentrações de creatinina sérica. Uma
técnica de laboratório colheu o sangue por venopunção, com os participantes em jejum
de 12 horas, e as amostras sanguíneas foram transportadas para análise no laboratório da
Faculdade de Farmácia da Universidade Federal da Bahia – UFBA.
A aplicação dos questionários foi realizada por uma equipe multidisciplinar
devidamente treinada, e os procedimentos de coleta dos dados foram padronizados,
como medida de controle da qualidade e consistência das informações.
4.5. VARIÁVEIS
4.5.1. Variável Dependente
4.5.1.1. Anemia
A análise do hemograma foi realizada utilizando o contador hematológico Cell
Dyn Ruby (Abbott Laboratories®, Illinois, Estados Unidos) pelo método de
Impedância. O diagnóstico e grau de anemia foram estabelecidos pelas concentrações de
52
hemoglobina no sangue total, segundo os pontos de corte propostos pela OMS (WHO,
2011).
4.5.2. Caracterização da Anemia
Os parâmetros hematológicos utilizados para caracterização da anemia foram:
volume corpuscular médio (VCM), concentração de hemoglobina corpuscular média
(HCM), e Red Cell Distribution Width (RDW). Adotou-se para estes os mesmos valores
de referência estabelecidos pelo laboratório: 80,0 - 99,0 fl para VCM, 31,5 - 35,5 %
para CHCM e 11,0-14,0% para RDW.
4.5.3. Covariáveis
4.5.3.1. Estado Nutricional
As covariáveis utilizadas para caracterização do estado nutricional foram, Índice
de Musculo Esquelético (IME) e Índice de Massa Corporal (IMC), as quais serão
descritas a seguir.
Índice de Massa Corporal
O IMC foi calculado conforme a fórmula proposta pela OMS (WHO, 1995) e
analisado segundo a classificação proposta pelo Nutrition Screening Initiative (2002):
baixo peso - < 22; eutrofia - 22 a <27; sobrepeso - 27 a < 30; obesidade - ≥30. O peso
foi aferido por meio uma balança portátil digital da marca Plenna (modelo Sport), com
capacidade máxima para 150 kg e precisão de 100g. Para determinação do peso corporal
o avaliado trajando o mínimo de vestimentas possível e descalço posicionou-se ereto e
imóvel no centro da balança, com o olhar fixo no horizonte e braços estendidos ao
longo do corpo (JELLIFE, 1966). Diante da impossibilidade de aferição do peso, este
foi estimado a partir da mensuração das circunferências da panturrilha (CP) e do braço
(CB), da altura do joelho (AJ) e da dobra cutânea subescapular (DCSE) utilizando as
seguintes equações (CHUMLEA et al., 1988):
53
Mulheres: P (kg) = [1,27 x CP (cm)] + [0,87 x AJ (cm)] + [0,98 x CB (cm)] + [0,4 x
DCSE (cm)] - 62,35
Homens: P (kg)= [0,98 x CP(cm)] + [1,16 x AJ (cm)] + [1,73 x CB (cm)] + [ 0,37 x
DCSE (mm)]- 81,69
Para obtenção das medidas de CP e CB foi utilizada uma fita métrica inelástica
graduada em centímetro da marca TBW. Para a determinação da medida da CP foi
solicitado ao idoso que se posicionasse em decúbito dorsal, com a perna direita
formando um ângulo de 90º com a coxa na região do joelho, e em seguida a fita métrica
foi posicionada ao redor da região mais saliente da panturrilha sem fazer compressão. Já
para a CB, com o braço do idoso flexionado a 90º, foi marcado o ponto médio entre
ponto mais distal do processo acromial da escápula e a parte mais distal do olécrano, e
posteriormente, com o braço já estendido, circundou-se a fita métrica em cima do local
marcado (CALLAWAY et al., 1988).
A medida da AJ foi realizada com o idoso com a perna flexionada formando um
ângulo de 90º com o joelho. Utilizou-se um paquímetro, que teve sua parte fixa
posicionada embaixo do calcanhar do idoso e a haste móvel na rótula do joelho, com a
régua paralela a toda extensão da tíbia realizou-se a leitura no milímetro mais próximo
(CHUMLEA et al., 1985).
