Post on 21-Feb-2018
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Sabbado 25 de nov^oibro da 4893 AH*IttXATUKAtt EM LISBOA
1 mez... 300 réis Annuncios: linha, 20 réis; ria l.â
3 raezes. 900 » pagina, 100 réis; no corpo do
Avulso .. 10 » jornal com travessão, 60 réis.
Communicados e outros artigos contratacn-se na
administracção.
S mexes, pagamento adiantado
A correspondência sobre a administr
?o de Mello Gameiro Zagallo, Travessa
5, 1.® andar.
1*150
a Rodri-
ueimada.
EDITOR RESPONSÁVEL: José Maria Baptista de Carvalho
Séde da redacção, administração, typographia e impres-
são, Travessa da Queimada, 35—Lisboa.
vido o almoço em casa da sr • D.
Emilia Zagallo, seguindo mais tarde
os noivos e convidados para o Ho-
tel Continental em Lisboa, onde foi
servido um lauto jantar, sendo os
convidados em numero superior a
30, os quaes retiraram perto das 12
horas da noite, penhoradissimos
com a delicadeza dos nobentes.
Expediente A uiu jornal
Alli da esquin* descompõem-
noB...
Prosa de caia de toleradas não
polia ser d'outra fórraa...
Mas ao menos previnam a gen-
te. ..
Prendam curto...
Sim, porque iato da palha subir
de preço não é motivo pura cada
qual despedir... o que elles sa-
bem tão bem...
João do Canto e Caatro Silva
Antunes, não tendo podido despe-
dir-se p?S3oalmentQ dos parentes
e pessoas de suas relações, o fàz
por este meio, oferecendo o seu
limitado préstimo em Lourenço
Marques para onde parte.
Alzira, pede a teu pae
Das Caldas formosa taça
Pede, p-íde, vae pedindo
Quem porfia mata caça.
Armazém Caldense
Areo do Randeira,
Prevenlmon o* iiosnon
entiumvei* assiKnanteft
«la província* de que
mandámoM para coliruu-
<ra án diir^renten ewta
çOen poattaeN, on reeibon
dan Roan a**ts;natur»N
em debito, onde »e po-
derão mandar natiNTa-
zer, para ns\o lerem in-
terrupção na remeawa
do nuMO jornal.
Lemliramoii «fue a de-
mora no pagamento can*
na-non graveN transtor-
no n e oltriKa a devolu-
ção dom recibos que non
vem ausineutar a dewpe-
r.a don wellon.
Sua Magestade El Rei adiou a sua
ida a Vendas Novas.
llontem andou Sua Magestade,
acompanhado do sr. 1) Fernando de
Serpa, guiando o seu phaeton na
Avenida.
Foi hontem muito concorrida pela
sociedade elegante a funcção da mo-
da no Real Coliseo. Ali vimos, entre
outras, as sr." condessa de Thomar
e filhas, viscondessa de Taveiro e
irmã D. Maria AOtonia, D Maria do
Patriocinio de Barros Lima e Almei- da, viscondessa de Alferrarede, mi-
nistras da Allemanha, da Bélgica e
do Brazil, D. Josepha da Costa Mot-
ta, secretaria de -rança, D Marga-
rida Chaves dos Santos e Si'va, D.
Josephina de Castello Branco R bei-
ro da Cunha, D. Laura de Freitas
Branco Sassetti e irmã, D Leonor
Lobo d'Avila Manuel, D. Amelia Ul-
rich, D. Constancia Trigoso e filha,
madame Mathias de Carvalh) e (ilha,
D. Sophia Pitta e filha, D Clementi-
na Conde Saraiva, D. Constança Pac-
cini da Camara, D. Regina Paccini,
etc.
Tiro aos pumbos
Hoje As 2 horas, tiro ordinário
Sua Magestade El Rei assistiu hon-
tem como de costume, á soirèe de
moda no Real Coliseo.
Sua Magestade a Rainha continuou
hontem a estar incommodada de
saúde. Sobre mobilias (vão-se ver a
casa dos donos). Juro modico.
Rua de Santa Justa, 00, 1.°
Entram hoje de serviço a Suas
Magestades no Paço das .Necessida-
des, os seguintes dignitários:
Camarista o sr. Marquez d'Alvito,
ajudante de campo o sr. Roberto
Ivens.
Official ás ordens, o sr. D. José
d'Almeida.
Dama de serviço a Sua Magestade
a Rainha, a sr.ft D. Josepha Sando-
val de Vasconcellos.
Veador, o sr. Antonio de Sousa e
Vasconcellos.
Reverte e «Faico» já partiram
com deatino a Lisboa.
A respeito d'esta magnifica cor-
rida que se realisa ámanhã, rece-
bemos es seguintes engraçados
versos:
E' professor no Carso Superior
de Lettras.
AmiffO d'Urbino de Freitas, o
seu melhor amigo, como elle lhe
chamava, é hoja uma das teste-
munhas mais compromettedoras
para o accusado, porque lhe pede
que declare que esteva em sua
casa n'uma certa noite que coin-
cide com a da remessa da caixa
<T amêndoas envenenadas.
O sr. Adolpho Coelho entendeu,
porém, que não devia satisfazer o
pedido do seu amigo que, segun-
do consta, embora áspero e pouco
communicativo para com toda a
gente, teve com elle carinhos e á
sua cabeceira velou constantemen-
te quando a enfermidade o ata
cou.
Entendeu, porém, o sr. Adolpho
Coelho, invocando Kant, que não
devia acceder ao pedido do seu
amigo e denunciou o caso á poli-
cia.
Muitos cenBuram o.
Não o f*remos nós.
São ca9os de coo8ciencia de
que cada qual eó póie ser juiz e
de que se toma completa respon-
sabilidade.
Mas que grande entbusiasmo
Vae ahi com a tourada,
Eu, com franqueza, até pasmo,
Não se trata de mais nada! Continua incommodada a nobre
duqueza de Palmella, a quem Sua
Magestade a Rainha visitou.
—Continua doente a sr.* D Maria
Augusta Pereira da Cunha.
—Esta doente o sr. dr. Lamberti-
ni Pinto.
—Está doente o sr. conselheiro
Navarro de Paiva.
—Continua experimentando al- livios o sr. Carlos Lisboa.
—Está doente a sr.» Baroneza de
Berthelinho.
—Está restabelecido o sr. coronel
Alberto d'Oliveira. chefe de gabine-
te no ministério da Guerra.
—Está restabelecido o sr. Neves
e Castro, secretario do sr. ministro
do Reino.
ESTORIL, 24, ás 5 h. da tarde.
Sahiu hoje a pass-io a Cascaes
ͻeia primeira vez Sua Alteza oln-
ante D. AÍTonso.
Acompanhava-o Sua Magestade a
Rainha I). Maria Pia e o ajudante
d'ordens Costa. Conhecia-se em Sua Magestade
contentamento por ver seu filho
quasi restabelecido. Não é tão cedo,
segundo consta, a partida para o Pa-
ço d'Ajuda, visto Sua Alteza conti-
nuar sentindo sensíveis melhoras
desde que está n esta localidade.
•#
Fazem ámanhã annos as sr.as:
Baroneza de Santa Cruz.
I). Guiomar Torrezão.
1). Amelia Ferreira de Carvalho.
D. Maria Sieuve de Menezes.
I). Palmyra Martins Pinto de Ma-
galhães.
D. Ernestina Candida de Espre-
gueira.
1). Laura O'Neill Kebe d'Az°vedo.
D. Francisca Telles de Barcellos.
1). Helena de Menezes.
Lã nas altas regiões,
Cá na baixa, entre o povinho,
Nos theatros, nos salões,
No Suis80, no Martinho !
Até com modos sinistros
Alguém me disse n'Arcada,
Que om conselho de ministros
Se tratava da tourada!
»
Tem sido grande a concorrên-
cia ás bilheteiras da Avenida e os
bilhetes desapparecem como por
encanto.
Pobresa envergonhada v
Já o semestre passado recorre-
mos aoa nossos caridosos leitores,
8ollicitando a sua esmola para
uma familia composta de marido,
mulher e oito filhos, que não tem
meios para pagar a renda da ca-
sa, e se vê a braços com a misé-
ria.
Hoje celebra-se a festa de San-
ta Martha, ua sua freguezia, feita
pela irmandade do Santíssimo, ha-
vendo missa e Te-Deum por ins-
trumental e orando os reverendos
Costa e Napoleão.
Suicídio
Cesar Augusto Ribeiro, de 34
annos, casado com Ignez da Trin-
dade Ribeiro, pôz hontem termo á
vida, enforcando se.
Ribeiro era dono d'uma olaria
na rua dos Navegantes, 3G.
A's 7 horas da manhã, indo a
mulher do desditoso ao interior da
loja buscar aparas para fazor lume,
deparou com o marido enforcado.
Ribeiro 8ervira-se d'uma corda
que a mulher lhe dera ha dias a
guardar.
Já por duas vezes estivera em
Rilhafolles.
Parece que a falta de meioB foi
o determinante do triste expedien-
te.
Deixa 4 filhos, sendo o mais
novo de 4 annos e meio e o mais
velho de 11.
O obito foi verificado pe'o sr.
dr. Luzes.
Compareceu o juiz de paz do
districto.
Procedentes de Hespanha de-
vem chegar hojo a Lisboa, varias
mercadorias, detidas nas frontei-
ras, em vi.ta das ultimas medidas
sanitarias, ultimamente adopta-
das, e a que se referiu ante-hon-
tem o Diário do Governo.
