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A IMPORTÂNCIA DO REAPROVEITAMENTO DA ÁGUA DA CHUVA
José Maurício do Couto Bemfica1
Gisela do Couto Bemfica2
RESUMO
Inúmeros estudos na área da construção civil têm demonstrado a necessidade e a importância de gerenciar a utilização da água de maneira mais efetiva e eficaz, proporcionando a racionalização e o combate ao desperdício e, consequentemente, a adoção de práticas mais sustentáveis. O objetivo deste estudo é analisar a importância do reaproveitamento da água da chuva no alcance da sustentabilidade sob a ótica da construção civil. A metodologia deste estudo foi realizada inicialmente a partir de uma pesquisa bibliográfica em livros, artigos científicos de bases de dados reconhecidas e periódicos que abordam os tópicos escolhidos. A pesquisa indica que o reaproveitamento da água oferece inúmeros benefícios, os mais importantes, porém, estão associados com o uso sustentável dos recursos híbridos, a redução da poluição hídrica nos mananciais, o incentivo à utilização racional da água potável para consumo direto e combate à erosão do solo e controle do processo de desertificação. Palavras-chave: reaproveitamento, água, chuva, construção civil.
ABSTRACT Numerous studies in the Construction area have shown the need and importance of managing the use of the most effective and efficient way to water, providing the rationalization and fighting waste and consequently the adoption of more sustainable practices. The aim of this study is to analyze the importance of rainwater reuse in achieving sustainability from the perspective of Construction. The methodology of this study was initially conducted from a bibliographic research in books, scientific papers databases recognized and periodicals addressing the chosen topics. Research indicates that the reuse of water offers numerous benefits, however, the most important are associated with the sustainable use of hybrid resources; reduction of water pollution in water sources; encouraging the rational use of drinking water for direct consumption; combat soil erosion and control of desertification. Keywords: Reuse. Water. Rain. Construction.
1 Mestre em Administração, professor do Curso de Engenharia e do Curso de Arquitetura da Universidade FUMEC
2 Especialista em Engenharia de Materiais e Segurança do Trabalho, professora do Curso de Engenharia da Escola de Engenharia Kennedy
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1 INTRODUÇÃO
É cada vez mais notória a escassez da água potável utilizada para consumo
humano, uma vez que o homem a vem utilizando inconscientemente e
irresponsavelmente. Essa situação preocupante é proveniente do aumento
crescente da população mundial e do crescimento do setor industrial que elevam
significativamente a demanda desse recurso que, quando aliada ao uso
insustentável da água, provoca sua escassez.
Apesar de a água se encontrar presente em 70% da superfície da Terra, uma
parcela mínima é considerada recomendável para o consumo direto dos seres vivos.
Revela-se, ainda, que boa parte da população ainda não se conscientizou desse
problema, contribuindo com a poluição, com o desgaste dos recursos naturais do
meio ambiente e com o desperdício da água, impactando-a negativamente, já que
ela não é um recurso infinito.
Baseado nessas informações, observa-se que a disponibilidade da água é um
dos temas mais debatidos e analisados, provocando a verdadeira necessidade de
incentivar e promover comportamentos e medidas sustentáveis acerca da
reutilização da água. Ao considerar que a utilização da água depende dos processos
de captação, tratamento e distribuição, afirma-se que o aproveitamento da água da
chuva pode ser efetivado de maneira simples e bastante viável, pois oferece baixo
custo conforme demonstram Fernandes; Medeiros Neto e Mattos (2007).
Para Villiers (2002), novos métodos de captação da água da chuva são
descobertos a cada dia, permitindo que a escassez da água seja combatida e que o
homem possa se beneficiar da viabilidade econômica de tal ação. Com isso,
constata-se que, à medida que a população se desenvolve, o uso da água torna-se
maior, exigindo que toda a sociedade desenvolva um senso sustentável e busque
novas soluções para o combate ao desperdício e reutilização da água,
administrando esse recurso de maneira integrada e benéfica, tanto para o ser
humano, quanto para o meio ambiente.
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Sob essa ótica, inúmeros estudos na área da construção civil têm
demonstrado a necessidade e a importância de gerenciar a utilização da água de
maneira mais efetiva e eficaz, proporcionando a racionalização e o combate ao
desperdício e, consequentemente, a adoção de práticas mais sustentáveis. Um dos
métodos mais comentados é a implantação de sistemas de captação da água da
chuva para ser utilizada em fins não potáveis, desenvolvendo a conscientização
ambiental dos indivíduos.
O objetivo deste estudo é analisar a importância do reaproveitamento da água
da chuva no alcance da sustentabilidade sob a ótica da construção civil.