A DCSE foi obtida com auxílio do compasso da marca Lange, com precisão de
0,01mm. A medida foi realizada abaixo do ângulo inferior da escápula, formando um
ângulo de 45º entre a prega e a coluna vertebral (DURNIN; WOMERSLEY, 1974). A
estatura foi estimada a partir da medida da AJ, utilizando as equações propostas por
Chumlea et al. (1985):
Mulheres: A (cm) = [1,83 x AJ (cm)]-[0,24 x I (anos)]+ 84,88
Homens: A (cm) = [2,02 x AJ (cm)] - [0,04 x I (anos)]+ 64,19
Índice de Músculo Esquelético
O IME foi calculado segundo equação proposta por Janssen et al. (2004): massa
muscular (kg)/altura (m)². A Massa Muscular Esquelética (MME) foi estimada por
meio da medida da resistência coletada pelo aparelho de bioimpedância e posterior
aplicação da equação proposta por Janssen et al. (2000): massa muscular (kg) =
54
[(altura em centímetros²/ resistência da BIA em ohms × 0,401) + (sexo × 3,825) + (-
0,071 × idade em anos)] + 5,102. Nessa equação, considera-se os valores de 1 e 0,
para os sexo masculino e feminino respectivamente.
O IME foi classificado em normal (homens > 10,76 kg/m; mulheres >6,76
kg/m2), sarcopenia moderada (homens 8,51 - 10,75 kg/m; mulheres 5,76- 6,75 kg/m
2) e
grave (homens ≤ 8,50 kg/m2; mulheres ≤ 5,75 kg/m
2) (JANSSEN, 2004).
Para estimativa da MME utilizou-se o aparelho de bioimpedância (BIA)
tetrapolar, marca Biodynamics modelo 450. As medidas foram realizadas por um cabo
tetrapolar disposto aos pares, fixados em dois eletrodos na mão e pé do lado direito do
corpo, observada a distância de 5 cm entre os eletrodos e realizada a higienização
préviadosseus locais de fixação com álcool (KYLE et al., 2004).
O teste foi realizado em temperatura ambiente, com o indivíduo deitado sobre
uma superfície não-condutora, na posição supina, com braços abduzidos do tronco a 30º
e pernas afastadas a 45º e o mesmo foi orientado a manter-se pelo menos cinco minutos
em repouso absoluto em posição supina antes de se efetuar a medida. Os participantes
do estudo foram orientados a seguir alguns procedimentos prévios, sem os quais os
resultados do exame poderiam ser comprometidos: jejum de no mínimo quatro horas,
não ingestão de bebidas alcoólicas nas 48h que antecedem o exame, esvaziar a bexiga
antes do teste, abstinência da pratica de exercício físico intenso nas ultimas oito horas
(KYLE et al., 2004) (Anexo 1).
4.5.3.2. Capacidade Funcional
Foi utilizada a escala original de Barthel (Anexo 2) (MAHONEY; BARTHEL,
1965) para mensurar a capacidade em desenvolver as Atividades de Vida Diária (AVD).
As informações para este instrumento deram-se pelo questionamento aos próprios
idosos e/ou cuidadores destes, sendo adotados os pontos de corte proposto por Azeredo
e Matos (2003): dependência total (0-20), dependência grave (21-60), dependência
moderada (61-90), dependência leve (91-99) e independência (100).
4.5.3.3. Diabetes Mellitus
A glicemia de jejum foi analisada pelo método enzimático de Trinder usando-se
aparelho BT 3000 Plus (Wienerlab®, Rosario, Argentina). De acordo com o critério
55
sugerido Expert Committee on the Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus
(2003), para estudos epidemiológicos, o idoso foi considerado como tendo DM se sua
glicemia de jejum foi ≥ 126 mg / dL ou se fazia uso regular de insulina ou
hipoglicemiantes orais.
4.5.3.4. Hipertensão Arterial Sistêmica
A HAS foi definida como o uso regular de medicação anti-hipertensiva,
informação obtida por meio da aplicação do questionário padronizado ao idoso e/ou
cuidador.
4.5.3.5. Função Renal
A função renal foi avaliada por estimativa taxa de filtração glomerular (TFG), a
qual foi calculada usando a equação de Cockcroft e Gault (COCKCROFT; GAULT,
1976):
Homens: FG (ml/min)= [(140 – idade (anos)] x [peso] (kg) / [72 x Creatinina sérica
(mg/dl)]
Mulheres: FG (ml/min)= [140 - idade (anos)] x [peso (kg)] x 0,85 / [72 x Creatinina
serica (mg/dl)]
Foi realizada a correção da TFG para 1,73 m² de área de superfície corporal
(ASC) por meio da multiplicação do TFG obtida por 1,73/ASC. A ASC foi calculada de
acordo com a fórmula DuBois e Dubois (DUBOIS; DUBOIS, 1916): SC (m²) =
0,007184 x (altura em cm)0,725
x (peso em kg)0,425
.A disfunção renal definida como uma
TFG <60 mL/ min/1.73m², o que corresponde a fase 3 e 4 da doença renal segundo os
critérios da National Kidney Foundation / Kidney Disease Outcomes Quality (2002). A
creatinina sérica, dosada na mesma amostra sanguínea colhida para realização do
hemograma completo, foi analisada no aparelho BT 3000 Plus (Wienerlab®, Rosario,
Argentina), pelo método do picrato alcalino segundo a reação de Jaffé.
