Post on 10-Jan-2017
ANÁLISE ERGONÔMICA DO
TRABALHO (AET) EM UMA INDÚSTRIA
MADEIREIRA
ELIAQUIM PEREIRA GUIMARAES NETO (UFV )
eliakimneto1@gmail.com
Jose Francisco Gontijo Junior (UFV )
josefrancisco44@yahoo.com.br
LUANA DE AVILA GONCALVES (UFV )
luana.a.g@hotmail.com
Igor dos Santos (UFV )
igor.igs@hotmail.com
As empresas madeireiras apresentam grande diversidade de processos
e produtos, ocasionando uma maior variabilidade nas condições de
trabalho, e consequentemente afetando a produtividade da empresa e
as condições de saúde e segurança do trabbalhador. Por este motivo,
este trabalho tem como objetivo utilizar a metodologia AET (Análise
Ergonômica do Trabalho) em uma madeireira situada no município de
Rio Paranaíba. A partir de observações do local de trabalho, coleta de
dados e entrevistas não-estruturadas com os trabalhadores, foi
possível detectar a necessidade de melhorias no ambiente de trabalho,
incluindo mudanças na forma de organização das ferramentas e
equipamentos. Além disso, verificou-se a necessidade da
conscientização dos trabalhadores quanto ao uso de EPI’s devido à
alta periculosidade do local de trabalho. As medidas propostas tiveram
como propósito melhorar as condições de trabalho e garantir a
segurança dos trabalhadores ao desempenhar suas tarefas.
Palavras-chave: Madeireira, Análise Ergonômica do Trabalho,
Condições de trabalho, Variabilidade.
XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil
João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016.
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1. Introdução
Uma empresa que deseja competir no mercado atual deve estar em melhoria continua em seus processos para
melhorar a qualidade do produto. Nesse contexto, o estudo ergonômico que trata da qualidade de vida dos
trabalhadores é essencial para que a empresa atinja seus objetivos de forma mais eficiente, independente da área
em que atua. Um setor que merece atenção é o da indústria madeireira.
A madeira é um material utilizado pelo homem desde os primórdios como matéria prima para sua defesa, caça,
em seus primeiros abrigos, construção de barcos, entre outros objetos e utilidades para sua sobrevivência. Com a
evolução das técnicas e processos, hoje a madeira é usada na construção civil, naval, fabricação de móveis,
produtos como portas, janelas, itens mobiliários entre outras peças produzidas em madeireiras.
Ao analisar o mercado mundial, as exportações de produtos florestais alcançam aproximadamente US$ 98
bilhões por ano, dos quais 15% provêm de países em desenvolvimento (FAO, 2004 apud NAHUZ, 2010). Já o
Brasil, possui a segunda maior cobertura florestal do mundo, além de “altas tecnologias avançadas” para
exploração e transformação industrial da madeira. Segundo dados de 2005-6 da Organização das Nações Unidas
para Agricultura e Alimentação (FAO), o Brasil possui uma posição de destaque no mercado mundial da
floresta, ocupando a 11ª posição entre os principais exportadores de produtos florestais (FAO, 2006, apud
LENTINI, s.d,).
Indústrias de transformação, como as madeireiras, ocupam uma posição de destaque nos dados do Ministério do
Trabalho pela frequência relativa e gravidade de seus acidentes (SOUZA; BLANK; CALVO, 2002). Em 2004
foram registrados uma média de 27,8 acidentes de trabalho para cada 1000 trabalhadores no estado de Minas
Gerais. No Brasil, a cada 1000 trabalhadores, 28,8 se acidentaram sendo que o setor madeireiro é responsável
por acidentes que provocam incapacidade permanente nos trabalhadores. Tendo em vista esses índices é
importante que uma Análise Ergonômica do Trabalho seja realizada, visando uma redução do número de
acidentes de trabalho e proporcionando maior segurança e qualidade de vida aos trabalhadores (SESI, 2011).
Levando em consideração os riscos existentes neste ambiente de trabalho, o presente estudo tem por objetivo
realizar uma Análise Ergonômica do Trabalho (AET) em uma madeireira no município de Rio Paranaíba - MG.