A metodologia deste estudo foi realizada inicialmente a partir de uma
pesquisa bibliográfica, com o intuito de levantar os referenciais teóricos necessários
para aprofundar o conhecimento sobre a temática proposta. Para esse
embasamento, foram utilizados livros, artigos científicos de bases de dados
reconhecidas e periódicos que abordam os tópicos escolhidos.
2 PANORAMA SOBRE A ESCASSEZ DA ÁGUA
Considera-se que a água é um recurso indispensável para a sobrevivência de
todos os seres vivos no planeta Terra. Sua crescente demanda tem sido provocada
pelo crescimento das cidades e pelo desenvolvimento dos setores industrial,
agrícola e urbano. Dessa maneira, pelo seu quadro de escassez, o consumo da
água doce tem sido praticado de maneiras inconscientes, contribuindo para a falta
de água em várias regiões do planeta.
De acordo com Costa e Barros Junior (2005), a água, nos dias de hoje, é
considerada um bem econômico, pois uma sociedade depende dela para se
socializar, tornando-a um elemento valioso, não podendo ser comparada a qualquer
outro recurso.
Conforme relatam Fernandes, Medeiros Neto e Mattos (2007, p. 03) a vida do
ser humano se encontra intimamente dependente da água, pois “[...] em
praticamente todas as ações humanas a água está envolvida, desde para usos
domésticos como lavar roupa, descargas, banho, lavagem de automóvel; até mesmo
na produção de diversos bens industriais como alimentos e têxteis”.
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Segundo Grassi (2001, p. 31),
[...] a grande oferta fez da água a substância ideal para ser empregada como solvente universal na limpeza e transporte de praticamente todos os resíduos gerados pelo homem. Ao redor de todo o mundo, as cidades foram se estabelecendo e crescendo próximas a grandes cursos d’água. Até os dias atuais, após seu uso nas mais diversas atividades, a água ainda é geralmente descartada para o corpo receptor mais próximo, muitas vezes sem que passe por qualquer tipo de tratamento. Não obstante, é verdadeiro afirmar que o baixo custo associado ao uso de enormes quantidades de água tem sido um dos pilares do desenvolvimento de nossa sociedade.
Por meio da afirmação acima, é possível compreender que essa situação está
associada com a má distribuição da água na Terra, pois, mesmo sendo abundante,
algumas regiões apresentam uma oferta maior do que outras localidades. Além
disso, o uso irresponsável desse insumo também está voltado para a
disponibilização de modo superficial, gerando certas limitações em sua utilização.
Neste sentido, Brega Filho e Mancuso (2002) consideram que a escassez da
água e seu uso irresponsável prejudica o desenvolvimento das cidades, restringindo,
principalmente, o atendimento às necessidades do homem e degradando o meio
ambiente.
Cabe ressaltar que a Terra é o único planeta do sistema solar constituído por
70% de água superficial em seu estado líquido. Desta parcela, 97,5% da água de
nosso planeta é encontrada nos oceanos e mares, porém, por ser salgada, é
imprópria para o consumo humano. Por sua vez, a água doce é constituída por
apenas 2,5%, sendo que desta parcela, 2/3 são provenientes das calotas polares e
das geleiras e apenas 0,7% são constituídos por lagos, rios e reservatórios
subterrâneos, fontes direcionadas para o consumo humano (GRASSI, 2001).
Grassi (2001, p. 32) ainda enfatiza que a maior reserva de água do planeta
são os oceanos, “[...] onde a água tem um tempo de residência de aproximadamente
3 mil anos. Eles são ainda a fonte da maior parte do vapor d’água que aporta no
ciclo hidrológico”. A seguir, pode-se ter melhor conhecimento a respeito da
distribuição da água na Terra, como mostra a tabela 1.
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Tabela 1
Distribuição da água na Terra
Reservatórios Volume, km3 Percentual, %
Oceanos 1.320.305.000 97,24
Geleiras e calotas polares 29.155.000 2,14
Águas subterrâneas 8.330.000 0,61
Lagos 124.950 0,009
Mares 104.125 0,008
Umidade do solo 66.640 0,005
Atmosfera 12.911 0,001
Rios 1.250 0,0001
Total 1.358.099.876 100
Fonte - GRASSI, 2001, p. 32. (É preciso abrir a tabela tirando as verticais)
Diante desse cenário de escassez, segundo Rebouças (2003), o Brasil ainda
pode ser considerado um país privilegiado devido a sua vasta quantidade de
reservatórios de água doce, compondo 12% de toda a água doce mundial. No
entanto, sua distribuição nas regiões do País não é homogênea. Como exemplo,
cita-se a maior bacia fluvial do mundo, a do rio Amazonas, que, mesmo sendo
constituída por 80% do volume total das águas superficiais brasileiras, situa-se em
uma das regiões menos habitadas.
Segundo Keinert (2000), no Brasil, a gestão voltada para o abastecimento de
água e para o saneamento se instituiu a partir de um modelo estadocêntrico, que
buscava proporcionar melhores diretrizes para o destino final da água e dos dejetos,
combatendo contaminações nas fontes de captações e nos mananciais e,
consequentemente, o desenvolvimento de doenças e graves consequências
ambientais para toda a população.
Basicamente, o abastecimento da água deve seguir rigorosamente as
diretrizes do Plano Diretor de Água (PDA), o instrumento responsável por subsidiar
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os aspectos qualitativos e quantitativos das ações hidrotécnicas, sanitárias e
econômicas que fazem parte desse processo. Com isso, este documento deve ser
revisado e atualizado periodicamente, propiciando o levantamento da situação atual
das comunidades e da capacidade de atendimento do sistema, bem como para
garantir as projeções de cenários responsáveis pela estratificação do consumo e
demandas futuras (CANTO e CANTES, 2008).
Com isso, é possível realizar a análise de suficiência, permitindo o
estabelecimento de normativas para a expansão dos sistemas de abastecimento de
água e também do esgotamento sanitário. Cabe ressaltar que essa avaliação deve
considerar, não apenas a suficiência dos equipamentos e instalações técnicas, mas
também o impacto ambiental causado e a viabilidade econômica proporcionada
(CANTO e CANTES, 2008).
Uma vez que as demandas de abastecimento de água se encontram
diretamente ligadas ao desenvolvimento urbano, cabe à gestão pública controlar a
dinâmica de crescimento das cidades para identificar mudanças efetivas que devem
ser praticadas a fim de melhorar a distribuição desse recurso considerado
indispensável para a população. É de sua responsabilidade ainda minimizar as
situações de insalubridade e de risco à saúde das comunidades que estão alojadas
próximas à infraestrutura de saneamento.
A Lei Federal n. 11.445/2007 é responsável por delimitar as atividades
desenvolvidas no abastecimento de água potável, bem como do esgotamento
sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, e drenagem e manejo das
águas pluviais urbanas. Por sua vez, o Decreto n. 7.217/2010 regulamenta a lei
citada, apresentando as normativas para as atividades de planejamento, regulação,
controle social, prestação dos serviços e aspectos econômicos e financeiros
direcionados para os serviços públicos municipais.
Diante disso, para que os sistemas de abastecimento de água e saneamento
alcancem a eficiência, é fundamental que sua infraestrutura apresente os aspectos
determinados pela legislação, aumentando os índices de cobertura na distribuição,
alcançando a universalização e integralidade dos serviços públicos.
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3 APLICAÇÕES DO REUSO DA ÁGUA
São inúmeras as aplicações do reuso da água, mas, para que qualquer ação
ou programa de conservação e reutilização deste insumo é imprescindível que
sejam considerados tantos os aspectos legais e institucionais quanto os técnicos e
econômicos, visando analisar o custo/benefícios das medidas de reuso
independentemente do ambiente.
Dessa maneira, as técnicas e aproveitamento e de tratamento devem
assegurar a devida qualidade da água para cada fim específico. A seguir
apresentam-se os usos mais comuns para a prática do reuso da água.
3.1 Uso doméstico
Os maiores desperdícios da água nas residências são provenientes dos
vazamentos de torneiras e canos, do uso inconsciente da descarga, da lavagem em
excesso de calçadas e carros e da irrigação de grandes áreas verdes dentre outros.
Observa-se, então, que medidas simples podem contribuir significativamente para o
reuso da água, visto que essas ações podem ser combatidas por meio da
manutenção correta de torneiras e encanamentos, além da construção de cisternas
para o armazenamento da água da chuva para ser aproveitada no restante das
ações que podem ser praticadas sem manter um tratamento específico.
Segundo Mota, Manzanares e Silva (2006, p. 25), “[...] muito da água potável
utilizada dentro das casas vai, literalmente, pelo ralo. Cerca de um terço, chegando-
se até a metade de toda água consumida por uma casa é utilizada nos chuveiros”.
Como exemplo, Fiori, Fernandes e Pizzo (2006) citam o desvio da água do
ralo do chuveiro passando por filtros e tratamentos simples e fáceis de instalar para
a utilização dessa água em vasos sanitários ou podendo ser utilizada para inúmeros
fins.
Em relação aos esgotos domésticos, afirma-se que a reutilização da água
deve ser garantida por um tratamento complexo que exige a total recuperação das
águas residuais, garantindo um reuso com a qualidade necessária para a população.
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Os sistemas de tratamento de esgotos domésticos são constituídos por etapas
específicas que, de modo geral, tem início na separação dos dejetos sólidos e
líquidos, havendo, em seguida, a desinfecção da água por meio de processos
físicos, químicos e biológicos.
3.2 Uso industrial
No Brasil, os diversos problemas ambientais direcionados às práticas do setor
industrial apontam para a escassez híbrida, uma vez que muitas empresas, além de
contribuírem para a degradação do meio ambiente via poluição dos rios, utilizam a
água de maneira inconsciente e irresponsável como se esse insumo fosse infinito.
Dessa maneira, existe a preocupação de as indústrias desenvolverem medidas que
visem à conservação e reutilização da água.
Na indústria, a água pode ser utilizada para inúmeros fins como: consumo
humano, matéria-prima, fluído auxiliar, geração de energia, fluído de aquecimento,
fluído de resfriamento, rega de áreas verdes, combate a incêndios etc. Então,
observa-se que a quantidade de água para atender todas as atividades e tarefas
industriais deve ser elevada, mas varia de acordo com o segmento de atividade da
organização, com a capacidade de produção, tecnologias de produção,
infraestrutura, cultura organizacional etc (GUIDOLIN, 2000).
Como as indústrias são importantes usuários de água, é muito importante
que, entre suas inúmeras atividades, a conservação da água e sua reutilização seja
praticada, alcançando padrões sustentáveis e responsáveis por meio de ações
eficientes e racionais, pois as industriais atualmente devem ser capazes de garantir,
não somente a quantidade, mas também a qualidade da água captada do meio
ambiente, permitindo que ela seja devolvida ao seu local de origem de maneira
correta.
Para Costa e Barros Junior (2005, p. 86),
[...] no que diz respeito ao uso de água na indústria, torna-se mais fácil aplicar formas mais econômicas de utilização, evitando desperdícios, através da recirculação ou reuso. Por exemplo, na refrigeração de equipamentos, na
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limpeza das instalações etc. Essa água reciclada pode ser usada na produção primária de metal, nos curtumes, nas indústrias têxteis, químicas e de papel.
Dessa maneira, o desenvolvimento de Programas de Conservação e Reuso
de Água deve ser praticado nas indústrias que desejam contribuir para a
preservação do meio ambiente e melhorar seus benefícios econômicos via aumento
da sustentabilidade e redução dos gastos com a água comercial e a energia,
aumentando, assim, sua eficiência energética e produtiva. Dentre as consequências
diretas desse programa estão a diminuição do consumo de água e a produção de
efluentes e dejetos gerados e, como consequências indiretas, está a redução do
consumo de energia e de despesas.
Um Programa de Conservação e Reuso de Água (PCRA) é composto por um conjunto de ações específicas de racionalização do uso da água na unidade industrial, que devem ser detalhadas a partir da realização de uma análise de demanda e oferta de água, em função dos usuários e atividades consumidoras, com base na viabilidade técnica e econômica de implantação das mesmas (FIESP, 2012, p. 30).
Essas ações, além de contribuírem para o desenvolvimento sustentável,
permitem que seja aumentada a disponibilizada hídrica à sociedade por meio da
diminuição da captação das águas superficiais ou subterrâneas, contribuindo
também para o benefício econômico de reduzir significativamente as despesas com
água, energia e, até mesmo, insumos químicos.
3.3 Uso agrícola
De acordo com Grassi (2001), em todo o planeta, o segmento agrícola é o
que mais utiliza a água em suas atividades e tarefas, sendo que a irrigação faz uso
de aproximadamente 69% da água de alta qualidade da Terra. Para o autor, a ação
de irrigar a lavoura envolve o uso consuntivo em que a água não pode retornar para
seu local de origem.
Sobretudo, essa atividade depende “[...] do método de irrigação empregado. A
natureza do solo, o tipo de requerimentos das diferentes culturas e os índices de
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evaporação das regiões são elementos importantes para se definir o consumo de
água para irrigação” (BERNARDI, 2003, p. 08).
Diante desse cenário, o uso consciente da água para irrigação também é um
método para a conservação e reuso da água, pois,
[...] por meio da irrigação, pode-se intensificar a produção agrícola, regularizando, ao longo do ano, as disponibilidades e os estoques de cultivares, uma vez que esta prática permite uma produção na contraestação. Além disso, a agricultura irrigada reduz as incertezas, prevenindo o agente econômico (irrigante) contra a irregularidade das chuvas, anual e interanual (BERNARDI, 2003, p. 08).