56
4.5.3.6. Características Demográficas
As variáveis demográficas estudadas foram sexo e idade. Para definição da
idade, foi utilizada a diferença entre a data de entrevista e a data de nascimento
identificada mediante consulta do documento de identidade. A idade foi categorizada
em três intervalos: 60 à 69 anos, 70 à 79 anos e ≥ 80 anos.
4.5.3.7. Tempo de Institucionalização
O tempo de institucionalização foi obtido por meio da aplicação do questionário
codificado ao idoso e/ou seu cuidador, sendo categorizado nos seguintes intervalos: < 1
ano, 1┤5 anos, 5┤10 anos, 10┤20 anos, ≥ 20 anos.
5. PROCESSAMENTO E ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS
A normalidade dos dados foi analisada pelos Teste de Kolmogorov- Smirnov
para todas as variáveis. As variáveis contínuas paramétricas foram descritas utilizando
média e desvio padrão, e as não paramétricas mediana e intervalo interquartil. Para as
variáveis categóricas foram apresentadas frequências absolutas e relativas. Para
verificar a diferença de médias entre os sexos das variáveis contínuas com distribuição
normal e não normal foram utilizados os Testes t de Student e U de Mann-Whitney,
respectivamente.
A correlação entre níveis de hemoglobina e covariáveis contínuas foi analisada
pelo teste de correlação de Spearman. O teste Qui quadrado de Pearson foi usado para
avaliar associação entre os grupos com e sem anemia e demais variáveis categóricas.
Para investigar a relação entre anemia e covariáveis, foi utilizado o modelo de
regressão de Poisson com variância robusta, estimando a razão de prevalência, e seus
respectivos intervalos de confiança a 95%. A modelagem multinível foi adotada devido
ao possível efeito de cluster referente à agregação das unidades de observação em
instituições. Os modelos de regressão foram construídos por meio do procedimento por
eliminação, partindo-se de uma equação completa para o modelo final reduzido -
stepwise backward.
Utilizou-se o software Stata versão 10.0 (Stata Corp, College Station, TX) para a
análise dos dados e adotou-se nível de significância de 5% para todas as análises.
57
6. ASPECTOS ÉTICOS
Este projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética da Escola de Nutrição da
UFBA (CEPNUT) para avaliação da pertinência ética em atendimento à Resolução Nº
196/1996 sobre a pesquisa envolvendo seres humanos do Conselho Nacional de Saúde
do Ministério da Saúde, sendo aprovado sob o parecer 11/2012 (Anexo 3).
Para a realização do estudo foi solicitada previamente a autorização das ILPIs,
por meio dos seus respectivos diretores e/ou responsáveis administrativos. A
participação do idoso no estudo foi voluntária, mediante assinatura ou impressão digital
no TCLE, no qual continha informações a respeito da pesquisa, seus objetivos e direitos,
sendo os participantes informados quanto aos procedimentos aos quais seriam
submetidos. O estudo não envolveu procedimentos de alto risco aos indivíduos e foi
assegurado o caráter anônimo dos indivíduos que decidiram participar. Todos os
direitos dos sujeitos foram reservados, garantindo-lhes a liberdade de participar ou
retirar seu consentimento no decorrer do trabalho.
Ao final, os resultados das avaliações foram apresentados às Instituições, sob a
forma de relatório. Além disso, ao identificar idosos em situações graves de saúde, a
Instituição foi informada sobre os devidos procedimentos e encaminhamentos
pertinentes, e nos casos em que havia a necessidade de atendimento com geriatra ou
nutricionista, o idoso foi encaminhado para os ambulatórios de Geriatria e de Nutrição
do Pavilhão José Francisco de Magalhães Netto/Hospital Universitário Professor Edgar
Santos – UFBA.
7. INFRAESTRUTURA E APOIO TÉCNICO DISPONÍVEL
O projeto foi desenvolvido pelo Núcleo de pesquisa CEIAE da Escola de
Nutrição da UFBA, contando com profissionais e estudantes de Nutrição, além de
profissionais e estudantes de Medicina da UFBA e Fisioterapia da Universidade do
Estado da Bahia (UNEB), uma enfermeira e um educador físico. O projeto contou ainda
com o apoio da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), seção Bahia.
A ENUFBA disponibilizou computadores, impressoras, aparelho de
Bioimpedância, espaço físico, telefone e projetor multimídia colaborando com a
operacionalização do trabalho.
58
8. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
Quadro 1. Cronograma de execução do projeto.
