Post on 12-Dec-2015
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ALIMENTAÇÃO DE CAVALOS ATLETAS
Prof. Dr. ALEXANDRE AUGUSTO de OLIVEIRA GOBESSO Departamento de Nutrição e Produção Animal
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia/USP Campus de Pirassununga/SP
gobesso.fmvz@usp.br
Características Anatômicas
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Mastigação
Salivação
Esvaziamento gástrico
Motilidade intestinal
Colônia de microorganismos
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Minerais
Necessidades diárias e individuais Fontes Orgânicas Relação ingestão/Absorção Suplementos – Ingestão Forçada
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Funções da Energia
Controle da temperatura corpórea
Metabolismo basal • ED (Mcal/kg) = 1,4 + 0,03 x Peso corporal (kg)
Contração muscular • ATP e Fosfato de Creatinina 6 a 8 seg. • 160 Km / 4.000 lts H20 / 100oC
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Mobilização da Energia
Formulação e Fornecimento da Dieta
Distribuição do tipo das fibras musculares
Programa de treinamento
Intensidade e duração do exercício » Aerobiose
» Anaerobiose
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Tentativa Inadequada
Dieta Balanceada
0
10
20
30
40
50
60
E Pt Ca P Zn Cu
Nutrientes
Qua
ntid
ades
Excesso de Energia
01020304050607080
E Pt Ca P Zn Cu
NutrienteQ
uant
idad
e
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Impactos na Formulação das Dietas
Sistemas de fornecimento: – volumoso X concentrado – Ingredientes alternativos
Forma física do concentrado: – farelado – Peletizado – Multiparticulado – Extrusado
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Relação Concentrado X Volumoso
Segundo NRC (2007) – 1,5 a 3,0 % do PV Concentrado X Volumoso – Dependente da qualidade do volumoso
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Processamento
Trituração Processo mecânico
Laminação Processo mecânico ou térmico e mecânico
Floculação Processo mecânico, térmico e umidade
Extrusão Processo mecânico, térmico e umidade
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Efeito do processamento sobre a digestibilidade pré-cecal de amido (%)
Tratamento Média +/- ES (%) AVEIA MILHO CEVADA
Inteiro 83.5+/-9.5 28.93+/- 25.03 -
Moído - 45.6+/- 10.6 -
Partido - 29.9+/- 19.8 -
Laminado 85.2+/-19.8 40.0+/- 20.0 21.4+/-11.6
Extrusado - 90.1+/- 4.9 -
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Fontes de Energia Dietética
Amido (carboidratos solúveis) Fibras (carboidratos estruturais)
Gordura Proteínas
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Carboidratos Solúveis
Amido – Reserva energética das plantas Estrutura molecular
• - Glicose - Ligações alfa
Digerido intestino delgado
Digestibilidade > 90%
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Carboidratos Solúveis
Excelente fonte de energia - 4 Mcal/kg Origem e processamento são importantes para a digestibilidade ( 90%) Incremento de glicose no sangue podendo alterar comportamento e performance - insulina
Fluxo rápido e intermitente
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Carboidratos Estruturais
Estrutura molecular • - glicose (xilose) - Ligações beta
Intestino Grosso e apêndices (ceco) • AGV (Ácidos graxos voláteis) • Acético, butírico e propiônico • Mantidas as condições ideais de substratos
Digestibilidade 40-65%
Digestibilidade depende da maturidade, variedade, tamanho da partícula e altura de corte (35 - 65 %)
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Carboidratos Estruturais
Indispensáveis para o próprio funcionamento do trato digestivo (peristaltismo / mecânica) Balanço entre saúde e performance Boa fonte de energia para trabalho aeróbico Essenciais para cavalos enduro (hidratação /eletrólitos) Superfibras
– Hemicelulose – casca de soja
– Pectina – Polpa de Beterraba/Polpa Cítrica/Farelo de Lúpulo
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GORDURA
Maior fonte energética dietética • 9 MCal/kg (2.25 X + amido) • Ideal para enduro e média duração/intensidade • Proporciona redução consumo
mais eficiente – baixa produção de calor
Comportamento - efeito calmante insulina Utilizado com presença de oxigênio
• Ajuda a manter ph muscular e reduz as miosítes
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Efeito sobre esvaziamento gástrico Fonte é importante: – Óleo de pescado, gordura animal – Óleo vegetal
» Soja, milho, canola, girassol, linhaça » Arroz – gama-orizanol – farelo
Fonte de ácidos graxos essenciais – Ácido linolêico - pele e pêlos saudáveis
– Ômega 3 - imuno resposta
– Ômega 6 - ↑ resposta inflamatória