A associação dos engenheiros
civis portuguezes, por proposta
do sr. Perfeito de Magalhães, fez
hontem distribuir uma declaração
ácerca do roubo das obras publi-
cas.
O proposito é obstar á propa-
ganda de diffamaçâo de que aquel-
la classe está sendo iujnstamente
victima. E' isto o que aiz o docu-
mento a que alludimos.
Por portaria de 22 do corrente
foi nomeada uma commissão com-
posta do capitão de mar e guerra
Cypriano Lopes d'Andrade, capi-
tão de fragata Caetano Rodrigues
Caminha e capitão-tenente Anto-
nio José Machado, para dar pare-
cer ácerca da conveniência da ap-
plicsção dos vspores da Mala
Real Portugueza para uso da ma-
rinha de guerra. .
ADOLPHO COELHO
DB
Freire - fira viador
Fornecedor da Casa Real
Typ. o Litographia
a vapor
Facturas, Bilhetes, etc.
Grande fabrica de ca-
rimbos, prensa» o ba-
lancés
e gravuras doa ditos
Atelier de gravura
em madeira
Retratos, paizagens, etc.
Impressões de luxo,
brazões e monogramas
Séde—a. do Ouro
JKH Feira da Ladra
Sobe brevemente á scena no
theatre do Rato a revista do anno
de 1893 em 3 actos e 15 quadros,
original de Julio Rocha e Anto-
nio José Henriques, sendo a sce-
nographia d'Eduardo Machado e
Jesus, musica do maestro Syna-
ria e guarda-roupa de Manuel
José d'Araujo.
Dizem-nos que a revista, genero
muito do agrado das nossa* pla-
téas, além d'engraçadis8Íina, tem
todos os elementos para constituir
um succesao.
Na freguezia dos Martyres ce-
lebra-se no dia 2 de dezembro of-
ficio e missa de requiem por can-
tochão pelos irmãos do Santíssi-
mo e paroebianos fallecidos.
Vão hoje para juizo os presos
Joaquim Salvado e Onofre, os
quaes são accusados de terem
8ubtrahido 53 kilos de cano de
chumbo do ehalet balnear, per-
tencente a Trindade Silva & Car-
valho, estabelecido na Ribeira
Nova.
0s proprietários da Marcenaria 1.° de Dezembro convi-
Apesar das misérias e dos abu- dam a sua numerosa clientella e o publico em geral a visitar a sua
sós de toda a especie terem dimi- nova exposição permanente, onde se encontram magnificas mobilias
nuido em muito, nós achamos que para casas de jantar, quartos de dormir e toilette, etc., e verem que a
ellos estão desmedidamente aug- construcção e perfeição dos seus artefactos em nada deixam a dese-
mentados, vistos através a nossa lar 08 seus similares estrangeiros. Continusm também a receber en-
consciencia d'hoje que seconside- commendas de mobilias completas ou simples moveis em toda a qua-
ra para a consciência do passado lidade de madeira, estylos e generos para o que tem pessoal artístico
o que o microseopio é para a lupa. completamente habilitado a satisfazer qualquer encommenda com a
A nossa epocha apresenta terri maior brevidade possível por preços limitados, em consequência da
veis caracteristicoB: desgraça á matéria prima ser comprada em primeira mão, e os artefactos serem
sociedade que não comprehende o vendidos por conta propria dos fabricantes sem intervenção de ter-
alcance dos preparativos que se ceiro
fazem em toda a parte, desgraça
á sociedade que vê, como sympto-
ma da sua decomposição, augmen
tar o perigo anarchista e revolu-
cionário onde as associações in-
temacionaes vão encontrando um
terreno propicio.
(La Ré.volte).
Casou-se no dia 18 de novembro
na egieja .de S. Nicolau, a sr.4 D.
Emilia Adelaide Lobato Pires, com o
sr. Antonio Augusto d'Oliveira.
Foram padrinhos, por parte da
noiva, seu pae e sua tia, e por parte
do noivo o sr. José Henrique Leal
de Sá. —Realisou-se hontem em Almada
o casamento do sr. Jay me Rodrigues
Henriques com a sr.* D. Maria Ritta
de Moura, sendo padrinhos os srs
D. Jose Maria Carlos de Noronha e
Antonio Ferreira d'Araujo, e madri-
nha a sra D. Carlota Zagallo Neves
de Noronha, assistindo á cerimonia,
além ae muitas outras pessoas cu-
jos nomes não nosoccorrem as sr."
I) Thereza de Noronha e I). Maria
Carlota Zagallo; e os srs. José Ga-
briel Holbeche Junior, Francisco da
Costa Neves e Eugénio da Costa Ne-
ves. Em seguida á cerimonia foi ser-
Oa olho», sempre que os pui
Fitos no astro do dia
(Parece que se introduz
Tanta luz na phantasia!)
Sabem o que acontecia?
Fechava os olhos e via
Do mesmo modo essa luz!
Assim foi essa visão
Que tive por meus peccados!
Nunca uma breve impressão
Em meus olhos descuidados
Deu tamanhos resultados!
Que é vêl a d'olhos fechados
Ainda no coração!
Joio de Deus
Travessa de S. Pedro, a S. Pe
dro d'Alcantara
(TABOLETÃ ENCARNADA)
*
*M/8'»TWADO
Sofismas contra
a dissolução
Vamos, com vagar, responder
a um artigo do Correio da Noite,
recbeiado de sofismas como um
perú empaatufado de tuberaa.
O collega viu no Commcrciodo
Porto que o governo já tiuba re-
solvido a dissolução, e espraian-
do-se em incidentes, chega ao
seguinte período:
«Mas, uma pergunta fazemoa
nós. E' simples, e de fácil respos-
ta. A Coroa já resolveu dissolver
a camara, que apoiou quasi incon-
dicionalmente o seu governo na
ultima flceeao parlamentai?»
Nâo lhe responderemos, por
nossa parte, porque entendemos
que uai joraal monarchico nunca
deve admittir, sequer em bypo-
these, uma interrogação d'esta
ordem.
Se o Commercio do Porto in-
formou que o governo tinha re-
solvido a dissolução, a verdaJe é
que ainda nenhum jornal minis-
terial aflirmou semelhante coisa.
A dissolução tem sido considera-
da por nós como uma necessida-
de para o go/erno, e não como
resolução assente por elle.
São coisas diversas.
De resto elle podia ter resolvi-
do o que bem quizesse, no pleno
uso do seu direito. Admittindo,
Sois, que elle já resolveu pedir a
issolução, em que 6 que isso
oííende a Carta? Em que é que
tal facto destroe ou affecta os
princípios? Onde é que eslá a
doutrina de direito publico ou o
artigo de lei que impede aos mi-
nistérios de tomar resoluções so
bre a marcha da sua politica?
Supponhamos, repetimos, a
dissolução como facto assente
nas resoluções ministeriaes. De
certo que ha de anteceder a au-
diência do Conselho d'Estado,
que por si antecede a decisão fi-
nal de El Rei— a não ser que o
orgão progressista possua algu-
ma tbeoria ou systema, que de-
vem ser engenhosos, para que o
pedido dos governos seja poste-
rior á consulta dos conselheiros
d'Estado e á deliberação real, o
que parece acontecer, pois que
levanta grande celeuma pelo fa-
cto de ter lido na folha portuen-
se que estava assente o pedido de
dissolução— facto contra que se
revolta, considerando-o um at-
tentado, folheando a Carta para
lhe citar os artigos 71.° e 110.°,
como se acaso, na hypothese dos
ministros terem conhecido não
poderem viver com a camará
actual, e serem necessarias no-
vas eleições, isso importasse o
desconhecimento ou a negação de
que o Poder Moderador é a chave
de toda a organisação politica,
para que incessantemente vele so-
bre a manutenção da indepen-
dencia% equilíbrio e harmonia dos
mais poderes, e de que para o
exercício de taes funcções tem de
ouvir o Conselho d'Estado!!
Depois continua assim, dando
uma grande latitude á noticia do
Commercioy que ella não aucto-
risa, a 6m de sofismar a verdade
das coisas:
«Como é, pois, que o governo
anuuncia nos sous jornsea, e aflir
ma pelos seus actcs, que a disso-
lução da camara está já definiti-
vamente resolvida, e que o reipo-
ctivo decreto apparecerá n* pri-
meira quinzena de dezembri ? Não
haverá já poder moderador? Ab
dicou este nos senhores ministro^?
A prerogativa real foi pelo go-
verno confiscada em exclusivo pro-
veito dv-8 buoO conveniências par
tidariub?»
Esla tirada interrogativa tem
ares de família com o celebre
programma de 76, o das investi-
das... Mas deixando isso, per-
guntaremos por nosso lado: onde
é que a imprensa ministerial es-
creveu ou affirmou que a disso-
lução da camara estava definiti-
vamente resolvida? Onde, onde?
Desafiamos o Correio da Noite
a que nos transcreva, um perío-
do sequer, onde essa afíirmaçSo
se encontre explicita. Até, se
quizer, tem ãs suas ordens as
nossas collecções.
De fórma que está a interro-
gar no vacuo! Parece o prior de
Niza,'que oá fazia e baptisava. As-
sim, inventa o que não se escre-
veu, para censurar... o que in-
ventou!!
Sempre é d'uma grande ferti-
lidade imaginativa!.