ATIVIDADES 2012 2013
2º
trimestre
3º
trimestre
4º
trimestre
1º
trimestre
2º
trimestre
3º
trimestre
4º
trimestre
Levantamento
bibliográfico x x x x x x x
Treinamento,
padronização
de técnicas e
estudo piloto
x
Coleta de
dados x x x x x x x
ATIVIDADES 2014 2015
1º
trimestre
2º
trimestre
3º
trimestre
4º
trimestre 1º trimestre
Levantamento
bibliográfico x x x x x
Tratamento
dos dados x x
Análise e
interpretação
dos dados
x
Produção de
artigo
científico
x x x
Elaboração do
Relatório
Final
x x
Revisão do
texto x
Defesa oral x
59
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Co-autoria no artigo ―Fatores Associados à Sarcopenia em Idosos Institucionalizados‖,
o qual será submetido a Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho
Humano (qualis B1).
Apresentação de Trabalhos na Modalidade Pôster:
SILVA, E. C., EICKEMBERG, M., RIBEIRO, R. S. S., MOREIRA, P. A., MELLO, A.
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Distribuição em Percentis. VII Congresso Norte-Nordeste de Geriatria e Gerontologia.
Fortaleza/CE. 2013.
SOUZA, M. A. N., SILVA, E. C., ANASTACIO, C. C., RORIZ, A. K. C. Nível de
Atividade Física e Capacidade Funcional de Idosos Institucionalizados na Cidade de
Salvador-BA. VII Congresso Norte-Nordeste de Geriatria e Gerontologia. Fortaleza/CE.
2013.
Co-Orientação de Trabalho de Conclusão de Curso:
Naina Cardoso Vieira. "Prevalência de Anemia em Idosos Institucionalizados na Cidade
de Salvador-BA". 2013. (Graduação em Nutrição – UFBA).
Participação de Banca de Trabalho de Conclusão de Curso
Andrea Jacqueline Fortes Ferreira. Avaliação do Ângulo de Fase da Bioimpedância
Elétrica em Idosos Residentes em ILPIs na Cidade de Salvador-BA. 2013. (Graduação
67
de Nutrição –UFBA).
Andrea Santana Reis. Estado Nutricional e Uso de Medicamentos em Idosos
Institucionalizados de Salvador-BA. 2014. (Graduação de Nutrição – UFBA).
Fernanda Moura Bacha. Hipersensibilidade Não-Celíaca ao Glúten: Um Novo Contexto
para uma Dieta Isenta de Glúten. 2014. (Graduação de Nutrição –UFBA).
68
PERSPECTIVAS FUTURAS
Um segundo artigo está em desenvolvimento e incluíra a variável de ingestão
alimentar, não abordada neste trabalho. O artigo intitulado ―Ingestão de Nutrientes
Hematopoiéticos e Padrão Alimentar de Idosos Institucionalizados com e sem Anemia‖,
terá o objetivo de avaliar a ingestão de nutrientes com atividade hematopoiética e
identificar o padrão alimentar dos idosos institucionalizados com e sem anemia da
cidade de Salvador-BA, contribuindo dessa maneira para o aprofundamento de
conhecimentos acerca dessa condição tão prevalente na população idosa
institucionalizada.
Outra perspectiva é dar continuidade a escrita do capítulo do livro intitulado
―Nutrição do Adulto‖, que fará parte da segunda edição do livro de avaliação nutricional
da Coleção Sala de Aula, sob autoria da Profa Dr
a Lilian Barbosa Ramos.
69
APÊNDICES
APÊNDICE 1 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA DE NUTRIÇÃO
PROJETO DE PESQUISA: AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DOS IDOSOS RESIDENTES
EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA NA CIDADE DE SALVADOR-BA.
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Eu, ..........................................................................................................., fui procurado(a)
pela pesquisadora ______________________________________da Escola de Nutrição
da Universidade Federal da Bahia, quando fui informado (a) sobre o objetivo da
pesquisa, sob a coordenação da professora Lílian Ramos Sampaio, com o titulo acima
citado. O objetivo principal desta pesquisa é o de avaliar como está a minha saúde,
estilo de vida e alimentação e isto será verificado por diferentes equipes de profissionais
de saúde. Foi colocada a importância deste estudo uma vez que pretende avaliar as
condições de vida, saúde e nutrição dos moradores de casa de longa permanência na
cidade de Salvador- BA. Foi explicado que, para a realização das medidas
antropométricas, eu terei que vestir roupas finas e leves e que uma das equipes irá
acompanhar toda a minha alimentação. A pesquisadora deixou claro que caso eu desista
de participar em qualquer fase da pesquisa, não terei prejuízo e que, caso eu necessite de
algum tratamento, serei encaminhado(a) para acompanhamento. Segundo as
informações prestadas, a pesquisa consta de levantamento de meus dados pessoais,
demográficos, avaliação clínica, antropométrica (peso, circunferências da cintura e
panturrilha, comprimento da perna, pregas cutâneas triciptal, subescapular, bibiptal e
suprailíaca e o diâmetro do abdômen), bioquímica, no qual ficarei em jejum de 12 horas
para realização da coleta de sangue (Glicemia, Colesterol total e frações, Triglicerídeos,
Uréia, Ácido úrico, potássio, hemograma, albumina, Proteínas totais e globulina) e de
urina (sódio urinário), avaliação da alimentação, do nível de dependência e da atividade
física. Foi garantido que receberei os resultados de todos os exames realizados durante a
70
pesquisa para acompanhamento e/ou tratamento, além de receber assistência médica e
nutricional prestada por um dos ambulatórios de Nutrição do anexo Profº Francisco
Magalhães Neto do HUPES. Foi dito também que a pesquisa não acarretará danos,
prejuízos, desconfortos ou lesões que possam por em risco a minha integridade física e
psíquica e que todas as informações sobre a minha pessoa serão mantidas em sigilo, e
não poderei ser identificado como participante da pesquisa. Também fiquei ciente de
que caso tenha alguma 158 reclamação a fazer deverei procurar a professora Lilian
Ramos Sampaio ou o Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Nutrição da UFBA
(Rua Araújo Pinho, 32, Canela CEP: 40.110-150 Salvador, Bahia, Brasil Tel: 71-3283-
7700/7704. Fax: 71-3283-7705) Assim, considero-me satisfeito(a) com as explicações
da pesquisadora e concordo em participar como voluntário(a) deste estudo.