Cabe afirmar, então, que o reuso de águas residuais no segmento agrícola
tem beneficiado cada vez mais as plantações espalhadas em todo o mundo,
principalmente em locais onde o clima é árido ou semiárido. Isto deve-se ao fato de
que, nessas regiões, a precipitação da água não é suficiente para atender as
demandas de seu cultivo, necessitando de um gerenciamento dessas águas para
manter a produtividade agrícola.
Costa e Barros Junior (2005, p. 86) relatam que “[...] nas regiões áridas e
semiáridas, devido à escassez de água de boa qualidade, incentiva-se o uso, na
irrigação, de água salina, a qual pode ser de origem subterrânea, residual bruta ou
tratada”.
Os autores ainda afirmam que a utilização da água em plantações via
irrigação pode provocar um desperdício de 60% de toda a quantidade destinada
para tal fim, pois a água é utilizada em excesso ou, muitas vezes, fora do período de
necessidade, em horários incorretos ou de maior evaporação, com prática de
metodologias inadequadas e manutenção dos sistemas de irrigação insuficientes.
Esses problemas demonstram que apenas 40% da água utilizada é realmente usada
para as culturas irrigadas.
Portanto, além do aproveitamento da água, é preciso que o segmento
agrícola planeje de modo integrado suas ações, visando identificar os melhores
horários e uma quantidade mais precisa para atender as necessidades das plantas.
Assim, conforme demonstra Bernardi (2003), muitos efluentes agrícolas
podem ser tratados e utilizados para as seguintes atividades:
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- irrigação superficial de alimentos;
- irrigação superficial de pomares e vinhas;
- irrigação superficial de pastos, forragens, fibras e grãos;
- dessedentação de animais.
3.4 Recarga de aquíferos
Apesar de pouco conhecida, a recarga de aquíferos por meio de águas
tratadas pode ser praticada para inúmeros fins, contribuindo, não somente para o
aumento da disponibilidade e armazenamento hídrico, mas também para o equilíbrio
da salinização em reservas costeiras e controle da erosão do solo.
Bernardi (2003) afirma que essa prática pode ser usada em várias regiões
que são normalmente abastecidas por águas subterrâneas onde a recarga dos
aquíferos é realizada visando a elevação da impermeabilização das áreas.
4 A NECESSIDADE DO REUSO DA ÁGUA
Considera-se que as reservas hídricas de boa qualidade só podem ser
encontradas em rios, lagos, lençóis freáticos e em outras localidades que, se
comparadas com os oceanos e mares, são ligeiramente menores. Assim, é possível
observar, nos dias de hoje, que muitas ações do ser humano poluem essas reservas
de maneira notória e, quando aliadas ao uso irracional que prejudica o desperdício,
podem contribuir ainda mais para a degradação do meio ambiente e para a
escassez da água.
Além disso...
Tão ou mais importante que a questão envolvendo a quantidade de água disponível, apresenta-se também a questão da qualidade da água disponível. A qualidade da água ao redor de nosso planeta tem se deteriorado de forma crescente, especialmente nos últimos 50 anos. Problemas relacionados com a poluição da água se intensificaram principalmente após a Segunda Guerra
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Mundial, quando foram observados aumentos significativos nos processos de urbanização e industrialização (GRASSI, 2001, p. 34).
Com isso, surge a necessidade de o homem desenvolver novos métodos e
instrumentos que visem à preservação da água, fazendo com que a população a
utilize apenas para objetivos nobres e realmente necessários como beber, escovar
os dentes, tomar banho, na fabricação de remédios e alimentos. No entanto, isso
não significa que a água não poderá ser utilizada para outras atividades ou
segmentos. O que se propõe aqui é que o reuso seja utilizado, objetivando a
reutilização da água em fins secundários, em que o padrão de qualidade da água é
relativamente baixo por não ser consumida pelo ser humano.
Segundo Mota, Manzanares e Silva (2006, p. 24) “[...] o reaproveitamento ou
reuso da água é o processo pelo qual a água, tratada ou não, é reutilizada para o
mesmo ou outro fim com o objetivo de reduzir o desperdício de água tratada”.
A conservação da água apresenta um papel fundamental no processo de
reutilização da água estando diretamente associada aos métodos de
reaproveitamento, uma vez que a tecnologia empregada nessas técnicas auxilia na
aquisição da eficiência do seu uso. Dessa maneira, conservar a água e reutilizá-la
significa que o ser humano é capaz de atuar de modo produtivo na preservação do
meio ambiente.
Por meio do reuso da água pode-se aumentar significativamente o uso desse
insumo de maneira direta, além de permitir aumentar a disponibilidade da mesma
para outros fins e diferentes usuários e, ao mesmo tempo, atender o crescimento
populacional e industrial de um país. Por isso, as iniciativas de racionalização e
reuso da água são importantes para a população e para a natureza.
Dessa maneira, “[...] a grande vantagem da utilização da água de reuso é a
de preservar água potável para atendimento de necessidades que exigem a sua
potabilidade, como para a ingestão direta ou preparo de alimentos” (MOTA,
MANZANARES e SILVA, 2006, p. 25).
É importante afirmar também que a conservação da água oferece inúmeros
benefícios, dentre eles:
- redução da quantidade de água extraída das reservas de água doce;
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- redução do consumo de água por toda a população;
- combate ao desperdício da água;
- aumento da eficiência do uso da água;
- aumento das atividades de reuso da água;
- combate a poluição da água.
De acordo com Costa e Barros Junior (2005), a conservação da água e seu
reuso podem ser influenciados por resíduos poluidores das reservas hídricas
formados por substâncias que podem ser de origem química, orgânica e inorgânica,
provenientes do segmento industrial, doméstico, hospitalar ou agrícola. Assim, é
fundamental que as atividades de reuso visem o descarte correto da água
contaminada e reutilização apenas do devido insumo.
A orientação das ações de reuso deve ser realizada, se preciso, por
profissionais competentes que estarão aptos a planejarem medidas que poderão
concretizar um tratamento realmente eficaz.
O intenso uso e exploração dos recursos hídricos, já limitados, nas atividades de produção e consumo estão degradando-os, sem um consciente reflexo dessa perda coletiva no sistema de preços. Diante disso, revela-se premente a necessidade de reduzir a poluição hídrica, buscar alternativas viáveis de aumento da oferta de água e definir melhor alocação de recursos, relacionando o preço do bem e do serviço produzido com a qualidade e quantidade do recurso natural (BERNARDI, 2003, p. 03).
É preciso, porém, ressaltar que o reuso da água não é um conceito atual para
o planeta Terra, visto que o meio ambiente, desde o início de sua existência, já
realizava a renovação desse recurso natural ao longo de seu ciclo hidrológico com
bastante eficiência.
Em algumas partes do mundo, muitas cidades, plantações e indústrias são
abastecidas por meio desse ciclo hidrológico comentado no capítulo anterior. Essa
forma indireta de reutilização da água funcionou durante muitos anos, mas, com o
aumento da população, uso incorreto da água e condições climáticas deficientes,
esse sistema se demonstrou insuficiente, contribuindo para a exploração dos
recursos naturais irresponsavelmente.
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Além da falta de água, outros problemas também agravaram o quadro de
escassez da mesma, como a falta de tratamento adequado aos efluentes urbanos e,
principalmente, o aumento da poluição que assombra todo o planeta. E cidadãos e
indústrias se desfazem dos dejetos da maneira mais fácil para si, acabando por
prejudicar a renovação da água de maneira natural.
Para Bernardi (2003, p. 06) “[...] no Brasil deve-se ainda trabalhar
socialmente a cultura de reuso de água que, apesar de ser uma prática inconsciente
utilizada há vários anos (reuso não planejado), há preconceito quanto à sua forma
de utilização por parte do público consumidor”.
A World Health Organization ─ WHO ─ (1973) afirma que a reutilização da
água pode ser realizada de várias maneiras, dentre elas:
- reuso indireto: neste método, a água já utilizada uma ou várias vezes é
despejada em mananciais superficiais ou subterrâneos e reutilizada novamente;
- reuso direto: a utilização da água é planejada e deliberada através de
esgotos que são devidamente tratados para se tornar água potável novamente;
- reciclagem interna: envolve a reutilização da água interna visando o uso
consciente da água.
Assim, entende-se que o reuso da água oferece inúmeros benefícios, tanto
para a população, quanto para o meio ambiente, envolvendo aspectos econômicos,
sociais e ambientais. Dentre as vantagens mais notórias estão o uso sustentável dos
recursos híbridos, a redução da poluição hídrica nos mananciais, o incentivo a
utilização racional da água potável para consumo direto e o combate à erosão do
solo e controle do processo de desertificação.
De maneira mais detalhada podem-se dividir os benefícios do reuso da água
em: benefícios ambientais e econômicos.
• Benefícios ambientais:
- reduz o descarte de dejetos industriais em reservas de água, permitindo
que sua qualidade seja mantida;
- reduz a quantidade de água superficial e subterrânea captada,
contribuindo para a preservação dos recursos naturais;
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- aumento da quantidade da água destinada aos fins mais nobres e
exigentes.