Ao analisar a atividade e o ambiente em que os trabalhadores estão expostos, pretende-se sugerir melhorias em
suas condições de trabalho proporcionando maior segurança e qualidade de vida aos trabalhadores, aliado com a
produtividade da empresa.
2. Referencial teórico
A Análise Ergonômica do Trabalho (AET) é uma forma de conhecer melhor o ambiente de trabalho para que
posteriormente se faça sugestões, alterações e recomendações no processo no intuito de dar condições adequadas
aos trabalhadores do ponto de vista do conforto e segurança (FERREIRA; RIGHI, 2009). Entender o trabalho
efetivamente realizado constitui na análise da atividade. Uma das contribuições importantes da análise da
atividade é entender as ações que estão inscritas em um contexto, tornando-se impossível compreendê-las fora
dele (WISNER, 1996).
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O ambiente de trabalho pode ser fonte de tensão, devido ao excesso de calor, ruídos, vibrações, o que aumenta
os riscos de acidentes e podem causar danos consideráveis à saúde dos trabalhadores (IIDA, 2007). Os
profissionais da ergonomia podem contribuir para o planejamento, projeto e a avaliação de tarefas, postos de
trabalho, produtos, ambientes e sistemas de modo a torná-los compatíveis com as necessidades, habilidades e
limitações das pessoas (ABERGO, 2008).
Sendo assim, é essencial analisar as atividades, ou seja, compreender as ações do trabalhador para atingir os
objetivos definidos na tarefa ou redefinidos de acordo com o real (ABRAHÃO, et al, 2009). A análise da
atividade questiona os métodos habitualmente utilizados para definir os meios de produção, métodos que muitas
vezes subestimam as variações do trabalho, constrangimentos ligados às condições de trabalho e as
especificidades dos operadores. Essa prática faz com que os trabalhadores não se sintam mais culpados em
relação a seus “erros” e aos danos à sua saúde e eles mesmos propõem transformações de sua situação de
trabalho, podendo justificar suas propostas (GUÉRIN, et al, 2001).
As organizações que empregam técnicas ergonômicas obtêm excelentes resultados em seus processos
produtivos e conquistam um bom clima organizacional. A adaptação do trabalho ao homem acaba diminuindo
muitos dos processos degenerativos de práticas inadequadas ao trabalho humano e consequentemente as doenças
ocupacionais, afastamento do trabalho e custos com contratação de substitutos (PRATES, 2007).
3. Metodologia
Para a realização da Análise Ergonômica do Trabalho (AET) na madeireira utilizou-se como base etapas
propostas por Abrahão et al. (2009) que foram adaptadas de acordo com o processo. Levando em conta tais
aspectos, pode-se dizer que o trabalho foi realizado nas seguintes fases:
A) Levantamento de demandas ergonômicas: foram realizadas 7 visitas em períodos aleatórios (manhã,
tarde e no final do expediente) às instalações da empresa para conhecer a estrutura física do local, seus
principais processos e ter contato com os funcionários para saber mais sobre a política e o funcionamento da
organização. Para isso, contatou-se a auxiliar administrativa, responsável pela empresa na ausência do
proprietário, que autorizou a realização do trabalho no local.
B) Informações sobre a empresa e levantamento das características da população: nesta fase, foram
coletados dados da empresa por meio de filmagem, fotos e documentos que a empresa disponibilizou
relacionado às informações gerais e características da organização.
C) Escolha das situações de análise: nessa etapa foram definidas as situações de trabalho mais
significativas à saúde dos trabalhadores que seriam analisadas, como o ruído e a poeira. Segundo Chiavenato
(2000), o conforto do operário e a melhoria do ambiente físico (iluminação, ventilação, ruídos, aspectos
visuais das empresas) passam a ser valorizados porque são essenciais para melhoria e eficiência do trabalho.
D) Elaboração de um pré-diagnóstico: nesta etapa foram formuladas hipóteses para os problemas
encontrados em relação à matéria-prima, organização, método e ambiente da empresa.