COMO TENHO DIFICULDADE PARA LER (SIM........ NÃO ....... ), O ESCRITO
ACIMA. ATESTO TAMBÉM QUE O PESQUISADOR LEU PAUSADAMENTE
ESSE DOCUMENTO E ESCLARECEU AS MINHAS DÚVIDAS, E COMO TEM A
MINHA CONCORDÂNCIA PARA PARTICIPAR DO ESTUDO, COLOQUEI
ABAIXO A MINHA ASSINATURA ( OU IMPRESSÃO DIGITAL).
SALVADOR , DE DE 2012
PESQUISADO:
NOME.......................................................................................................
ASSINATURA:..........................................................................................
IMPRESSÃO DATILOSCÓPICA (Quando se aplicar)
TESTEMUNHAS:
1. NOME:.................................................................................................
ASSINATURA:.........................................................................................
2. NOME:.................................................................................................
ASSINATURA:.........................................................................................
...................................................................
ASSINATURA PESQUISADOR
71
APÊNDICE II - Questionário Padronizado
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA DE NUTRIÇÃO
CENTRO DE ESTUDO E INTERVENÇÃO NA ÁREA DO
ENVELHECIMENTO - CEIAE
PESQUISA: AVALIAÇAO MULTIDIMENSIONAL DOS IDOSOS
RESIDENTES EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA DE
SALVADOR-BA
COORDENAÇÃO: LÍLIAN BARBOSA RAMOS E ADRIANA LIMA MELLO
As informações contidas neste questionário permanecerão confidenciais.
IDENTIFICAÇÃO
Número do questionário: _______________
Nome do Entrevistado: ______________________________________________
Nome do Cuidador: _________________________________________________
Nome da Instituição: ________________________________________________
Bairro: ________________________Telefone: ___________________________
Nome do entrevistador: ______________________________________________
Data da entrevista: __________________________________________________
INFORMAÇÕES GERAIS
1. Sexo
Masculino (1) Feminino (2)
2. Raça/cor
Branca (1) Negra (2) Amarela (3) Indígena (4) Parda/mulata (5)
Outros (10) Qual?______________________
3. Quantos anos o(a) Sr(a) tem? (Idade em anos) ____________
4. Data de nascimento: _____/______/_______
5. Naturalidade:(cidade, estado)________________________
6. Qual a sua escolaridade máxima completa?
Não alfabetizado (1) Alfabetizado (2) Estudo doméstico (3)
Primeiro grau incompleto – primário (4) Primeiro grau completo – primário (5)
Primeiro grau incompleto – ginásio (6) Primeiro grau completo – ginásio (7)
72
Segundo grau incompleto (8) Segundo grau completo (9)
Superior incompleto (11) Superior completo (12)
Não sabe (77) Sem informação (99)
7. Qual o seu estado civil atual?
Solteiro (1) Casado/união estável (2) Viúvo (3) Desquitado/separado/divorciado (4)
Sem informação (99)
8. Qual é sua religião?
Católica (1) Protestante/evangélica (2) Espírita (3) Judaica (4)
Afro-brasileira (5) Não tem religião (6)
Outros (10) Qual? _________________
Não sabe (77) Sem informação (99)
9. É praticante da religião?