De resto, comprehendemos-lhe
as intenções. Pretende insinuar
que o ministério se arroga pos
suir a resolução da Corôa autes
delia consultar e decidir oílicial-
mente.; ' : " ' • ' ;
Mas inventa uma falsidade!
Não é o governo que descobre
a Corôa; não somos nós que a
descobrimos, pois que em todos
os artigos e noticias que temos
escripto ainda não deixámos cie
encarar a dissolução como uma
hypothese necessaria á vida do
governo. Quem descobre a Co-
rôa, quem ioveste com as suas
attribuições, praticando uma le-
viandade, mais do que nunca
censurável, é quem a traz para a
discussão da imprensa, em que
só deve apparecer quando, tendo
o governo pedido que sejam dis-
solvidas as camaras, se noticiar
que El-Rei deferiu ou indeferiu a
esse pedido, conformaado-se ou
não, no primeiro ou no segundo
caso com o voto do Conselho
d'Estado. it' 0
Estes são 03 princípios funda-
mentae3 do regimen em que to-
dos parecem querer viver, fu-
gindo-lhes aliás na maior parte
das vez.^s; estas são as regras
classicas, por que sempre no3
guiámos, congratulando-nos até
por haver occasiões em que so-
mos oa unico3 a seguil-as!
Pela politica
e pela administração
Cá temoB artigo solerone do sr.
Teixeira Bastos, philosopho do Se
eido, e aprendiz em generalisação
do sr. dr. Theopbilo. Intitula-se
— Economia domestica.
Vae de longada pelo assumpto
fóra, mas leg* no começo nos
mostra o caroço da philoaophia,
que vem a ser o seguinte:
«A péssima orientação da geren-
cia publica, a partir de 1851, teve
as mais perniciosas e funestas con-
seque cias. Os desregramentos go-
vernamentaes, que trouxeram em
quarenta annos o paiz ao ultimo
grão de abatimento e de ruma, des-
truíram no espirito publico todas as
regras de economia e de boa admi-
nistração, actuaram de cima para
baixo como um factor permanente
da corrupção dos costumes».
Qualquer espirito mediano, ob-
servando melhor e conhecendo cs
episodios da historia patriu, em-
bora menos philosopbieo e menes
generalisador, concluiria que os
costumes nacionaes é quo se r fle-
tem ucg governos, e que isto sem-
pre foi assim, desde o tempo Ce
AfFcnso Ileririquea á era do sr.
Bastos.
Ma§ era preciso insinuar que
os ultimes governos eram oa cul
pados d«8 pandegas o luxoa do
cada qual, e estão o illuatre apren-
diz em generalisações do ar. ar.
Theopbilo... generalises!
pelos Guauabavas que a re
publica brazileira nos exbib.', que
h gente—reconhecendo aliaz ao
Brazil o direito de ae governar
pelo regimsn que melhor enten-
da—, cão toma a serio, pelo mo-
ncB, os eeu3 dirigentes.
Ura vejam oa leitores, o que o
sr. Guanabara que está em Lon-
dres, cíisse a um jornalicta que o
procurou:
—Que o Principi do Grão Pará
terá a sorte de Mnximiliano do
Mexico, isto é, quo será fuzilado.
—Que ainda quando aa poten-
cias turopéaa intervenham, e aia
da quando a America do Norte
não intervenha por outro lado, o
Brazil poderá sustentar o regi
men republicano.
A primeira phrase é de selva-
gem; a segunda é uma hespanho
lada, que excede as mais classicas
ht apanholadaa.
E com estes Guanabarsa que-
rem que a gente tome a serio o
êxito que o regimen republicano
está obtendo no Brazil!
#
# #
Se o Século noa dá licençi, nós
occupamo-noa irs asaumptos aa
politica brazileira como o collega
e os seus confrades ae occupam
doa assumptas da politic* htspa-
nbola.
Se noa dá licença... Se isto nâo
off. nde a liberdade... Se acnao a
e8te nosso oireito se não opposer»
algumas regras e preceitos doa
immortaea princípios...
#
# #
E' absolutamente f^leo que ee
praticasse qua)qu»r act) d.) favo-
ritismo para com o *r. Alonso Go-
mes, pelo facto de ser respeitado
o contracto de nav gação.
Em primeiro logar, este subsis
te, porque dura emquanto ae não
levar o caminho de ferro a Porti
mão.
Em segundo logar, o governo,
obedecendo á prescripçao parla-
mentar, mandou inquirir da execu
ção do contracto por diatinct08 c íii-
ciaea, que informaram que elle era
inteiramente cumprido.
Por ultimo, muito escrupuloso,
o goveruo ouviu a Procuradoria
Geral da Corôa, que por duas ve-
z a consultou no sentido de ae re8
peitar o contracto, para não in-
correr no perigo de 8e pedirem
importantes ind. mniaaçõea.
fi i qui está corno este governo
commette escandalos!
#
# #
A'cerca do sr. conde de Paço
d'Arco8. nosso ministro no Brazil,
encontrámos o seguinte n'uma
carta do Rio de Janeiro para a
SoberQjiia do Povo, do Agued*-:
•N'estes desgraçados
ilido é termos como
46
FOLHETIi
JULES CARDOZE
O SINEIRO
l»E
SAINT-MERRY
PRIMEIRA PARTE
X
Am arutnaft»
(Continuado do numero 7:422)
O sineiro que abria a marcha,
parou diante de uma pedra cuja
altura era 8Uperior á d'elle uns
dois péa.
—Eia noa chegados ! disse elle.
Luiz não pôde reprimir um mo-
vimento de impaciência.
—Apre8§emo-noa ! bradou elle;
por D.us I não percamos aqui um
tempo precioso.
Comprehendo tão bem como tu
o valor do tempo, replicou o ai-
u^-iro, ma8 melhor do que tu sei o
que devo fazer.
—Deve saber então que Mag-
dalena está em poder de um mi-
serável e que é preciso voar em
seu soccorro !...
—Sei, replicou o Bineiro, que
um desgraçado rapaz está em pe-
rigo de morte eéa elle que, an-
tes de tudo, devemos aoccorrer e
procurar salvar 8e for poasivel !
Em seguida deitou as mãos á
pedra de cantaria e ccm uma for
ça hercúlea fez girar aobre si
mesma a massa enorme.
—Agora podes pasBar ! disse
elle sem que a sua voz trahisae o
esforço muscular a que acabava
de entregar-se.
Luiz estava estupefacto.
Obedecendo ao convite do si-
neiro, passou pela abertura que
ficara escancarada pelo desloca-
mento da pedra da cantaria.
Achava-se -agora em uma espa-
cie de pequena plataforma, onde
ap**nas cabiam dois homens a par.
Por baixo d'elle o vacuo.
Luiz hesitava sobre o que ti-
'nha a fazer.
tempos o
que nos tem vaf
nosso representante o sr. conde
de Paço d'Areos O sr. Paço d'Ar-
O sineiro veio em seu auxilio.
—Vhfo imitar-me em tu .to, or-
deuou elle; repara bem onde po-
nho 88 mâoa, onde collcco oa pés.
E foi o primeiro a pssaar, agar-
rando-ae com a8 màoo ás aspere-
zas que se achavam de cada lado
e procurando encontrar com os
péa um ponto de apoio.
Luiz seguiu-o n'aquella desci-
da que não era sem perigo para
um domem [inexperiente neBta
gymnastica.
—Alto ! bradou o sineiro quan-
do sentiu o aolo debaixo doa péa
E recebendo Luiz noa braçoa
nervosos levou-o para alguns p .8-
80s de distancia dizendo:
Vaea esperar-me aqur, porque
é preciso que eu vá fechar o sub-
terrâneo se bem que não devamos
ter receio algum por esse lado.
Ao cabo de alguns instavtea
que lhe pareceram mortalmente
longos, o marido de Magdalena
viu voltar o seu companheiro.
A partir d'aquelle momento o
sineiro ia tentar tudo, em presen-
ça do perigo que Mathurin corria.
Não perdeu tempo em dar a Luiz
explicações sobre o modo por que
cos gtem mostrado (juciidad#s
de caracter e de energia verda-
deiramente superiores. A colonia
deve-lhe immenso pela sua solici-
tude e até rispidez no cumprimento
dos seus deveres.»
Muito mais diz a carta em lou
vor de 8. * x.a, maa aa relações que
noa prendem com o 8r. c nde eão
o motivo por que não transcreve-
mes tudo.
#
* *
Em diita de 22 de corrente es-
creveu o correspondente de Lis-
boa para o Primeiro de Janeiro o
que vai ler se:
«Conflrma-se o que eu lhes disse nas minbas ultimas cartas. Não está
ainda resolvida qual seja a attitude
do partido progressista ante a dis-
solução que se diz estar imminen
te. Desde muito que lhes aflirmei
que o illustre chefe do partido pro-
gressista i ão tomaria uma resolução
definitiva sem ouvir os seus corre-
ligionários mais graduados, isto é,
os pares e deputados do seu agru-
pamento politico.»
Como esta reuuião ainda se não
cehbrou, como ainda não eatá,
portanto, retolvida a attitude do
partido progressista ante a diaao-
Jução, fica a gente auctoriaada a
ju'gar qu ) o n0880 coll^g* do Cor-
reio da Noite, escrevendo contra,
traduz apnnas a < pinião individual
do aeu redactor!
N'este Cfcso o jirotesto geral, se
vaie muito pela qualidade, fiea re-
presentando muito pouco em quan-
tidade!
#
Não sabemos quantos milbares de
vezes será necessário affirmar que
não se trata de eontrahir nenhum
emprestimo, para que termine a scie
dos que audam fazendo grande es- palhafato com uma noticia falsa!
— Conforme noticiáramos, o Diá- rio publicou iiontem o decreto coa-
vu':atorio da camara dos pares para
o dia 29 do corrente.
— Pelo ministério das Obras Pu-
blicas abriu se um credito especial
de 20 contos para pagamento de es-
tudo de estradas, liquidadas e em
divida.
—Um cumulo de patriotismo: por
vias occultas aos profanos foi entre-
gue a Zorrilla a direcção «spiritual
do partido republicano portuguez.
0 hespanhol, emigrado voluntário,
como lhe chamou o sr. conde do
Casal Ribeiro, é quem manda.
—Vai estabelecer se um contracto
provisorio de navegação para os
Açores, aílm de não serem interrom-
pidas as carreiras.
—Foi assignadn um decreto fixan-
do a dotação da Eschola Naval.
—Ileum u Iiontem a comir.issão de
monumentos.
—A linha de Ambaca foi aberta
até kilometro 200. Com o novo tro-
ço deve augmentar muito o rendi-
mento da alfandega de Loanda.
-Reúne hoje, ás 8 horas oa noite, no palacio do sr. conselheiro José
Luciano, a commissão executiva do
partido progressista.
—Pelo ministério da fazenda fo-
ram expedidas ordens para todos os
districtos pagarem o subsidio, aucto- risado pela lei de 29 de fevereiro
de 1892, aos parochos cujos rendi-
mentos ficarem inferiores a 400^000
réis, em virtude da deducçào do
novo imposto de rendimento nos
juros dos títulos averbados aos seus
passaes.
—Registamos: o partido progres- sista não acceita ao partido regene-
rador accordos eleitoraes. Quer a
guerra, mas isto por saber que o
governo, se fizer eleições, respeita-
rá o direito eleitoral, não guerrean-
do ninguém.
Nós é que soubemos o que foi
guerra era março de 87 e em outu-
oro de 89.
Havemos de recordar...
—As provas praticas para o logar
de recebedor da comarca d Eivas
devem ser dadas em !2 de dezem-
bro.
—Consta ao nosso collega da Tar-
de que o sr. dr. Magalhães Lima, di-
rector do Século, projecta abando-
nar a vida politica
era necessário proceder para se
dirigirem á parte daa «Ruinas»
oude elle qua ia chegar.
Contentou se eui dar a inão ao
mancebo, como se este fosse uma
creança, e guiou-o através um dé-
dalo de ghhrias e de passagens
estreitas abirtaõ entre as pare-
de».
Dentro em pouco achavam-se
n'um ten-aç-), do qual a vista abran
gia toda a floresta.
Os dois homens soltaram ao
m- smo tempo uma exclamação di-
lacerante ao verem a devastação
que o fogo fizera em volta das
• Rui ias».
Toda a parte da floresta que fi-
cava próxima dos restos do velho
catitullo, tinha desspparecido. Em
v< z das magnificaa arvores, o aolo
estava coberto de fragmentoã fu-
ra Fintes.
Dir-se-hia'' um enorme braseiro
onde acabavam de Be conãumir os
velboa troncos musgosos, agora
carboniaados.
Aa cbamma8 viam-se ao longe
devastando tudo na aua passagem.
—Onde está a cabana de Clau-
—Reuniu houtem a commissão de
limites.
—A Empreza Colonisadora Africa-
na desistiu do pedido que fez ao
ministro da Marinha, relativo ã ri
fa, e solicitou em substituição que
lhe sejam concedidos adiantamentos
para distribuir pelos seus colonos e
para a preparação precisa das ter-
ras, na importância cslculada dos
I ucros que se presume daria a rifa.
Para garantir o Estado pela restitui
ção, a Empreza assumirá a respon-
sabilidade dos dinheiros adiantados aos colonos.
—Dizem d'Africa que a commis-
são da delimitação com o Congo
francez suspendera os trabalhos de
campo, por causa das chuvas, que
já sào torrenciaes no interior. Os
mesmos trabalhos serão recomeça-
dos em maio do proximo anno.
—Parece que vai ser montada uma
linha telephonica de Cabinda a Lan-
dana.
—0 Campeão das Províncias já Í1 -
gurou por tres vezes no protesto ge-
ral.
Para o seu tamanho, ainda é pou-
co.
—0 Diário publicou liontem a Or-
dem da Armada n.° 21. —0 philosopho sr. Bastos chama
tudo quánto vai ler-se, u'um livro
recente, ao sr. Theophilo Braga: ponto central d'onde irradia lodo o
movimento reorganisador que tende
a substituir os preconceitos catholicos
pelas convicções scienlificas> a cor-
rupeã monarchicr pela moralidade
social a devassidão pela dignidade
domestica.
E mais adiante conta que elle é o
talento, a erudição, o bom senso, a
disciplina menial e o temperamento
de ferro.
O sr. Manuel da Camara, mo-
rador na calçada dn Pedra, en
tregou na esquadra <?e policia na
rua doa Capellistas uma carteira
contendo uma lettra e alguai di-
nheiro, que foi encontrada na pra-
ça do Commercio.
âigisl* it 6«sts
Í-ABBÍCANTO
7®OTn»9*aft*F4:X9l|fi90ftV« at
•fiadadA a*
jpfcfia. d® m
JawfePA» «tai
£ob offieina aa roa <U 9.
Julião, 110,3,°, oode tea u
issipleto sortimeoU co m
pnero « im ser áiri^ids
toda » fornsfiondAiMí.
Professora
Lecciona portuguez, francez e
piano em casa das discipulaa;
curso das meamos disciplinas, re-
digido pelas mesma profetaora,
por preços modicos, habilitaado
para exames. Para tratar carta a
eata redacção a P. A.
Analyse ehimica e uifdiea
De urina, leite, Bangue, etc. La*
boratorio do medico Virgilio Ma
chado. Rua de Santa Juôta, 22.
Dm 1 ás 4 h. da t.
Antonio Paredcu, m« ctico. Coa-
sultorio, rua dos Retrozeiros
n.* 85. Residencia, rua Saariva
de Carvalho, n.° 69.
Luiz Gosta & C.ta
Successor es de
F. A. da Fonseca
Completo sortimento de artigos
de modas da mais alta novid; de.
GO. R. IV. do Aamacía* G2
dio? perguntou Luiz com voz tré-
mula.
O sineiro estendeu o braço na
direcção d'um moute d'entulho de
onde fcahiam de vez em quando
faúlhaa como usa produzir o colmo
que ae consome, quando o v*'nto
penetra na fogueira onde o fogo
eatá latente.
—A cabana de Cláudio era alli!
disse elle.
Um grito de dor e de raiva sa-
hiu da garganta do mancebo. O
sineiro apertou-o nos braçoa e ac-
crescentou:
—Nâo temos que cccapar-nos
doa mortos!... Mathurin já não
existe!
O marido de Magdalena curvou
a fronte.
Ao annuncio d'aquella morte de
uma pessoa que elle conhecera
desde a infancia, o aeu coração en-
ternecia ae.
Súbito levantou a cabeça e bal-
buciou:
—Talvez viva ainda, será bem
certificar nos.
—E' inútil, meu filho.
O sineiro cruzára os braços e
contemplava squeHa placicie de
José Marques Loureiro
Portugal, que é inquestionavel-
mente o «Jardim da Europ.-.», co-
mo disse o mavicao Thomaz Ri-
beiro, ó um retardatário tm flori-
cultura.
Entre nó* ó geralmente des30-
nhecido o que se passa co extran-
geiro a tal respeito.
Na Bélgica, por exemplo, ha a
paixão e o «sport» daa fl3rea.
Na primavera, ca amadores per-
correm ali distancias enormes pa-
ra irem admirar oa formosos gru-
pos do tulipas, e todos os anno8
são lançadts nos mercado nevas
Variedades das mais mimosas flo-
res obtidas pela fecundação artifi-
cial, ou nova8 especiea desconhe-
cidas trazidas de outros continen-
tes por emeritoa «xploradores. Nós
limitamo nos ao passeio aunual da
eepig8, em quinta f ira da Ascen-
çâo, reproduzindo inconsciente-
mente o culto pagão e poético de
Adonis, e os mais arrojados fazem
estacas de roseira em janeiro e al-
porques de craveiro em setembro,
como aconselha a folhinha do pa-
dra Vicente; e oa chryaauthemos
e violett 8 que trazemos ao peito
vamos C0mpral-08 á liavaneza ou
á praça da Figueira.
No norte do paiz nota-ae, porém,
uma primazia na floricultura. Co-
mo no extrangeiro, todoa oa annes
ba ali concuraos de flores; e esta
corrente, que vem do longa data,
deve-ae priucipalm< nto á infatigá-
vel iniciativa do diatincto amador,
o sr Jobé M*rqu's Loureiro, que
soube crear no Porto um estabele-
cimento de floricultura sem rival
na peninsula, o que, coro uma te-
nacidade rara entre nós, fundou
um jornal hortícola primorosamen-
te impresso e desenUado, o colla-
borado pelos primeiros botanicOB
do paiz. Eate jornal foi premiado
nas exposições de Gr-»ud, Bruxellss,
Barcelona, Amsterd> m, etc. O in-
signe horticultor continua sempre
iuctando, como pn p igandistainfa-'
tigaveJ. Além do 8 u bello livro—
«A Horta», já publicado, acha se
actualmente no prélo, tendo já 8a-
hido os dois primeiros volumes,
um novo livro—«O Jardim», que
veio preencher uma lacuua impor-
tante. Esta obra foi gisada segun-
do o plano d»,8 prof«'8»ore8 france-
zes «Decaisne» e «Nau'lin» no
«Manuel de Tamateur d- 8 jardins»,
e de «Vilmorin Audrieux» no livro
— «Lea fleurs do pl iue terr », ten-
do sobre estes a vantagem de con-
ter as observações p»'8soaes do 8r.