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E) Recomendações e transformação: por fim, realizou-se a proposição de melhorias, as quais foram
disponibilizadas à empresa por meio de toda a pesquisa realizada durante o estudo para que assim a
organização tivesse a opção de implementar as sugestões.
4. Resultados e discussões
4.1 Caracterizações da empresa
A empresa analisada se encontra no município de Rio Paranaíba e possui mais de 30 anos de atuação no ramo de
comércio varejista de madeiras e artefatos. Detêm o direito de uso e exploração dos recursos naturais, transporte
florestal, comércio e manuseio de peças de madeira. Possui um portfólio de produtos bastante vasto, trabalhando
com produtos de mostruário a pronta entrega, além de pedidos sob encomenda. Além disso, atende parte
significativa do mercado do Alto Paranaíba, fornecendo seus produtos e serviços as cidades de Rio Paranaíba e
região.
Portfólio de produtos: Peças para telhado (vigas), tábuas para obras, portal, porta, “alisar”, ferragem para
portas, estacas de eucalipto, porteiras, arames para cerca, “esquadrinhas”, bancos, janelas, mesas, balcão, postes,
entre outros.
No ano de 2008, com a vinda do campus da Universidade Federal de Viçosa para Rio Paranaíba, o ritmo das
construções em toda a cidade cresceu, proporcionando um aumento significativo na demanda dos produtos da
madeireira. Além disso, devido a incentivos do governo federal nos últimos anos, o número de construções
cresceu consideravelmente, influenciando assim no aumento da demanda da madeireira e consequentemente no
seu faturamento que cresceu cerca de 48% entre os anos 2013 e 2014.
A maior parte da matéria-prima da madeireira é encomendada, por telefone ou e-mail, de reservas florestais nos
estados do Amazonas e Rondônia, no norte do país. A encomenda de matéria-prima é realizada periodicamente,
sendo que o nível de estoque varia conforme a demanda atual da madeireira. Na época das chuvas, período que
compreende a segunda quinzena de setembro e a primeira quinzena de maio, o preço da madeira aumenta
consideravelmente, fazendo com que a madeireira utilize de uma política de estoques mais elevados a fim de
garantir o abastecimento do processo produtivo, que utiliza cerca de 1400 m3 de madeira serrada anualmente, e
uma economia bastante razoável na compra de matéria-prima.
A madeireira não trabalha com estoque de produtos acabados, sendo que os produtos finalizados pelo setor da
produção são entregues imediatamente ao cliente. Entretanto, possui cinco locais diferentes para armazenar sua
matéria-prima, sendo: dois estoques dentro do galpão principal, um local para o armazenamento de estacas para
cercas e postes, um para armazenamento de madeira e estacionamento dos caminhões e outro onde fica
armazenado grande parte das peças de madeira que serão utilizadas no processo de produção. Além disso, a
empresa dispõe de um escritório onde são comandadas as atividades administrativas, almoxarifado e cozinha. O
galpão principal é o local onde os funcionários da produção dispõem de maquinário e equipamentos para
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produzir os produtos vendidos sob encomenda. Para o transporte dos produtos acabados, a empresa dispõe de 3
caminhões próprios para realizar todo os serviços dentro da cidade e na região.
4.2 Características da população
A empresa conta com um contingente fixo de 18 funcionários, sendo 3 do sexo feminino e 15 do sexo
masculino. Em períodos de alta demanda, são contratados alguns trabalhadores horistas a fim de auxiliar os
demais funcionários a atender o aumento no número de pedidos. A relação detalhada dos trabalhadores por
função pode ser vista na tabela 1.
Em relação a idade dos trabalhadores constata-se que 89\% dos mesmos tem entre 18 e 45 anos e que 11%
possui mais de 45 anos.