Sim (1) Não (2) Não se aplica (88)
10. Qual a atividade atual do(a) Sr(a)?
Trabalho doméstico (1) Trabalho eventual/biscate (2)
Trabalho voluntário/atividade associativa (3)
Trabalho remunerado com carteira profissional (4)
Trabalho remunerado sem carteira profissional (5) Empregador (6)
Autônomo (7) Desempregado (8) Em benefícios/LOAS (9) Aposentado (11)
Vive de renda ou pensão (12) Outros (10) Qual?____________________
Sem informação (99)
11. Se aposentado, qual foi o motivo da aposentadoria?
Tempo de serviço (1) Idade (2) Problema de saúde (3) Acidente (4)
Aposentadoria especial (5) Não está aposentado (6)
Outros (10) Qual?______________
Não sabe (77) Não se aplica (88) Sem informação (99)
INSTITUCIONALIZAÇÃO E RELAÇÕES FAMILIARES
12. Há quanto tempo (em meses) o(a) Sr(a) mora na instituição?
__________________ (SABER PELA INSTITUIÇÃO)
13. O(a) Sr.(a) recebe visitas?
Sim (1) Não (2) Não sabe (77) Sem informação (99)
14. Se sim, de quem?
Cônjuge/companheiro (1) Filho(a)/filhos(as) (2) Neto(a)/netos(as) (3)
Parentes (4) Amigos (5) Vizinhos (6) Outros (10) Qual?_________________
Não sabe (77) Não se aplica (88) Sem informação (99)
RECURSOS DE SAÚDE
15. Havendo a necessidade de serviços de saúde, que tipo de serviço procura em 1º
lugar:
73
Unidade básica do SUS (1) Hospital público (2) Hospital particular (3)
Hospital/convênio (4) Médico particular (5) Farmacêutico (6)
Balconista da farmácia (7) Auto-medicação (8)
Outros (10) Qual?____________________
Não sabe (77) Sem informação (99)
DADOS DE ESTILO DE VIDA
16. O(a) Sr(a) fuma?
Sim (1) Não (2)
17. Com que freqüência o(a) Sr(a)fuma?
Final de semana (1) Esporadicamente (2) Diariamente (3)
Outros (10) Qual? ________________Não se aplica (88) Sem informação (99)
18. Se não fuma, é ex-fumante?
Sim (1) Não (2)Não se aplica (88) Sem informação (99)
19. Se ex-fumante, por quanto tempo o(a) Sr(a)fumou?
Menos de 5 anos (1) 5-10 anos (2) 10-20 anos (3) 20-30 anos (4)
Mais de 30 anos (5) Não sabe (77) Não se aplica (88) Sem informação (99)
20. O(a) Sr(a) consome bebida alcoólica?
Sim (1) Não (2)
21. Com que frequência
Final de semana (1) Esporadicamente (2) Diariamente (3)
Outros (10) Qual? _________________Não se aplica (88) Sem informação (99)
22. Se não bebe, já bebeu anteriormente?
Sim (1) Não (2) Não se aplica (88) Sem informação (99)
23. A instituição oferece alguma atividade física?
Sim (1) Não (2) Não se aplica (88) Sem informação (99)
24. Se sim, qual? __________________________________
25. Com que frequência?
1 vez/semana (1) 2 vezes/semana (2) 3 vezes/semana (3)
4 vezes/semana (4) 5 vezes ou mais/semana (5)
Não sabe (77) Sem informação (99)
SAÚDE FÍSICA
26. Em geral, como o(a) Sr(a)acredita que está a sua saúde?
Ótima (1) Boa (2) Ruim (3) Péssima (4)
Não sabe (77) Sem informação (99)
27. Em comparação com os últimos cinco anos, como é a sua saúde hoje?
Melhor (1) Mesma coisa (2) Pior (3) Não sabe (77) Sem informação (99)
74
28. O(a) Sr(a)realizou alguma consulta médica no último ano?
Sim (1) Não (2) Não sabe (77) Sem informação (99)
29. O(a) Sr(a)ficou internado no último ano?
Sim, uma vez (1) Sim, duas vezes(2) Sim, três vezes (3)
Sim, mais de três vezes (4) Não (5)
Não sabe (77) Sem informação (99)
30. Se ficou internado, qual o motivo de internamento?
Doença (1) Acidente (2) Outros (10) Qual? ___________________
Não sabe (77) Não se aplica (88) Sem informação (99)
31. a) PARA MULHERES: Realizou consulta com ginecologista no último ano?
Sim (1) Não (2) Não sabe (77) Não se aplica (88) Sem informação (99)
b) PARA HOMENS: Realizou consulta com urologista no último ano?