Loureiro quanto aos processos da
cultura adaptada ao nosso clima.
Como os horticultores extrangpi-
ros, o sr. Loureiro não ae limita
ao commercio das plantas: produz
plantas novas, verdadeiras mara-
vilhas, que são «baptisadae» com
os nomes de distinctoe portugue-
zes. Assim dedicou elle á impren-
sa por tugueza um novo cravo bran-
co e purpura, e a um novo cravo
roxo deu o nome de «Lucto» do
Pontes Pereira d" M^llo.
O sr. Julio de Vilh >na tem com
o seu nome um cravo cor de rosa
com estrias purpureis; e para que
se nâo penee que nVsta m mencia-
tura ha disfarçadamente um intui-
to politico, eaiba-ae que o 8r. José
Luciano de Caatro também t m o
seu cravinho branco e purpurino.
E. L.
Epigirammas de Bocage
v
Da que é tó de seu marido
Laura tem reputação:
Este mérito subido
A quem o deve? Eu duvido
Se á cara, se ao cornçâo.
fogo qua se estendia ao longe em
volta das *Ruin88».
E Luiz ouviu o repetir:
—Oh! os miseráveis!... os mi-
seraveie!...
—A quem se r< fere? perguntou
o manei bo abysmado na sua dôr.
— A'quellea' que largaram fogo
á floresta; áquelle que deu a or-
dem de incendiar a cabana do le-
nhador!
E interrompRu-se para passeiar
o olhar attonitamente em duas
direcções diff routes.
—Sim, proaoguiu elle, miserá-
veis que não pcnpáram nem a ha-
bitação d'uma pobre mulher, nem
a choupana humilde d'um aanto
homem!...
—Que quer dizer?
—Olha! respondeu o aineiro in-
dicando um certo e determinado
ponto, era alli que hhbitava Jac-
quelina. Além, continuou, mu-
dando a direcção do braço, havia
uma pequena choupana coberta
de colmo, onde vivia como eremi*.
ta, o religioso João Baptista.
(Contini a,)
r*
DUBlO ILLI KTKADO
CSBOElCiS I0MSMEA5 | X',";»'.."»",.'™ ?X"X'
damecte, mas que nunca so muda,
0 dia 2»
A' hora em que principio con-
versando com os meus leitores, ao
cabir da tarde, muita gente por
abi anda afadigada, d'utu a outro
lado, subiu a casa de pessoas ami-
gas, pediu aos conhecidos, preten-
deu encostar os agiotas, e já pas-
sou uma revista ao que tem no
lar, a fim de ver se no prego al-
cençará o necessário para prf fa-
zer ou arranjar a quantia que de-
ve ámanhã entregar ao senhorio.
Praioa fataes que toda a gente
sabe, que hão de sempre causar
admirfcçâo, e que mostra mais uma
vez a nossa falta de previdencia,
a nossa ausência completa do es-
pirito d'economia.
E' um paiz onde o amanuense,
com um parco ordenado sujeito a
descontos e obrigado mensalmen-
te a umas despezas inadiaveis,
não dispensa—prefere que o es-
folem! — o pa see no americano;
uma torra onde a propria saloia
já se sente cançada por subir a
calçada do Duque ou ir ao Chia-
do, recorrendo por tanto aos res-
pectivos elevadores.
Não comprehendemos que ao
domingo se dê o braço á noasa
companheira e vamos por ahi fora,
com uma merenda n'um cesto, ale-
gres, satisfeitos, sentarmo cos de-
baixo o'uma arvore, em ponto
bem isolado onde nos possamos
amer sem testemunhas, eemquan-
to ella dispòa a refeição, compra-
mos bój o vinho, o pão, e sabo-
reamos deliciosamente aquelles
modestos manjares que nos obri-
gam a termos dó dos que nunca
tiveram esse prazer, ou que, atten-
dendo ás conveniências sociais,
estão inhibidos d'assim procede-
rem.
Nada d isso.
Pobretõ s com laivos do rica-
ços, villãocom prfcsumpç<K8 de fi-
dalgote!
Par» os touros, beilo trem—gema
a familia!—d pois o bom jantar
onde se diependem uns ti a 8 tos-
tões,—a infeliz mulhtr^ em casa
tem pão secco!—circo ou theatro
para cowpletar a noite—-ella, coi-
tada, foi uma ou duas vezes ape-
nas!—e tolvez a coisa nào termino
por ahi, porque ha jogo por esses
cantos, mulheres arrebicadas que
se.duztm maia do que as mnrfyres
—coroo eu me curvo ante vós, san-
tas creaturas!—que em chsb são
as escravas d'um dever que a si
mesma* ha muito se imposeram!
Cb< ga o dia 25, vem os apuros,
as t dicções, e pr mette-ee de fu
turo ter muito juizo para... no
dia seguinte sa olvidar e conti-
nuar na mesma... Pois se a vida
são uns dias...
vociferando contia a carestia dos
alugueres, apontando mil e um de-
feitos que a casa não tem, que está
sob palavra, que gente honesta
não pôde alli morar...
Oh! santa pouca vergonha o
que tu ós capaz d'inventar!
«
E em vez de censurarem a eua
irr previdencia—-os que podem, é
claro,—chamam tyranno ao senho
rio, a quem elles esburacaram as
paredes pregando oleographias
baratas, a quem deixam os vidros
partidos, perdtm as chaves, etc.
Perdão.
Não é um senhorio que lhas fala
fique aqui claramente menciona-
do.
Paguei hoje ao tyranno—vamos
lá com a massa—de maueira que
durante 6 mezes eu tenho a minha
agua furtada onde me abrigar e a
minha Manette o telhado coberto
de sol para ella se^eopojar alegre-
mente. ..
Luiz A LVAREZ.
Os acontecimentos
de iYlelilía
Madrid, 24, t.
O conselho de mkiistros, sob a
presidencia da rainha regente, aca- ba de tomar conhecimento dos des-
pac os de Melilla sobre a conferen-
cia de Muhley-.Vraaf com o general
Macias. Muhley-Araaf protestou a
amisade do sultão Muley Hassan á
Hespanha 'e o seu desejo de evitar
um rompimento; reconhece o direi-
to absoluto da Hespanha a construir
fortes no seu territorio, mas pede
tréguas até que o sultão chegue a
Fez e possa desembaraçar-se das
tribus do interior, que andam agita-
das; pede também que os rabilas
possam, no entretanto, commerciar
em Melilla. O general Macias recu-
sou peremptoriamente acceder a
tudo isto, dizendo que as suas ins-
trucções nào lhe permittem deter
um instante o castigo dos cabilas.
Madrid crê qi a guerra continuara em grandes
Toda a gente em Madrid crê
guerra <
proporções.
iue
Eu o que mais me assombra 6 a
facilidade com que cada qual põe
escriptos e se muda da casa onde
habitou mezes, sem tomar affeição
áqu-jllas paredes que foram tes-
temunhai; d'algumas F.lrgrias, do
muitas lagrimas, porque isto de
chafurdar na dor não deixa de dar
um tal ou qual al»ivio, recordando
que junto a essa parede esteve
ella uma tarde encostada, que a
sua br nita mão—o era na ver-
dade! pousou tantas vezes no
peitoril da sacada, que abriu
aquella porta quando ainda não
allegava cansaço ao subir a rai-
nha escada, que o seu olhar for-
moso afogou tudo isto em volta.
Mas á mór parte dos individuos
—e serão elles os felizes?—estas
puerilidades, * stas tolices como el-
les do alto do seu saber denomi-
nam—mas vós, senhoras, enten-
deis-me!? —não tema minima ra-
zão para os prender e d'abio des-
prezo ctm que se afastam, como
aahem de coração alegre do pé da
mulher que se lhes entregou hon-
tem, e de quem hoje já se sentem
enfastiados.
Sem oada põem escriptos, e*n
busca de um expediente até ao fi-
nal do anno que lhes permitta pa-
gar o aloguer, mas alguém msia
apressado vae falar ao senhorio
com o dinheiro na mão, e aqui te-
mos o nosso homem nãocó em bus-
ca do necessário para o pagamen-
to, mas também da casa onde se
acoite. A' ultima hora, escolhe á
press», faz a mudança onde os po-
bres moveis não culpados das ex-
travagancies de cada qual, sofFrem
tratos de polé, e escaveirados,
cheios de mossaa lá vão adornar
uns compartimentos, para G mezes
depois andarem nas mesmas vol-
tas, porque então nota se que a
casa tem mau cheiro, que a visi-
nha de cima recebe homens, que
no 1.° andar ha uma creança que
berra toda a noite e que os gatos
fizeram ha muito, como desprezo,
da escada, sentina publica!
E n'esta romaria cada qual de-
vassa a sua casa, bisbilhota-se as
alheias, sproveita-se aoccasião de
ois dedos de namoro á loura que
filavas).