• Benefícios econômicos:
- redução dos custos com a água comercializada, tanto para o segmento
industrial e agrícola, quanto doméstico;
- mudança nos padrões de consumo;
- aumento das oportunidades dos produtos brasileiros nos mercados
internacionais.
Diante de todos esses benefícios, é preciso considerar que o reuso da água,
quando direcionado para as águas de péssima qualidade, deve ser tratado de
maneira adequada, como é o caso dos esgotos domésticos que precisam enfrentar
um processo de tratamento complexo para que esse elemento possa ser reutilizado
de modo seguro.
5 SISTEMA DE APROVEITAMENTO DA ÁGUA DA CHUVA
A utilização da implantação de sistemas de aproveitamento da água da chuva
é bastante comum em regiões semiáridas pelo fato de que, nessas regiões, é notória
a escassez hídrica, principalmente nas zonas rurais. Entretanto, esses sistemas
estão sendo usados para a reutilização da água da chuva em cidades, podendo ser
praticada por empresas, organizações e, até mesmo, residências domésticas.
O que se vê atualmente é que, nas áreas urbanas, a água da chuva é pouco
infiltrada pelo solo, provocando o escoamento pelas ruas e causando grandes
enchentes. Para combater esses problemas, o ideal seria que o solo fosse
impermeável, capaz de absorver parte da água da chuva, abastecendo os lençóis
subterrâneos. Assim, demonstra-se que a captação da água da chuva não oferece
apenas os benefícios econômicos de reduzir as tarifas da água comercial, mas
contribui para o meio ambiente e para a devastação de inúmeras cidades
provocadas pelas enchentes.
Cardoso (2009) afirma que esse sistema envolve quatro etapas, dentre elas:
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- captação: em que a água é recolhida. Normalmente, é realizada nos
telhados;
- transporte: envolve a fase em que a água é conduzida por calhas ou
tubulações;
- armazenamento: quando a água é armazenada em cisternas;
- tratamento: fase em que a água recebe algum tratamento se necessário.
O autor ainda afirma que a utilização da água da chuva está associada a sua
qualidade, sendo impactada pelas “[...] condições de poluição atmosférica da região;
do tipo, materiais e frequência de limpeza da superfície de captação, da calha e da
tubulação que transporta a água até o reservatório e dos cuidados no manuseio e
armazenamento da água” (CARDOSO, 2009, p. 02).
Pinhel et al. (2007) afirmam que a captação de água da chuva dos telhados é
a maneira mais simples e bastante utilizada, uma vez que a estrutura já construída
reduz relativamente o custo de implantação desses sistemas, facilitando o
aproveitamento da água. No entanto, os autores revelam que é fundamental o
descarte dos primeiros milímetros de chuva captados, minimizando, assim, a
possibilidade de sujeiras e outros insumos serem armazenados no reservatório,
prejudicando a qualidade da água.
Uma das formas mais simples de sistemas de coleta e aproveitamento de água da chuva é através dos telhados. A água da chuva cai nos telhados e escoa por condutores verticais e horizontais (calhas) que direcionam a água para um reservatório, o qual pode ser construído a partir de diferentes materiais, dentre eles, a alvenaria de tijolo, aço, polietileno ou o concreto armado. A quantidade de água coletada pelo sistema depende do tamanho da área de captação (telhados, laje de edificação, calçadão, dentre outros), da precipitação pluvial do local e do coeficiente de Runoff, ao passo que, para determinar o dimensionamento da cisterna que receberá a água da chuva, usam-se como base de cálculo a área de captação, a média de precipitação na região e a demanda mensal do prédio em que se pretende instalar o sistema de aproveitamento (FERNANDES, MEDEIROS NETO e MATTOS, 2007, p. 05).
Um sistema simplificado de captação da água da chuva pelo telhado é
composto de uma estrutura que permite a inserção de calhas que levam a água para
os condutores verticais e horizontais, responsáveis por transportá-la para os
reservatórios e cisternas, conforme demonstrado na figura 1.
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Figura 1 – Sistema de captação da água da chuva em telhados
Fonte – CARDOSO, 2009, p. 07.
Com base na figura 1, nota-se que as calhas e os condutores verticais
utilizados para o recolhimento e o transporte da água são instalados de modo
semelhante em todos os tipos de telhados. A diferença se encontra normalmente na
inclinação dos teclados, onde esses elementos deverão ser dimensionados de
acordo com a inclinação dos mesmos, visando, assim, o melhor aproveitamento
possível da captação.