Sim (1) Não (2) Não sabe (77) Não se aplica (88) Sem informação (99)
32. O (a) Sr(a) usa medicação diariamente?
Sim (1) Não (2) Sem informação (99)
33. Quantos remédios o (a) Sr(a) toma por dia?
Um (1) Dois (2) 3-5 (3) Mais de 5 (4)
Não sabe (77) Não se aplica (88) Sem informação (99)
34. Quais?(SABER DA INSTITUIÇÃO)
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Anti-hipertensivo (1) Hipoglicemiante (2) Hipolipemiante (3)
Anti-depressivo (4) Anti-coagulante (5) Anti-inflamatório (6)
Outros (10)
PROBLEMAS DE SAÚDE
(SABER DA INSTITUIÇÃO)
35. O(a) Sr(a) tem Hipertensão Arterial?
Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)
Não sabe (77) Sem informação (99)
36. O(a) Sr(a) teve AVC comseqüelas?
Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)
Não sabe (77) Sem informação (99)
37. O(a) Sr(a)teve AVCsemseqüelas?
Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)
Não sabe (77) Sem informação (99)
38. O(a) Sr(a) tem Angina (dor no peito)?
75
Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)
Não sabe (77) Sem informação (99)
39. O(a) Sr(a) teve Infarto do miocárdio?
Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)
Não sabe (77) Sem informação (99)
40. O(a) Sr(a) tem Arritmia?
Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)
Não sabe (77) Sem informação (99)
41. O(a) Sr(a) tem Insuficiência cardíaca?
Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)
Não sabe (77) Sem informação (99)
42. O(a) Sr(a) tem Diabetes Melitus?
Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)
Não sabe (77) Sem informação (99)
43. O(a) Sr(a) tem Dislipidemia (colesterol ou triglicérides elevado)?
Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)
Não sabe (77) Sem informação (99)
44. O(a) Sr(a) tem Osteoporose?
Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)
Não sabe (77) Sem informação (99)
45. O(a) Sr(a) tem Problema na coluna?
Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)
Não sabe (77) Sem informação (99)
46. O(a) Sr(a) tem algum problema nos joelhos?
Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)
Não sabe (77) Sem informação (99)
47. O(a) Sr(a) tem algum outro problema nas articulações? __________________
Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)
Não sabe (77) Sem informação (99)
48. O(a) Sr(a) tem ou teve Tuberculose?
Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)
Não sabe (77) Sem informação (99)
49. O(a) Sr(a) tem Gastrite ou úlcera?
Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)
Não sabe (77) Sem informação (99)
50. O(a) Sr(a) tem Obstipação (intestino lento)?
Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)
Não sabe (77) Sem informação (99)
76
51. O(a) Sr(a) tem Incontinência fecal?
Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)
Não sabe (77) Sem informação (99)
52. O(a) Sr(a) tem Incontinência Urinária?
Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)
Não sabe (77) Sem informação (99)
53. O(a) Sr(a) tem ou teve Câncer?
Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)
Não sabe (77) Sem informação (99)
54. O(a) Sr(a) tem ou teve outras doenças? _____________________
Sim, com tratamento (1) Sim, sem tratamento (2) Não (3)
Não sabe (77) Sem informação (99)
RISCO DE QUEDA
55. O(a) Sr(a) sofreu alguma queda (tombo) nos últimos 3 meses?
Sim (1) Não (2) Não sabe (77) Sem informação (99)
56. O(a) Sr(a) pôde se levantar sozinho do chão?
Sim (1) Não (2) Não sabe (77) Não se aplica (88) Sem informação (99)
57. Em que local o senhor caiu?
Na Instituição (1) Fora da Instituição (2) Onde? _______________________
Não se aplica (88) Sem informação (99)
58. Teve necessidade de ser hospitalizado depois dessa queda?
Sim (1) Não (2) Não sabe (77) Não se aplica (88) Sem informação (99)
59. Depois dessa queda o(a) Sr(a)deixou de realizar alguma atividade?
Sim (1) Não (2) Não sabe (77) Não se aplica (88) Sem informação (99)
CONSUMO ALIMENTAR
60. Como está o seu apetite atual?
Diminuído (1) Normal (2) Aumentado (3)
Não sabe (77) Sem informação (99)
61. Você tem alguma dificuldade para mastigar os alimentos?
Sim, qualquer alimento (1) Sim, alimentos mais firmes (2) Não (3)
Sem informação (99)
62. Você tem alguma dificuldade para engolir os alimentos?
Sim (1) Não (2)
63. Quais as refeições realizadas na Instituição?
Café da manhã (1) Lanche da manhã (2) Almoço (3) Lanche da tarde (4)
77
Jantar (5) Ceia (6) Não realiza refeições na instituição (7)
Sem informação (99)
64. Faz alguma refeição fora da Instituição, regularmente?
Sim, Café da manhã (1) Sim, Lanche da manhã (2) Sim, Almoço (3)
Sim, Lanche da tarde (4) Sim, Jantar (5) Sim, Ceia (6)
Não realiza refeições fora da instituição (7) Sem informação (99)