Justiça do Ultramar
Fizeram-ce os seguiutes deepa-
choe:
Nomeando auditor dos conse-
lhos de guerra no districto auto-
nomo da Guiné portugueza, o sr.
dr. José Delgado de Carvalho,
actual juiz de direito na comarca
de Quepero; para esta comarca, o
sr. Antonio Augusto Barbosa Vian-
na, actual procurador da coroa e
fazenda, junto da relação de Loan
da; para este logar, o sr. dr. Hen-
rique Ferreira Galvão, actual de-
legado do procurador da coroa e
fazenda na comarca de Sais te; e
para esto logar o sr. dr. Alberto
Osorio de Castro, actual juiz do
julgado municidal de Óbidos.
Continúa a ser excepcional a
concorrência ás livrarias, na com
pra do livro de versos do eminen-
te poeta João de Deus.
Em França, se acaso ali appa-
recesse no mercado litterario uma
collecção de jyricas tão formosas,
o poeta que aa firmasse tinha em
poucos dias feito uma fortuna.
Ilontf m de tarde andava na rua
do Arco da Graça promovendo
desordem Ernesto Augusto Ba
ptista Machado, sapateiro, e sen
do admoestado pelo policia 316,
aggrediu-o com scccos e bofeta-
das e accudindo um soldado da
guarda municipal também foi ag-
gredido.
Cambio do Brazil
A taxa cambial no Rio estava
no dia 21 a 10 4(10.
Os acontecimentos
do Brazil
PAUIS, 23. li.
Segundo noticias rice-
bidas pela legação bra-
sileira n'esta cidade, a
fortaleza de K. João
medeia a pique o coura-
çado Insurgente «Java-
ry».
Noticiai* d*outi*a ori-
gem dizem parecer im
minente o bombardea-
mento geral do Rio de
Janeiro, accrencentan
do que fogo continuo
tem nido dirigido contra
o «Banco Commercial»,
causando muitos feri-
do*.
On memlhroft do corpo
diplomático t ra Miada-
rani a Mia residência pa-
ra 1'etropolift.
KO^TICVIIIEO. 23, t.
B*arece eMar Imminen-
te o bombardeamento
geral do Itio de Janeiro.
ewquadra insurrecta
dirige fogo continuo con-
tra o bairro commercial
(e não Itanco como Ne di-
zia poreirrouo primeiro
dewpaclio recebido), ten-
do ferido muita «en-
te.
LONDRES, 23. n.
Camara dos commuiiN:
—«ir Rdusrd trey, we
cr etário parlamentar
do mftnintro dos negó-
cio» estrangeiros, de-
clarou que o governo
britânico soube os acon-
tecimenlos do fltrazil
únicamenae pelos jor-
n»dcs; se o Rio de Janei-
ro fosse bombardeado,
os três navios de guer
ra inglezes e o» dasprin-
clpaes nações europeas
e dos Eslados-Unldon
procederiam de accordo
para gacranfir a protec-
ção dos seus nacionaes.
XEW-IORK, 2 1. m.
B>iz o «New-lforlc He-
rald» <8tie um despaclio
do marechal l*eixou» an-
uuiicia a derrota dos in-
surrectos em &anta Ca-
tbarina.
(BKavas).
Foram á assignatura os decretos
aposentando José Francisco Gui-
Pequenas noticias
Foi augmentada a lotação do cou-
raçado lasco da Gama com um
machinista conductor. —Foi collocado na commissão das
fortificações o sr. Guimarães Sero- dio, distincto official de artilheria.
—Estão restabelecidas as com-
municações telegraphicas com San- tander.
—Foram passados 56 breves de
dispensa matrimonial.
—Foram dados por incapazes pa- ra todo o serviço os srs. coronéis
Bon de Sousa e Mesquiia Carvalho.
—Em Braga foi absolvido o sr. An-
tonio José Pereira, accusadopelo
crime de emigração clandestina.
—Foi cr» a la uir.a cadeira de ins-
trucção primaria do sexo masculino
na freguezia de Martinchel, conce-
tho de Abrantes.
—A carne de porco está regulan- do nos mercados do Alemteio por
3:000 réis os 15 kilos.
—Segando o Saragoçano, acabou
o bom tempo.
—Trata se de reorganisar a cha-
ranga de cavallaria 10.
—0 Sport Club do Porto estabele-
ceu-se definitivamente na rua do
Almada, 507.
—Kntre as estações de S Mamede
e Valladares foram apedrejados os
comboios de passageiros.
—Na egreja de Boibão (Valença),
foi ha dias victimado por uma apo-
plexia o rev Francisco Villar, paro-
dio encommendado da freguezia de
Abbadim.
—Desde 4 até 15 do corrente, vie-
ram da Galliza, pela ponte interna-
cional sobre o Minho, 099 cabeças de gado vaccum, 54 de gado suino e
22 de cavallar.
—Muito pouca azeitona em Olivei-
ra d'Azemeis.
-Abriu-se concurso para o pro-
vimento do chefe dos guardas da
Penitenciaria Central.
—Em plena cidade de Guimarães
foi assaltado e roubado o sr. Paulo
von Vagner, piofessor da eschola
industrial.
—Alguns amigos do sr. marquez
da Graciosa têm feito grandes caça
das nas suas propriedades da Ida-
nha.
—Já estão presos muitos dos sce-
lerados que compunham a quadrilha
da Lixa.
feio extrangeira
TELEGRAFAS
P«ris, 23, t.
Os jornaes parisienses presumem
que o governo tera maioria de 300
votos, mas que só o minimo d esta
maioria será auti-socialista.
0 «Fígaro» diz que a França e a
Hespanha trocarão entre si noticias
a respeito dos anarchistas, podendo
assegurar» que reinará segurança
internacional,
Urbino de Freitas
PORTO, 24, t.—Ao Diário II■
lustrado.
As quatro testemunhas inquiri-
das até sgora nào accrescentam
mais nada além do que é já co-
nhecido. Faltando Luiz* dos An-
jos, creada do velho Sampaio, o
delegado pede a leitura do seu de-
poimento. O advogado de defeza,
dizendo convir lhe a comparência
da testemunha, pede, visto a falta
de apresentação d'um attestado,
se lhe faça immediatamento ins-
pecção medica. Isto levanta inci-
dente que terminou por o delega-
do nào persistir na leitura do do-
poimeato e dispensar a testemu-
nha. A defeza, que também inter-
rogou as quatro testemunhas, in-
siste com Lopes Teixeira sobre o
caso do commissnrio, quando foi
acs Arcos de Val de V<z, levar
consigo o retrato de Urbino.
R-
PORTO, 24, t. -Ao Diário 11-
lustrado.
Emilia Cunba, cosinheira do
velho Sampaio, e Maria Stamiller,
professora das n<*tas do mesmo,
confirmaram os anteriores depoi-
mentos. Seguiu-se o depoimento
de Bento Augusto Costa Guima-
rães que, quando apertado pela
defezs, foi por vezes indeciso nas
respostas e sobre razão denunciá
ra anonymamente Brito e Cunha
de posauir a prova da criminali-
dade de Urbino; respondeu qu-*
assim fizera para não ser incom
modado e denunciára-o para pres
tar um serviço ás altas reparti-
ções da juetiça.
Durante este depoimento houve
um incidente depressa serenado.
Depondo Manuel Tinoco, cunhada
de Brito e Cunha, relatou o já co-
nhecido. Apresentou, a pedido do
delegado, uma carta que Brito lhe
escrevera, mas não tendo trazido
subscripto, o juiz resolveu que,
findando o depoimento, foste bus-
cai o para ser junto aos LUtos.
Foram inquiridos depois o sogro
de Brito e Vieira Abreu, termi-
nando a audiência ás 3 e meia.
R.
Os jornaes Iranc z s
La France em Paris e departa-
mentos custa 20 réis cada nume-
ro.
Tem os seus escriptorios na rua
Mcntmartre, 144
As «ssignaturas começam em
1 e 15 de cada mez, importando
na França 1 mez, 800 rén; 3,
2^000; 6, 4^000; 1 anno, 8S000.
Paizes extrangeiro8 comorehnndi Paris, 24, m.
marães da Silva, cscrivfco de fa- A situação parlamentar não mu- * *l7LVo cnmnrehnndi
senda do concelho de Ceia: Fran- dou- ()s jornaes consignara comple- 1 ÍJ? : 1*000»2í°00. - - - ta scisão entre os moderados e os e 11$2U(J.
radicaes, mas o triumpho definitivo Todas as eartasjdevem ser fran-
do governo está seguro.
Apprehensão
O soldado 116 da 3.* compa-
nhia do 1.° batalhão da guarda
fiscal,em serviço na estação con-
trai do Rocio, apprehendeu hon
tem a João Francisco da Senhora,
uma borracha contendo litro e
meio de vinho que o delinquente
tentava psssar sem pagar os res-
pectivos direitos.
Remettido á alfandega pagou a
multa de 2*040 réis.
c sco Rodrigues Tíistâo, escrivão
de fazenda de Figueiró dos Vi-
nhos, João Bduardo Lobo de Mi-
randa, delegado do thnsouro de um
dos districtos dos Açores, actual-
mente em Viannado Castello; João
Napoleão Noves, 2 o verificador
da alfandega.
O sr. conselheiro Hintze Ribei-
ro, acompanhado do seu secreta-
rio particular, voltou hontem de
mauhâ ás inetallaçoas da Socieda-
de de tteographia.
S. ex.* escreveu no livro dos vi-
sitentes fiíts8 palavras:
• N'este recinto eente-ee bem um
coraçío portuguez, ao lembrar as
gloriosfcs tradicções da nossa na-
ção».