Cabe enfatizar que, atualmente, existem inúmeros tipos de reservatórios cujo
objetivo é armazenar corretamente a água da chuva. Dentre os mais utilizados estão
as cisternas e as caixas d’água pré-fabricadas. Entretanto, Silva (2006) demonstra
que as cisternas são mais viáveis, pois podem ser construídas de acordo com a
necessidade do sujeito e apresentam um custo significativamente mais baixo do que
os reservatórios pré-fabricados. Sobretudo, as cisternas permitem que a água fique
fresca, pelo fato de estarem um pouco abaixo do nível da terra. O autor considera
também a necessidade de instalação de um dispositivo automático que vise o desvio
dos primeiros milímetros de chuva captados a fim de descartar a água contaminada.
Por sua vez, Andrade Neto (2004) relata que esse dispositivo automático é
considerado uma barreira física cuja função é proteger as cisternas da
contaminação, existindo os mais variados tipos de filtros no mercado, podendo ser
mais simples ou mais sofisticados. Basicamente, seu funcionamento envolve
determinado selo hídrico que auxilia no desvio da água suja para um pequeno
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reservatório, enquanto a água boa irá se deslocar para um reservatório ligeiramente
maior.
Dentre os filtros disponíveis no mercado, Cardoso (2009) elege o filtro tipo
Vórtex como um dos melhores. Este filtro é instalado na jusante dos condutores
verticais, assim como na entrada da cisterna, mantendo o objetivo que separa a
água impura da água pura. Existe também a possibilidade de instalar um filtro de
descida que contribuirá ainda mais para a filtração das substâncias.
Figura 2 – Filtros
Fonte – CARDOSO, 2009, p. 19.
De acordo com Cardoso (2009, p. 19) a retirada da água das cisternas de
maneira correta “[...] deve ser realizada de maneira a minimizar ao máximo a sua
contaminação. Sempre que possível é interessante que essa água seja bombeada e
encaminhada diretamente para o ponto de consumo”.
Assim, considera-se que as áreas urbanas passaram a se dedicar à
instalação de sistemas de aproveitamento da água da chuva visando o benefício
econômico e ambiental, contribuindo com isso, a cada dia, para o desenvolvimento
sustentável. A realidade demonstra que esses sistemas podem economizar na conta
de água e, ao mesmo tempo, reduzir a degradação do meio ambiente.
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6 CONCLUSÃO
Por meio deste estudo, pode-se concluir que a água é um recurso natural
fundamental para a existência de todos os seres vivos no planeta Terra. Dessa
maneira, a população mundial tem aumentado sua demanda devido ao crescente
desenvolvimento das cidades e de diferentes segmentos comerciais, contribuindo
significativamente com um quadro de escassez, em que o consumo desse valioso
recurso tem sido praticado de maneira inconsciente e irresponsável.
Diante desse cenário, muitos estudiosos e indivíduos preocupados com a
preservação da natureza têm realizado inúmeros debates acerca desse tema,
exigindo novas medidas que visem o combate à degradação dos recursos naturais
da Terra. Assim, identificou-se a necessidade de promover e incentivar a prática de
ações que visem o reaproveitamento da água da chuva, visto que um sistema de
coleta dessa água pode ser implantado em residências a baixo custo, permitindo
obter vantagens econômicas, mas principalmente ambientais.
Dessa maneira, o reuso da água foi colocado como importante estratégia de
preservação da água, sendo que toda a população tem a função de exercer medidas
que visem à conservação dos recursos naturais do meio ambiente.
Cabe enfatizar que a tecnologia também está sendo utilizada para
desenvolver métodos mais inovadores e vantajosos para a reutilização da água,
considerando que os custos de investimento são facilmente recuperados com o uso
consciente da água.
O maior benefício do reuso da água é garantir a preservação da água doce
potável, destinando a mesma para necessidades mais exigentes, como é o caso da
ingestão direta e preparo de alimentos. O reaproveitamento da água oferece
inúmeros benefícios, porém os mais importantes estão associados com o uso
sustentável dos recursos híbridos; a redução da poluição hídrica nos mananciais; o
incentivo à utilização racional da água potável para consumo direto e o combate à
erosão do solo e ao controle do processo de desertificação.
Por meio do reaproveitamento da água da chuva é possível aumentar a
capacidade de disponibilização desse insumo de modo direto, contribuindo também
para o aumento da quantidade de água para outros usuários e fins, atendendo toda
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a demanda do crescimento populacional e industrial de um país. Por esses motivos
é que as medidas de reaproveitamento da água são importantes para a população e
para a natureza.
REFERÊNCIAS
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