A estrategia para enfrentar o aprofundamento da crise mundial

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Ministro Mantega fez essa apresentaçao para planejamento do governo para ategia para enfrentar o aprofundamento da crise mundial.

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Guido Mantega Ministro da Fazenda

A estratégia para enfrentar o

aprofundamento da crise mundial

Câmara dos Deputados

Brasília, 23 de novembro de 2011

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Países avançados não superaram a crise de 2008 e estão tendo uma recaída. Correm o risco de:

• Longo período de baixo crescimento, com possibilidade de recessão.

• Mergulharem numa crise da dívida soberana.

• Enfrentarem nova crise financeira.

O quadro pode se agravar se houver nova (ou velha) crise financeira na Europa, na esteira da dívida soberana de alguns países.

Economia mundial deteriorou-se nos últimos meses

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Existe grande apreensão quanto ao risco de contágio para grandes economias europeias, como Itália, Espanha ou mesmo a França.

Líderes europeus estão se movendo, mas ainda é necessária maior agilidade e determinação.

O Banco Central Europeu deveria atuar com mais flexibilidade e ousadia.

O Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF) pode ajudar, se for ampliado dos atuais €440 bilhões para mais de € 1 trilhão.

Contudo, as dificuldades políticas e a falta de ousadia podem levar ao pior cenário de uma nova crise financeira.

Hoje, o epicentro da crise está na Europa

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Estimativas do crescimento do PIB, em % a.a.

Fonte: FMI World Economic Outlook (Setembro 2011)

Elaboração: Ministério da Fazenda

Melhor cenário: Baixo crescimento das economias avançadas e maior dinamismo das economias emergentes

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Os países emergentes começam a ser afetados, em maior ou menor medida, o que pode levar a crise internacional para um novo patamar.

Redução dos mercados

Redução do comércio internacional – acirramento da concorrência

Políticas monetárias expansionistas

Redução do crescimento

Guerra cambial

Efeitos sobre os países emergentes

6

Crescimento do PIB, variação trimestral em relação ao mesmo trimestre do ano anterior

Fonte: FMI

Elaboração: Ministério da Fazenda

Economias emergentes crescem acima da média

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Em US$ bilhões

Fonte: MDIC

Elaboração: Ministério da Fazenda

* Acumulado em 12 meses até setembro de 2011.

Instabilidade externa e guerra cambial prejudicam a indústria brasileira de manufaturados

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Licenciamento de veículos nacionais e importados, em mil unidades

Fonte: Anfavea

Elaboração: Ministério da Fazenda

Redução do IPI para fábricas com investimentos em inovação e componente local

Brasil: 5º maior mercado mundial

9

Investimentos das montadoras e média anual, em US$ bilhões

Fonte: Anfavea

Elaboração: Ministério da Fazenda

* Investimentos programados

Maior investimento das montadoras no Brasil

Brasil: 6º maior produtor mundial

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RESERVAS INTERNACIONAIS de US$ 350 bilhões (2008: aproximadamente US$ 200 bilhões)

MERCADO INTERNO relevante:

• Vendas no varejo continuam crescendo.

• Depende menos do mercado externo do que outros países.

Solidez do SISTEMA FINANCEIRO brasileiro

Baixo endividamento externo do setor público

Maior confiança no Brasil: Novo rating da Standard & Poor´s

Brasil está mais preparado para enfrentar a crise

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Fonte: IBGE

Elaboração: Ministério da Fazenda

Revisão do PIB pelo IBGE

20,0

18,1 18,8

16,9

12

Comparativo do Valor pago*, em R$ bilhões

Fonte: SOF

Elaboração: Ministério da Fazenda

* Data de referência de 2011: 11/11

Data de referência dos demais anos: 31/10

Execução orçamentária do PAC 2

4,4

8,5 11,4

17,7

21,6

0

5

10

15

20

25

2007 2008 2009 2010 2011

13

Criação líquida de empregos, em milhões de postos de trabalho

Fonte: RAIS e CAGED do MTE

Elaboração: Ministério da Fazenda

* Dados de 2011 referem-se apenas aos empregos celetistas informados pelo CAGED até outubro.