Trabalhadores de campo
Do Norte e Beira chegaram
hontem de manhã a Lisboa mui
tos trabalhadores do campo, que
se destinam ao Algarve.
Foi preso Herculano Gouvei*,
cocheiro da Companhia Carris de
Ferro, por atropellar na rua de
Alcantara, com as, muares que
guiava, a Francisco Combro, re-
sultando-lhe contusõos pelo cor-
po- h
Foi mandado servir na promo-
toria de marinha o commissario
auxiliar de 3.* classe Antonio José
da Costa.
fsiegrAftyâss de Peri»
PORTO, 24, t.— Ao Diário B-
lustrado.
Suicidou-sa hoje ingerindo vi-
dro meido e sal d'azedaa uma cos-
tureiía natural de Santa Valha,
Valle de Passes, que residia ha
mezea na rua da Poeinha d'e»t«
cidade. Consta que o pae da suici-
da está no Brazil e tencionava vir
buacal-a. Ignora sa o nome e cau-
sa do suicidio.
R.
PORTO, 24 n.—-Ao «Diário II-
lu8trado».
A ccmmÍ88&o dos guardas fios
apresenteu boje para ser enviada
pelas vias competentes uma peti-
ção ao ministro das obras publicas
para que na nova r< forma seja me-
lhorada a situação da class«.
—Falleceu o abbíide de Vallon-
go- —Nas proximidades de Boticas
appareceu esfaqueado e cadaver
do uma crear.ç \ do 11 annos.
—A alfandega rendeu hoje réis
21:609*660.
R
Rosalina Rooa e Francisca Ma-
ria d1Assumpção, moradoras em
Campo d'Ounque, queixaram-se á
policia que os gatunos lhe tith*m
assaltado os quintaes, roubando-
lhe 6 gallinbas.
londres, 24. m.
Um telegramma de S. Petersbur-
go para o «Standard» diz presumir-
se alli que será escolhido o porto
de Ajaccio para estação da esquadra
russa do Mediterraueo.
Roma, 23, n.
0 conselho de ministros foi con-
vocado para ámanhã.
Lima, 23, t.
A populaça assaltou a legação e o
consulado da republica do Equador.
I^ondreSy 23, n.
A camara dos communs approvou
em terceira leitura o projecto de lei
das responsabilidades dos patrões.
(Bavas).
Klaltresqni do Chiado
Este antigo estabelecimento co-
meça hoje a vender grogs, café e
chá, por chavena.
Na presente estação não é má
idéa. — — —
Infante fi>. AÍTonso
Resa se ámanhã, pelas 11 ho-
ras da manhã, na egreja da En-
carnação, uma missa eui acção de
graças pelas melhoras de Sua Al-
teza o Infante D AfFonso, man-
dada rezar pela direcção da «Real
Associação Musical 11 de Março
de 1888», tocando no côro a ban-
da da mesma associação.
Desembarcou da canhoneira
«Rio Ave» o medico naval do 2."
classe Alberto Goulart de Medei-
ros, que foi nomeado para servir
no hospital da marinha.
Falleceu hontem o sr. Casimiro
Teixeira Basto, cunhado do sr.
A li re do de Moraes Pinto, nosso
collega do Pimpão.
Os nossos sentimentos.
queada8, e as publicações pagas
só se admittem sob reserva. An
nuncios recebem-se em casa de
Foush» t, Laffitte & C â, praça da
Bois», 8. #
E' um jornal grande, indepen-
dente, que apparece todos os diaa
Caminhos de ferro
Annuncia a companhia real que
desde 1 de janeiro proximo cessa-
rão tcd*8 as concessões de reduc-
ção sobre os preços da tarifa es-
tabelecidos em combinsção com a
companhia dos caminhos de ferro
da Beira Alta.
8 112—D. MARIA.
A kermesse.
0 leque.
AS' 8 i|2—TRINDADE.
0 duetto da africana.
0 lobishomem
Os morangos.
8 1|2—GYMNASÍ0.
Beneficio. A chave do parayso.
A lição aos genros.
8 t|2—AVKMDA.
. A Lenda do rei de Granada. 8 3|4—PRINCIPE REAL.
Beneficio.
Cambaia & C •.
8 3|4—THE ATRO DO RATO
0 conde Monte Christo.
A s 8 3|4—REAL C0LYSEU*
Companhia equestre, gymnastica,
acrobática *» cómica.
8 1|2—C0LYSEU DOS RECRblOS.
Lúcia de Lamermoor.
8 1|2—CIRCO (A' RIBEIRA NOVA).
Variado espectáculo pela compa-
nhia equestre, gymnastic*, acroba-
tica e cómica sob a direcção de mi.
Briatone.
SALA0 DO PH0NHGRAPH0 (Aveni-
da, 118, 120). Todos os dias.
JARDIM /íuOLOGICO. &xpv>siçRO 4e
taimaes. Vendas garantidas de ini-
maes, ovo*, plantas, sementes, etr
R -cebem-se animaes para depofíto.
Musica aos domingos e dias í,antifl-
evio^ Entrada 100 réis.
íyp. d« "Õiario lllastrado"
T. da ^oelmadA, SS
cssáE A. nm
Cirurgião dentista
d* suas magfstades e alt#zi8
«o» tio Arsenal, ÍOO. |%
pOLLOCAM-SK dentes desde utn
^ até á dentadura completa. Tra-
tamento espec al em moléstia n* bocoa.
Talheres
RE verdadeiro christofle e alfe-
^ nide de l » qualidade. Antiga
casa José: Alexandre, R. Garrett
Chiado), 10 e 12.
R ET R 0 Z El R O
IILTÍMS NOVIDADES
Kua Garrett (Chiado),
<;». í í
PREÇOS RASOAVKIS
Tu
"pNVlO-TE milhões de saudades
^ meu amor, e beijo-te com re-
Tomou no dia 23 o commando
da corveta «Sagres» o 1.° tenente
Aristides Paes de Faria, que lha
foi entregue pelo capitão da fra-
gata José Banto Ferreira d'Al-
meida, que hontem foz a sua apre-
sentação na secretaria do conse-
lho do almirantado.
áa 3 da t»rde, e da que é director conhecimento peio bem que me fa-
politico Carioa Lalou. 511" *erí?:,leí! £° cam.'-
E' o primeiro a dar a cotação
da Bolsa, e pubtíoa 2 romances
em folhetins.
Secretario da redacção Luciano
Nicot, da administração Gastão
Détang.
Principaes collaboradores: Luiz
Liéviu, deputado Miilerand, Ilen
rique Girard, Carlos Léopold,
Emilio Cère, Francisco Sareey,
Clóvis Hughes, Fulbtjrto Dumon-
toil, Emilio Goudeau, Jorge Gri-
sier, Henrique Gontier, Tneodoro
Cahu, Villemof, Fabrício Carré,
Paulo Ferrier, Victor Roger. Dan-
mesnil, D. Bonnaud, Gilberto
Mi.rtin e Jacques Valand.
Os assiguantes da província re-
cebem uma 2 a edição, feita espa-
cialmente para elles e que lhes dá
a analyse da camara e do senado,
cotação official da Bolsa o dos
mercados, etc.
uho que segues á ida, eu ficarei do
teu lado esquerdo.
Casas independentes
B'ara ramiUa* de tra-
tamento. Rua do Conme-
llieiro Nazareth, n.° 1, e
rua do Visconde de San-
to AmbroNio, n.° 93.
Teem todon on confor-
to* preclson. jardins e
entradas independen-
tes. Uendan convencio-
naefi- Tratar com o »e-
nliorio. M, dos Condes.
2 8. 2
S. Jorge d'Arroyos
No proximo domingo 26 do cor-
rente haverá n'esta egreja paro
chiai festa ao Sagrado Coração de
Jesus, promovida p.-Ia sua asso-
ciação o do accordo com o reve-
rendo prior, a qual é feita da fór-
ma seguinte:
A'a 8 lj2 da manhã communhão
geral, havendo depois missa reaa-
da á3 9 horaa.
A'i 11 1|2 festa ao Sagrado Co-
ração de Jesus, por musica vocal
e instrumental, sendo orador o re-
verendo José Lopes Semedo.
A's 5 horas da tarde sermão,
sendo orador o reverendo José
dos Anjos Gaspar Borges, termi-
nando a festividade com o byonno,
«Te-Deum Laudamus» e benção
do Santíssimo.
O Contro d'este Apostolado p da
a todos os zeladores e associados
dos outros C ntros se dignem as-
sistir a estes solemnes actos.
t
I^RANCISCO Teixeira Daste, suas A irmãs e cunhado, e Alfredo de
Moraes Pinto e sua mulher, partici-
pam a todos os parentes e amigos,
que foi Dsns servido levar d« vida
presente seu muito estremecido ir-
mão e cunhado Casimiro Teixeira
Basto, que se hade sepultar hoje,
25, ao cemiterio occidental, saindo
o préstito da rua de S. Bento, 59,
2 °, pelas 10 horas da manha.
A consternação que os enlucta
nào lhes deixa fazer convites es-
peciaes.
institute
TTNE jeune filie, étrangòre, di-
^ plomée pour I'allemand et lfe français sachant tré bien la musi-
que, désire se placer dans une bon-
ne famille.
S'adresser au bureau de ce jour-
nal sons les initiates A. P.
D. F.
A MEU amigo e R. devem estar
^ hoje as 7 t nde estiveram na G * feira 17. Vamos a B, visitar o
mano. Não faltem.