Tabela 1 - Relação de funcionários da madeireira
Função Quantidade de Trabalhadores
Auxiliar Administrativo 1
Auxiliar Contábil 1
Vendedor 1
Auxiliar de Escritório 1
Ajudante de carpinteiro 1
Auxiliar de Marceneiro 6
Marceneiro 4
Motorista 2
Auxiliar de Limpeza 1
Total 18
4.3 Análise da tarefa
Segundo Guérin (2001) a tarefa é o conjunto de objetivos dados aos operadores, e a um conjunto de prescrições
definidas externamente para atingir esses objetivos particulares. Assim, pode-se dizer que a tarefa é o que o
trabalhador deve fazer de acordo com normas e padrões estabelecidos, garantindo a qualidade do produto ou
serviço. Na madeireira em análise, os trabalhadores possuem determinadas atribuições preestabelecidas de
acordo com a função a qual o mesmo foi contratado (ver Tabela 2).
Tabela 2 - Relação da função e atribuições dos trabalhadores da madeireira
Função Atribuições
Auxiliar Administrativo
Auxiliar de escritório
- Serviços de apoio nas áreas de RH, administração, finanças e logística;
- Preparação de relatórios e planilhas / serviços gerais de escritório.
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Auxiliar Contábil
- Organiza documentos e faz classificação contábil;
- Gera lançamentos contábeis;
- Entrega de produtos
Auxiliar de Marceneiro
Marceneiro
- Preparação o local de trabalho;
- Confecção e restauração de produtos de madeira e derivados;
- Entrega de produtos confeccionados sob medida ou restaurados.
Ajudante de carpinteiro - Planeja trabalhos de carpintaria;
- Monta portas e “esquadrias”.
Vendedor - Executa a venda de produtos da empresa.
Motorista - Dirigi e manobra veículos e transporta cargas e valores.
Auxiliar de Limpeza - Realiza a limpeza do escritório
Para analisar a tarefa e compreender o trabalhador dentro do contexto de trabalho é necessário verificar as
principais condições organizacionais do trabalho. A Tabela 3 mostra um resumo das mesmas.
Tabela 3 - Resumo da Análise Organizacional do Trabalho
Análise da Organização do Trabalho
Sistema de Produção
A madeireira trabalha com a produção just-in-time,
produzindo de acordo com a demanda. Além disso, oferece
produtos a pronta entrega, comprados de fornecedores.
Jornada de Trabalho 07:00 - 11:00 e 12:00 - 17:00
Horas extras Equipes de 3 trabalhadores, fazem o revezamento, para
atender, caso haja, pedidos depois do expediente.
Absenteísmo Baixo
Rotatividade de trabalhadores Não há rotatividade de trabalhadores
Pausas 15:00 – 15:15 (café)
Assim que o pedido é recebido pelo vendedor, o auxiliar administrativo determina qual marceneiro trabalhará
naquele produto, levando em consideração a disponibilidade e a experiência do mesmo na execução daquele tipo
de projeto. Com a ajuda do auxiliar de marceneiro as peças de madeira são separadas e posteriormente
manuseadas até a produção do produto final.
Em relação ao ritmo de trabalho, os mesmos não possuem data de termino pré-determinada para a realização de
suas tarefas. Ao receber o pedido, garante-se um período de tempo suficiente para que o produto seja produzido
e entregue, sem forçar os trabalhadores a cumprir metas de produção diária elevadas. Ao fim de determinado
projeto, o marceneiro responsável encaminha o pedido para ser emitido a nota fiscal e posteriormente realizar a
entrega. Um novo projeto é atribuído ao marceneiro, podendo ser o mesmo tipo de produto ou não. Um
fluxograma (Figura 1) das tarefas chaves para o funcionamento da madeireira é apresentado a seguir.
Ao longo do desenvolvimento das tarefas, todos os trabalhadores compartilham o mesmo local de trabalho, o
maquinário e as ferramentas, que movimentam as peças de madeira ao longo das máquinas e bancadas de acordo
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com a necessidade específica de cada do produto. As especificações dos produtos e o controle de qualidade dos
mesmos são determinadas pelos próprios marceneiros, não existindo nenhum trabalhador especifico para tal fim.
Figura 1 - Fluxograma tarefas processo produtivo
4.4 Análise da atividade
De acordo com Abrahão et al. (2009) a atividade é o fio condutor da análise ergonômica do trabalho, pois
permite ao ergonomista compreender a inter-relação entre as características da população (variabilidade intra e
interindividual) com aquelas oriundas do contexto do trabalho (organização, tecnologia, gerenciamento, dentre
outros).
Nessa etapa da AET uma análise do comportamento e ações do homem no trabalho foi desenvolvida, ou seja,
uma busca de como efetivamente o trabalhador executa as tarefas que lhe foram delegadas. No caso analisado,
devido à alta diversidade de produtos, decidiu-se pela análise do processo produtivo de janelas, sendo a sua
complexidade, importância e frequência produtiva bastante relevantes à empresa em questão. O ambiente de
trabalho e a execução de certas atividades pelos trabalhadores podem ser vistos na Figura 2.
Figura 2 - Local de trabalho: (a) Ambiente (b) Execução das atividades
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(a) (b)
A atividade dos trabalhadores pode ser definida pela composição de diversas etapas, sendo que estas se iniciam
com o recebimento da matéria prima e o seu armazenamento no local específico. A matéria prima chega na
empresa com o caminhão da empresa fornecedora e a sua armazenagem é feita em quatro locais diferentes (três
lotes específicos para armazenagem e galpão de produção) dependendo das dimensões, peso, tipo da madeira,
seu fim e a urgência da mesma em produções futuras. Seguindo esses critérios, as peças recebidas são
levantadas, transportadas e depositadas no local de estocagem pelos auxiliares de marceneiro.
Toda a movimentação da madeira no processo produtivo é feita de maneira manual, de modo que os
marceneiros e seus auxiliares coletam as peças se agachando, e dependendo do peso da mesma, as transportam
sobre os ombros ou na altura da cintura. Esta coleta e transporte são geralmente feitas por dois ou três
funcionários em conjunto, afim de evitar sobrecarga. Finalmente, os funcionários se agacham e a jogam ao chão
próxima a certo maquinário, a peça carregada.
O processo produtivo de janelas se inicia com o pedido feito pelo consumidor. Este pedido é repassado a um
marceneiro específico com o tipo de madeira a ser utilizada, as dimensões e demais exigências. A atribuição de
um novo serviço é feita assim que o trabalhador finaliza o processo de um produto anterior.
O marceneiro responsável pelo pedido solicita a madeira necessária para a confecção da janela. Os auxiliares de
marceneiros recebem a ordem do marceneiro e se deslocam ao local de armazenagem, retirando de maneira
manual as peças necessárias das pilhas de material existentes no estoque. Os trabalhadores transportam as peças
também de maneira manual, geralmente feita sobre os ombros, as sustentando por aproximadamente 100 metros,
do depósito ao galpão. Após o recebimento, o marceneiro dá instruções para que os primeiros cortes
longitudinais e transversais sejam feitos com a utilização das máquinas de serra circular e aparadeira,
respectivamente. Utilizando a serra circular (máquina 11 ou 9), o operador apoia a madeira sobre a bancada, com
cerca de um metro, e, segurando na parte posterior da peça, a empurra contra uma serra fixa, sendo que o esforço
é proporcional ao tamanho e a densidade da madeira. Utilizando a aparadeira, o operador deixa a peça sobre a
bancada de cerca de 1 metro e 10 centímetros de altura e, com uma das mãos a pressiona, deixando-a fixa,
enquanto a outra manuseia a serra, fazendo o corte.
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Com o fim dos cortes o marceneiro assume o processo, levando a peça para desengrosso, onde a mesma é
galgada em uma “desengrossadeira” (máquina 10). Em seguida a madeira é alinhada em uma plaina (máquina 2
ou 4). Está etapa é extremamente importante para que o produto final, janela, não fique empenada e para permitir
que os encaixes das peças aconteçam de forma adequada. O marceneiro realiza esta tarefa pressionando a peça
ao mesmo tempo que a mesma desliza sobre a máquina, que possui uma fenda contendo um cilindro metálico
com lâminas, que, ao girar, removem as partes fora de prumo. Em seguida, a madeira é transportada até a
bancada (número 5) disponível mais próxima, onde o operador faz um ajuste dimensional e marcação de
medidas na peça, com auxílio de um lápis.
Na etapa subsequente a peça é subdividida: onde parte é direcionada para a furadeira horizontal (máquina 8) e a
outra para a plaina (máquina 4 ou 2). O processo de furagem pode ser acompanhado na Figura 3(a). Tal etapa
demanda grande habilidade do operador, pois um pequeno erro pode gerar retrabalho. Posteriormente, as peças
que foram furadas recebem “concavilha”, são desbastadas com a grosa (Figura 3(b)), encaixadas e coladas nas
peças que foram “espigadas” na plaina, sendo este processo realizado em cima da bancada (número 5) disponível
mais próxima ao operador.
Figura 3 - (a) Processo de furagem das peças (b) Peças sendo desbastadas com grosa
(a) (b)
Por fim, o marceneiro transporta a peça montada para a lixadeira, onde a peça receberá um acabamento final e
em seguida o produto final, a janela, é transportada para o estoque de produtos acabados (número 17). Este
último, executado pelos auxiliares de marceneiro. As atividades necessárias para o processo produtivo são
mostradas no fluxograma (Figura 4) a seguir.
Figura 4 – Sequência de atividades realizadas na
empresa.
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O layout do ambiente de trabalho contendo o fluxo percorrido pelo marceneiro para produzir janelas pode ser
visto na Figura 5, juntamente com sua legenda (Tabela 4).
Tabela 4 – Maquinário presente no ambiente produtivo
N° Referência N° Referência
1 Serra 8 Furadeira horizontal
2 e 4 Plaina horizontal 10 “Desengrosso”
3 e 6 Tupia 9 e 11 Serra circular
5 Balcão 12 Torno
7 e 15 Lixadeira de cinta 13 “Esquadrageiro”
Figura 5 – Layout do ambiente de trabalho
4.5 Pré-diagnóstico e demanda emergente
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Segundo Marconi e Lakatos (2003) a observação é uma forma de coletar dados para conseguir informações, não
apenas vendo e ouvindo, mas também examinando fatos ou fenômenos que se desejam estudar. Sendo assim, por
meio de observações sistemáticas, verificou-se que a demanda emergente são as condições inadequadas do
ambiente de trabalho pertencentes à área da produção, ao método adotado pela empresa, organização dos
materiais e questões relacionadas à matéria-prima. Porém, optou-se por abordar problemas voltados para a
melhoria dos processos que não envolvam soluções técnicas ligadas aos produtos.
Em relação à organização das matérias-primas, foi observado que madeiras grandes e pesadas ficam expostas
em pilhas altas (Figura 6), com cerca de 6 metros de altura, não adotando nenhum critério de organização ou
agrupamento. Os trabalhadores retiram peças de madeira das pilhas de forma manual, subindo em pilhas
menores ao lado, e realizando movimentação desnecessária e perigosa. Dessa forma, os operadores estão
expostos a um alto risco de acidentes devido ao levantamento de peças excessivamente pesadas e a possibilidade
de ocorrência de desmoronamento das pilhas.
Figura 6 – (a) e (b) Pilhas de madeira no galpão de produção
(a) (b)
A falta de organização na empresa mostrou que existem perdas identificadas por movimentação. Em relação aos
materiais, não existe um espaço definido e identificado para guardar as ferramentas fazendo com que os
operadores utilizem parte do tempo útil à procura das ferramentas necessárias à fabricação. Além disso, foi
observado durante as visitas na marcenaria, a necessidade constante de comunicação entre os marceneiros e o
setor administrativo.
Outro ponto identificado como crítico, foi a negligência da maioria dos trabalhadores quanto à utilização dos
Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), sujeitando os mesmos a doenças ocupacionais e acidentes de
trabalho. Este fato se torna ainda mais preocupante, devido à constatação de condições insalubres no local de
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trabalho, como acúmulo de poeira e um alto nível de ruído no galpão oriundos do maquinário, conforme dados
do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) da empresa, ver Tabela 5.
Tabela 5 - Análise dos níveis de ruídos contínuos ou intermitente
Local / Máquinas Leitura Instantânea dB (A)
Serra circular 94,5
Desengrosso 93,9
Tupia 93,6
Plaina 94,8
Lixadeira bancada 94,2
Lixadeira manual 92,9
Makita 84,6
De acordo com a norma regulamentadora NR15 os níveis de ruídos contínuos ou intermitente indicados na
Tabela 5 são, em média, considerados perigosos para uma exposição acima de 2 horas de trabalho
aproximadamente (NR15).
Ainda em relação ao ambiente, foi visto que durante a utilização de certas máquinas como a de desengrosso e a
cerra circular, por exemplo, uma grande quantidade de serragem se espalhava pelo ar e pelo chão próximo a
máquina e que essa sujeira era recolhida cerca de uma vez na semana ou quando estava muito acumulada. Isso
causa desconforto para todas as pessoas que passam ou ficam no local devido a grande poeira gerada e dificulta a
locomoção naquele espaço.
5. Recomendações
5.1 Programa 5S
A falta de organização na empresa (homens, máquinas, ferramentas e informações) foi identificado como um
problema chave e que se solucionado propiciará diversos benefícios à empresa. Deste modo, sugere-se a adoção
do Programa 5S, que segundo Michalska e Szewieczek (2007) é uma metodologia que visa criar e manter um
ambiente de trabalho limpo, organizado, altamente efetivo e de alta qualidade. Seus resultados são um ambiente
de trabalho efetivo e reduzido, eliminação de perdas conectadas com o ambiente, melhoria na qualidade dos
produtos e ambiente mais seguro, de forma a proporcionar o trabalho em equipe, elevar a satisfação das pessoas
em relação a seu trabalho e incentivar a melhoria contínua em nível pessoal e organizacional. É apresentado na
Tabela 6 algumas propostas de melhorias dentro de cada senso, identificando-se também os pontos mais
relevantes para a empresa durante a implantação do programa.
Tabela 6 – Programa 5S para o ambiente de trabalho
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Senso Condições atuais Melhorias Propostas Objetivo
Utilização (seiri) Excesso de ferramentas
e máquinas
Descartar e eliminar objetos e
informações desnecessárias a
execução das atividades.
Diminuir o esforço e
o tempo despendidos
na busca por
materiais.
Ordenação (seiton)
Recursos mal
organizados e
diferentes matérias
primas misturadas. Há
dificuldade por parte
dos colaboradores em
encontrar matérias e
ferramentas.
Analisar onde e como guardar as
matérias, ferramentas e matéria
prima. Definir critérios para organizá-
las. Definir lugar e modo adequados
de guardá-las. Padronizar os nomes
dos objetos. Criar um sistema de
identificação visual. Manter tudo em
seus lugares após o uso.
Facilitar a
identificação dos
materiais e matéria
prima – o quê e onde
está disposto.
Favorecer o fluxo de
informações e
trabalho e
racionalizar a
execução das tarefas.
Limpeza (seiso)
Limpeza do ambiente
feita apenas uma vez
por semana. Clientes
tem contato com o
ambiente sujo.
Limpar a área de trabalho e também
investigar as rotinas que geram
sujeira, tentando modificá-las. Utilizar um
anteparo coletor de resíduos (figura 5). Todos
os agentes que agridem o meio-ambiente
podem ser englobados como sujeira
(ruídos, poeira, etc)
Facilitar a percepção
dos focos de sujeira,
eliminando-os.
Garantir um ambiente
agradável, saudável e
menos propenso a
acidentes.
Saúde (seiketsu)
Existem riscos
inerentes ao processo.
Negligência quanto ao
uso completo dos EPIs
e calçados fechados.
Praticar sempre os 3S anteriores.
Melhorar as condições ambientais de
trabalho. Promover o respeito mútuo
e cuidar da saúde e higiene pessoal,
garantindo a utilização completa dos
EPIs. Criar um ambiente de trabalho
harmonioso.
Manter um ambiente
favorável para a
saúde física e mental
dos trabalhadores.
Garantir a segurança
de todos.
Disciplina (shitsuke)
Os funcionários não
possuem conhecimento
sobre a metodologia
5S.
Melhorar constantemente.
Desenvolver a força de vontade, a
criatividade e o senso crítico. Criar
mecanismos de avaliação, motivação
e treinamento. Respeitar e cumprir o
estabelecido.
Implementar na
empresa a filosofia
dos sensos, fazendo
com que as pessoas
busquem a melhoria
contínua.
Em relação à limpeza e Higiene do ambiente sugere-se um anteparo (Figura 7) que armazene os resíduos gerados
pelas máquinas e que sejam recolhidos todos os dias no final do expediente, mantendo assim o ambiente em
perfeitas condições de limpeza.
Sugere-se também a criação de uma equipe de higienização na madeireira, que seja responsável pela limpeza e
organização do galpão, máquinas e ferramentas. Esta equipe poderia ser criada por 2 funcionários e os mesmos
revezariam com o restante em formato de rodízio. Desta forma seria possível a manutenção de um ambiente
limpo e agradável, e um melhor trânsito de pessoas e materiais no interior da madeireira.
Figura 7 - Anteparo Coletor de Resíduos. Adaptado de Santos et al. (2014)
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Fonte: Santos (2011)
5.2 Modificação na organização do estoque de matéria-prima
Em relação à organização da matéria prima, os tipos de madeiras estão separados em três galpões diferentes,
porém todas empilhadas de forma desorganizada. Visando uma melhor organização da matéria-prima, propõe-se
a utilização de estruturas metálicas ou de madeira, conforme a figura 8.
Figura 8 – (a) e (b) Modelo de estrutura para organização do estoque de matéria-prima
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(a) (b)
O uso desta estrutura facilitaria na organização das peças por tamanho/tipo e na identificação das mesmas
durante a separação para o uso no processo produtivo. Além disso, os riscos de acidentes por desmoronamento
das pilhas e o esforço no levantamento das peças de madeira seriam reduzidos.
5.3 Propostas para o ambiente físico
É inevitável a geração de poeira e ruídos proveniente das máquinas na área de produção da madeireira. Porém
suas consequências em relação à saúde dos funcionários podem ser minimizadas com o uso de Equipamentos de
Proteção Individual (EPI). O uso de equipamentos de proteção é importante para proteger o trabalhador dos
possíveis riscos que ameaçam sua segurança e sua saúde no trabalho, podendo evitar ou atenuar a gravidade de
possíveis lesões caso ocorra um acidente (INBEP, 2015).
Em relação à utilização consciente dos EPI’s por parte dos funcionários, a empresa pode promover auditorias e
palestras de conscientização, mostrando os efeitos do ambiente insalubre para a saúde do trabalhador, além de
um constante monitoramento e advertências em caso de negligência.
6. Considerações finais
A partir da Análise Ergonômica do Trabalho (AET) da madeireira foi possível identificar os principais fatores
que tem afetado a produtividade da empresa e exposto os trabalhadores a situações de ameaça à saúde e a
segurança. Verificou-se que os funcionários do setor da produção desconhecem os riscos associados a
desorganização do ambiente de trabalho, sendo que a aplicação de medidas simples pode influenciar bastante no
desenvolvimento das tarefas pelos mesmos e reduzir consideravelmente estes riscos.
Apesar da empresa nunca ter sido acometida por situações graves, como acidentes, surge por parte da direção da
empresa o interesse na análise ergonômica realizada neste trabalho e nas principais medidas propostas, a fim de
melhorar as condições de trabalho dos funcionários. A mesma reconhece que o investimento em ergonomia traz
benefícios não só para os trabalhadores como para a empresa, em função de gastos com funcionários afastados,
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falta de treinamento, clima motivacional insatisfatório, condições insalubres de trabalho, entre outros, que podem
acarretar em custos inesperados e afetar o desempenho dos trabalhadores.
Por fim, as propostas apresentadas neste trabalho podem proporcionar a empresa melhorias em relação as
condições de trabalho dos funcionários e diminuir desperdícios de tempo e movimento. Estas medidas não
demandam grandes investimentos financeiros e podem trazer um retorno considerável em produtividade e
segurança. Entretanto, deve-se ressaltar que os reais impactos destas melhorias só poderão ser mensurados após
sua implementação e acompanhamento constante das mesmas.
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