Mesmo com arrefecimento do crescimento, criação de empregos é forte

0,9 1,9 1,8 1,9 2,5 1,8 1,8 2,9 1,9 0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011*

14

CDS de 5 anos (Credit Default Swap), em pontos-base

Fonte: Bloomberg

Elaboração: Ministério da Fazenda

Confiança no Brasil

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CONSOLIDAÇÃO FISCAL

• Fazer bons RESULTADOS PRIMÁRIOS em 2011-2014.

• Contenção de novos GASTOS DE CUSTEIO.

• Abrir espaço para a continuação dos INVESTIMENTOS E DESONERAÇÕES.

• Criar condições para REDUÇÃO DOS JUROS.

Elevação dos investimentos públicos.

DEFESA COMERCIAL: ações da Receita Federal e do MDIC

Estratégia brasileira para enfrentar a crise

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Resultado primário do Governo Central

Fonte: STN (resultado apurado acima da linha)

Elaboração: Ministério da Fazenda

Fortalecer os fundamentos: perseguir resultado fiscal sólido de 2011 a 2014

R$ 91,8 bilhões

R$ 86,6 bilhões (94%)

R$ 11,3 bilhões

Meta 2011 Realizado atéoutubro

Outubro de 2011

17

Dívida líquida do setor público, em % PIB

Fonte: Banco Central do Brasil

Elaboração: Ministério da Fazenda

*Saldo em setembro de 2011

Dívida do setor público declinante

60,4 54,8 50,6 48,4 47,3 45,5 38,5 42,8 40,2 37,2 30

35

40

45

50

55

60

18

Crescimento do PIB, em %, trimestre em relação ao trimestre anterior

Fonte: IBGE

Elaboração: Ministério da Fazenda

* Estimativas

Novas medidas de estímulo

0,40%

0,70%

1,20%

0,80%

0,00%

0,30%

0,60%

0,90%

1,20%

1,50%

3T 2010 4T 2010 1T 2011 2T 2011 3T 2011* 4T 2011*

0,30%

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Taxa de juros (SELIC), em % a.a.

Fonte: Banco Central do Brasil

Elaboração: Ministério da Fazenda

Redução da taxa de juros

18,00

26,50

16,00

19,75

11,25

13,75

8,75

10,75

11,50

6

11

16

21

26

31

20

Fonte: SPE/MF

Elaboração: Ministério da Fazenda

Tendência de queda na taxa de juros real

21

Curva DI de juros futuros, em % a.a.

Fonte: STN

Elaboração: Ministério da Fazenda

Queda das expectativas das taxas de juros

9,8

10,3

10,8

11,3

11,8

12,3

12,8

22/11/2010

21/10/2011

22/11/2011

22

Depósitos compulsórios no Banco Central, em R$ bilhões

Fonte: Banco Central do Brasil

Elaboração: Ministério da Fazenda

Brasil dispõe de instrumentos de política monetária

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Administração dos fluxos de capitais

Brasil Maior • Desoneração • Crédito aos investimentos e ao capital de giro • REINTEGRA e desoneração da folha de pagamentos • Compras governamentais

Ampliação do simples e do MEI: desoneração da pequena empresa

Agenda tributária: ICMS • Interestadual para importações: Projeto de Resolução do Senado n. 72/2010 – alíquota 2% • Interestadual reduzido

Medidas de estímulo e competitividade

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Manipulação cambial

Restrições ao movimento de capitais

Políticas monetárias expansionistas (QE)

Reação:

Aumento das reservas

Restrições a capitais externos

Tributação com Imposto de Operações Financeiras (IOF)

Regulação do mercado de derivativos:

Tributação (IOF)

Limites de Alavancagem

Guerra cambial

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ATENUAR os efeitos da crise

Garantir a SOLIDEZ do País

Continuar gerando muitos EMPREGOS

Dar continuidade ao CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL

O Governo continuará tomando as medidas para:

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