: ARB 0 NATAD AS SO D1 GAS - A L CALI N O - G AZ OS AS
LiTHiCAS; FERRUGINOSAS E ARSENICAES
Erancez
T]M\ senhora educada em Paris
^ ensina este idioira por um
aiethodo fácil e rápido. Dirigisse á
livraria Silva Junior, rua Áurea.
mêmmçm
&. 6. Birifiita < 1Mb
iô. Hua Áurea, 51
lIoDsuítorio ~
DK
En«cn!ierin, Archlleeta-
ra e llydraallca Axrt-
cola
DIRECTOR
Jacinto Ignacio Cabral, Engenheiro
Civil Rua Nova do Amparo n.m 6 1.*
(á Praça da Figueira)
lilwboa
Companhia Real dos
Caminhos de ferro
Portuguezes
N° ^ ^o proximo mez dc 11 dezembro, pela 1 hora da tar-
de, na estacão ae Lisboa (Rocio) pe-
rante a commissão administrativa
da Companhia, serão abertas as pro-
postas recebidas para o fornecimen-
to de (lir/zênlaN toneladas
cl© carvão de coke para
fundição.
As condições estão patentes em
Lisboa, na repartição central dos
armazéns, estação de Lisboa (Santa
Apolonia) e em Paris, na agencia da
Companhia, 28, rue Chateaudun.
Lisboa, 16 de novembro de 1893.
0 director geral da companhia,
Manuel Ajjonso d'Kspregueira.
Companhia Real dos
Caminhos de Ferro
Portuguezes
Fornecimento de materiais
"IVO dia (j do proximo me* de de- 11 zembro. pela 1 hora da tarde
na estação de Lisboa (Rocio) peran-
te a Commisão Administrativa da
Companhia, serão abertas as pro-
postas recebidas para o fornecimen-
to dos seguintes cinco lotes:
Lote n.° 1, 200 barricas de cimen-
to; lote n o 2, 924 taboas de pinho
da terra; lote n.° 3, tecidos diversos;
lote n.® 4, atanados, coiros e sola;
lote n 0 5, artigos para telegrapho e
relogios.
As condições e amostras estão em
Lisboa, na repartição central dos
armazéns, estação de Lisboa (Santa
Apolonia).
Lisboa, 22 de novembro de 1893.
0 Director Geral da Companhia.
Manuel A. d'Esprcgueira.
100 réis cada volume de 300 a 480 pagin
•
Romances publicados
FEOMT JUHIOB E S1SLSH SESXQB
Por Alphonse Daudet
(33« paK.)
UM TIRO 0E REVOLVER
Por Julio Mary
<32«» pas.)
0 CASTELLO DA RAIYA
Por L. Stapleaux
(351 paff.)
UM BEÂMA DE BEV0LUÇÃ0
Por Ernesto Daudet
(330 pn«.)
AS COSTUREIRAS
• Por Alexis Bouvier
<30fl pa?.)
CLOTILDE
Por Alphonse Karr
<3«S paff.)
0 GRANDE INDUSTRIAL
Por George Olinet
(31» pa«.)
O CRIME DO MOINHO
Por] Luiz Jacolliot
' (303 pa«.)
A M0ITE MALDITA
Por Julio Mary
<128 pajç.)
VJDAOO para doenças de fidago, vias digestivas, cólicas hepaticas e nephriticas, 3S»
• catarrho visical, cálculos urinários e hepaticas, e diabetes. O
VILLA VERDE indicadas para catarrho visigal, bronchites chronicas e enterites, ^
OURA para anemia, chlorose, lympbatismo e mal de pelle. m
SARROS0 para irritação intestinal, prisão de ventre, e enfermedades de pelle, õõ
&uito agradaveis, quer puras, quer mistura-
com vinhos
l'remiatl»H naw exponirõe» dc Vienna. 1'failadelpliia, Madrid, Pari»
1H1H: Kio de Janeiro, Limboa, medalha de ouro: UordeuM, diploma de laon
ra, e medalha de ouro: I*arin» 1S89. única concediad a Portugal.
Cada gxtrrafa com etiqueta a tinta azul tem na rolha marca
da a fogo Gmprexa dan Aguan de Vidago e no fundo da çar
rafa, em relevo
LISBOA: Azevedo Irmão & Veiga, rua Larga de S. Roque, 32—PORTO: Miguel Augusto Moreira
Vaz, praça de Carlos Alberto, 66—BRAGA, pharmacia de S. Marcos—COIMBRA, pharmacia Naza-
reth—CHAVES, pharmacia Pereira—VILLA REAL, pharmacia do hospital—o nas mais terras do
reino.
Correspondência á Empreza das Aguas do Vidago, e ao gerente da Empreza, Francisco Justino
Marques Nogueira, em Lisboa, rua Ivens, 30 2.° andar.
^gV TlNTIIRâ Vende-se
fSSgjl Ill«lUHn pOR 350^000, metade do custo,
' cu um magnifico landaunete com pouco uso e de boa construcção.
Hi rr>\r í vi it hrrm ftua das Janellas Verdes, 6.
MUDA a côr da barba branca, oc
de qualquer outra cor que se nãc
•oste nas côres castanha ou preta, con-
ibrme se desejar. E' uma prepara-
ção muito conveniente para se usar
o seu resultado é perfeito o i.uncs
nocivo á saúde.
Vende-se nas pnncipaes p harm ao ias
? loja.6 Oft perfumarias
Preço ôOO reis.
Agentes geraes JAMES Gas>Kí ,> .v
rua do Mousú?*«o da Silveira, 127.
V. — 1'orix?.
MALAGA
Por René de Pont-Jest
(361 pa».)
O GHAÍRLATÃO
Por Elie Berthet
(«»« pa«.)
OS DRAMAS DA BIGAMIA
Por Alexis Bouvier
(**S pas.)]
OS CAVALLEIROS DO NEVOEIRO
Por Mary Lafon
<3«a P*K.)
OS GAROTOS DE PARIS
Por Charles Deslys
(284 pag.)
O TIO ESFÓLLA
Por Paulo Sauniére
(322 pay.)
BERNARDO 0 ASSASSINO
Por Edmond Tarbé
pa$.)
ANJOS E MONSTROS
Por Alexis Rouvier
(292 pai?.)
A MULHER 00 ASSASSINO
Por Alexis Bouvier
<3l-« pas.)
ISTO PRELO
Sergio Panine, por George Ohnet.—-Os Amore» d'uma envenenado
r®, por Emilio Gaboriau.—A mulher de cera, por René de Pont
Jeat—O filho de Porthos% por Paulo Malinha.
Espera-se a 27 do corrente.
Para carga e passagens, traia-se
noCaes úebodré, 64,
Os agentes
R. Pinto Ba*to & fí *
OOMPRAM-SE com bom premio ou faz-se maior emprestimo sobre
^ todas as cautelas de penhores do Monte-pio Geral.
Casa de penhores
Rna da DMehola Polyteclinica. n.° 2. !.•
PARTICIPAM aos seus freguezes que acabam de despa-
char um importante sortimento de camisolas de lã de
tedos os tamanhos e qualidades para homens, senhoras e
creanças.
Dinheiro Iberia a 29 de novembro. | Galicia a 27 de dezembro.
-Orellana a 13 de dezembro. | .Potosi a 10 de janeiro.
0 paquete ORELLANA não recebe passageiros de segunda classe.
Os paquetes ORELLANA e POTOSI vão directamente a Montevideo e
por isso nào recebem passageiros para os portos do Brazil.
Estes paquetes também não recebem passageiros de 2.» classe.
Faz-s? í 6a ?iaiii&a ?sa \ri*jarca para »s h*** torssi
a 4a Fftfe.
NA de l.\ I.1 e 8.1 ria»*
magnifico* vapore*, ei(& ftaelaldo vinte* fe#Vf£
da comida» cama. roupa* ele»;
A berrf© ia vmR-íesftístólfcwwíÇ! pnlifMNfl c Btiâfs
tort i g»bi ac
COBRE ouro, prata, pedras pre
^ ciosas, mobílias, pianos, fa-
zendas, objectos d'arte, louças e to-
dos os demais artigos que possam
constituir caução, se empresta a ju
ro modico na nova
jviaaame cu/jer
CORSETTÉRE FRANÇAISE
26, Avenida (la Liberdade
A RRENDA SE a casa sita na rua
" Fresca, n.fí 22 e 24 (contigua
á rua de S. Beoto). Tem 18 compar-
timentos espaçosos, gaz, agua. re-
trete e pateo, renda módica. Trata-
ta se na rua da Quintinha, n.° 132.
De combinação com a companhia CUNARD de Liverpool
5agens com bilhetes directos para estes paquetes.J
O vapor
Dame étrangère piaoiste
da premier ordre, tíiplomce par
le gouvernement bavarois,
professeur pendant 4o ans
dans un d^s premiers pen-
sionnats d'AIIemagne cherche
des leçons de piano. Àdres-
ser R. Kl, à la redaction.
OS SIAN
Escriptorio. travessa da Queimada. 3»
Estão publicados \ volumes d'esta importante obra
LISBOA
Espera-se de 6 a 7 do corrente
KO PORTO |
«. & a» |
Boa do Intacto D. HtEffiqaa, 89 :
Chega de 26 a 27 do corrente.
Para carga, tr*ta-*e no Caes do
Sodré, 64, 1
Os agentes
E. Pinto Basto <& G.\
LIE30OA
PM * Btvt* a &
W, Ca* do HoAeèi W>,