Recomendação – 5 a 10% MS – Top dress – Relação Energia/Proteín – Observar conteúdo dos concentrados comerciais – tendência
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GLICOGÊNIO
Reserva de energia • Muscular 15 Mcal
• Hepático 0,6 MCal
Utilização prioritária em aerobiose
Quantidade fixa em relação ao peso muscular
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Gordura Corpórea
Cavalos mantidos com uma condição de gordura corporal moderada a moderadamente alta, apresentam desempenho atlético máximo Requisição de maior duração 366 MCal de Energia
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Proteína Corpórea
Importante metabolismo energético – enzimas Relação energia/proteína – 40 a 50 g PB/MCal E Qualidade em aminoácidos Desenvolvimento de massa muscular – início treinamento Mobilizada em casos de anaerobiose e jejum prolongado
Proteínas musculares 180 Mcal
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Tipos de Fibras Musculares
Tipo I • Aeróbica, utiliza principalmente gordura, contração lenta • Alta capacidade de utilização de O2 - mitocôndrias • Pequenas, com rápido esgotamento de glicogênio • Alto teor de armazenamento de lipídeos e alta capilaridade
Tipo IIA • Aeróbica, utiliza glicogênio e gordura, contração rápida • Média capacidade de utilização de O2 • Médias, com esgotamento intermediário de glicogênio • Médio teor de armazenamento de lipídeos
Tipo IIB • Glicólise anaeróbica, contração rápida, acumula ácido lático • Baixa capacidade de utilização de O2 - miofibrilas • Longas, mais força e lenta mobilização de glicogênio • Não armazena lipídeos
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Distribuição do tipo das fibras musculares nas principais raças (% do total).
I IIA IIB IIA + IIB
Quarto de Milha
9 51 40 91
PSI 10 59 27 86
Árabe 14 48 38 86
Trotador 21 52 31 84
Crioulo 14 32 55 87
Humano 63 34 4 38
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Programa de Treinamento
Sensibilidade do Treinador – Respeito a evolução individual
Precocidade de resultados
Uso de técnicas inadequadas – Modelos usados em outros países
Over Training
Distúrbio neuroendócrino (hipotálamo-hipofisário)
7% a 20% dos atletas por temporada
• Muito motivados • Alto Rendimento • Retorno precoce ao treinamento – recuperação • Orientação técnica não qualificada
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Aerobiose – Longa Duração
Atividade de resistência • 2 h ou mais de esforço de baixa intensidade • Produção de energia aeróbica
Reserva Muscular de Glicogênio e Gordura Substrato de Lenta Metabolização Equivalente em Humanos a Maratona
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Atividade de Média Distância
Metabolismo Aeróbico e Anaeróbico • 800 a 3200 metros • vários minutos • Média de 75 a 95% de esforço com máxima intensidade
Substrato de Média e Lenta Metabolização Reserva Muscular de Glicogênio Equivalente em Humanos a Corridas de 200 a 800 metros
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Corridas de Velocidade
Produção de Energia via Anaeróbica • 400 metros ou menos • 1 minuto ou menos • intensidade de esforço máximo em quase 100%
Reservas Metabólicas • ATP • Fosfato de Creatina • Glicogênio
Substrato de Rápida Utilização • Amido Processado
Equivalente em Humanos ao Levantamento de Peso
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Esforço Médio e Velocidade
Anaeróbico e Aeróbico • Próximo de 1 minuto • Momentos de esforço máximo
Substrato de lenta e média mobilização Cuidado com o excesso de amido - comportamento
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Modalidades de Triplo Esforço
Provas com exigências diferentes • Velocidade em anaerobiose e aerobiose • Resistência em aerobiose • Esforço Máximo em anaerobiose • Esforço Médio em Aerobiose
Formulação de dieta em função da resposta ao treinamento/dieta e condicionamento
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Suplementos
Aminoácidos Eletrolíticos Estimulantes do Metabolismo Energético
• Creatina • Dimetilglicina • Cromo
Antioxidantes • Vitamina E • Selênio • Carnitina • Beta-caroteno
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Considerações Importantes
Controle de qualidade do alimento: • Concentrado • volumoso
Avaliação de desempenho Microfauna do intestino grosso:
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Muito Bem de Saúde
• Cascos – aprumos, ferraduras
• Alimentação – desenvolvimento e treinamento
• Livre de doenças – desenvolvimento e treinamento
Gostar do que faz – montabilidade ou cow sense
• Seleção genética e Treinador
Cavaleiro – conhecimentos de equitação clássica