65. O(a) Sr(a)compra alimentos fora para consumo regular na Instituição?
Sim (1) Não (2) Sem informação (99)
66. Como você avalia o cardápio da Instituição em relação a:
a) Temperatura
Ótimo (1) Bom (2) Regular (3) Péssimo (4)
Não sabe (77) Sem informação (99)
b) Sabor
Ótimo (1) Bom (2) Regular (3) Péssimo (4)
Não sabe (77) Sem informação (99)
c) Aparência
Ótimo (1) Bom (2) Regular (3) Péssimo (4)
Não sabe (77) Sem informação (99)
d) Textura
Ótimo (1) Bom (2) Regular (3) Péssimo (4)
Não sabe (77) Sem informação (99)
e) Diversidade
Ótimo (1) Bom (2) Regular (3) Péssimo (4)
Não sabe (77) Sem informação (99)
67. O(a) Sr(a)utiliza adoçante?
Sim (1) Não (2)
68. Se sim, qual o tipo e quanto tempo começou a usar? ____________________
AVALIAÇÃO CLÍNICA
Morbidade diagnosticada:
68. HipertensãoSim (1) Não (2)
69. Diabetes Sim (1) Não (2)
70. HipercolesterolemiaSim (1) Não (2)
71. Dislipidemia mista Sim (1) Não (2)
72. Outros:_______________________________________________________
78
73. Apresentou Hipotensão postural?
Sim (1) Não(2) Sem informação (99)
EXAMES BIOQUÍMICOS
1. Glicose:
2. Colesterol total:
3. HDL:
4. LDL:
5. VLDL:
6. Triglicerídeos:
7. Sódio sérico:
7. Potássio:
8. Uréia:
9. Hemograma:
10. Proteínas totais:
11. Albumina:
12. TSH
13. TGO
14. TGP
ANTROPOMETRIA
1. Peso (Kg)
2. Altura(cm)
3. Cintura(cm)
4. Altura do Joelho(cm)
5. Diâmetro abdominal(cm)
PRIMEIRA MEDIDA DA PA Posição 1
PAS pas1 [_____]
PAD pad1 [_____]
SEGUNDA MEDIDA DA PA Posição 2
PAS pas1 [_____]
PAD pad1 [_____]
79
6. Circunferência da Panturrilha (cm)
7. PCT
8. PCSE
9. PCSI
10. PCB
11. Circunferência do Braço (cm)
74. Falta algum braço, mão, perna, pé (OBSERVAR)?
Sim (1) Não (2) Não sabe (77) Sem informação (99)
BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA
O idoso avaliado necessidade de encaminhamento para: _________________________
______________________________________________________________________
1. Gordura corporal total (%)
2. Massa corporal magra(kg)
3. Percentual de Hidratação
4. Resistência
5. Reactância
6. Ângulo de fase
80
ANEXOS
ANEXO 1 - Protocolo de Procedimento para Bioimpedância Elétrica (BIA)
Procedimento para paciente:
Utilizar roupas leves, de preferência roupas de ginástica;
Não comer ou beber a menos de 4 horas do teste;
Não fazer exercício/sauna a menos de 12 horas do teste;
Urinar a menos de 30 minutos do teste;
Não consumir álcool a menos de 48 horas do teste;
Não tomar medicamentos diuréticos a menos de 7 dias;
Mulheres com retenção de líquidos não devem realizar o teste.
81
ANEXO 2 - Escala de Barthel
ATIVIDADE PONTUAÇÃO
ALIMENTAÇÃO
0= incapacitado
5= precisa de ajuda para cortar, passar manteiga, etc, ou dieta
modificada
10= independente
BANHO
0= dependente
5= independente (ou no chuveiro)
ATIVIDADES ROTINEIRAS
0= precisa de ajuda com a higiene pessoal
5= indepentente rosto/cabelo/ dentes/ barbear
VESTIR-SE
0=dependente
5= precisa de ajuda, mas consegue fazer uma parte sozinho
10= independente (incluindo botões, zipers, laços, etc.)
INTESTINO
0= incontinente (necessita de enemas)
5= acidente ocasional
10= continente
SISTEMA UTINÁRIO
0= incontinente, ou cateterizado e incapaz de manejo
5= acidente ocasional
10= continente
USO DO TOILET
0= dependente
5= precisa de alguma ajuda parcial
10= independente (pentear-se, limpar-se)
TRANSFERÊNCIA (DA CAMA PARA A CADEIRA E
VICE VERSA)
0= incapacitado, sem equilíbrio para ficar sentado
5= muita ajuda (uma ou duas pessoas, física), pode sentar
10= pouca ajuda (verbal ou física)
15= independente
MOBILIDADE (EM SUPERFICIES PLANAS)
0= imóvel ou < 50 metros
5= cadeira de rodas independente, incluindo esquinas, > 50
metros
10=caminha com a ajuda de uma pessoa (verbal ou física) > 50
metros
15= independente (mas pode precisar de alguma ajuda; como
exemplo, bengala) > 50 metros
ESCADAS
0= incapacitado
5= precisa de ajuda (verbal, física ou ser carregado)
10= independente
82
ANEXO 3 - Formulário de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa