Post on 31-May-2020
Material Digital do Professor
Ciências – 7º ano
3º bimestre – Plano de desenvolvimento
O Plano de desenvolvimento apresentado neste bimestre tem o objetivo de explicitar os
objetos de conhecimento e as habilidades a serem trabalhados no bimestre e sua disposição no Livro
do Estudante, bem como sugerir práticas de sala de aula que contribuam na aplicação da metodologia
adotada.
1. Objetos de conhecimento e habilidades
No quadro a seguir, dispomos os objetos de conhecimento e as habilidades trabalhados em
cada capítulo indicado para o estudo do 3º bimestre. No campo “Habilidades”, inserimos habilidades
da BNCC e habilidades complementares que foram contempladas no Livro do Estudante. As
habilidades destacadas em negrito são aquelas consideradas essenciais para a continuidade das
aprendizagens dos estudantes ao longo dos bimestres.
Referência no material didático
Objetos de conhecimento Habilidades
Capítulo 9 Lixo: um problema socioambiental
Programas e indicadores de saúde pública
(EF07CI09) Interpretar as condições de saúde da comunidade, cidade ou estado, com base na análise e comparação de indicadores de saúde (como taxa de mortalidade infantil, cobertura de saneamento básico e incidência de doenças de veiculação hídrica, atmosférica entre outras) e dos resultados de políticas públicas destinadas à saúde.
Compreender o processo histórico que tornou o lixo um problema socioambiental grave na contemporaneidade.
Classificar o lixo de acordo com sua origem.
Compreender o processo de compostagem e sua importância socioambiental.
Compreender as principais formas de destinação do lixo, suas vantagens e desvantagens.
Reconhecer a importância socioambiental da reciclagem.
Compreender a importância social, econômica e ambiental dos programas de coleta seletiva no Brasil.
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3º bimestre – Plano de desenvolvimento
Referência no material didático
Objetos de conhecimento Habilidades
Capítulo 10 Saneamento básico
Programas e indicadores de saúde pública
(EF07CI09) Interpretar as condições de saúde da comunidade, cidade ou estado, com base na análise e comparação de indicadores de saúde (como taxa de mortalidade infantil, cobertura de saneamento básico e incidência de doenças de veiculação hídrica, atmosférica entre outras) e dos resultados de políticas públicas destinadas à saúde.
(EF07CI11) Analisar historicamente o uso da tecnologia, incluindo a digital, nas diferentes dimensões da vida humana, considerando indicadores ambientais e de qualidade de vida.
Reconhecer as consequências da poluição da água.
Relacionar o uso de fertilizantes e pesticidas com o processo de eutrofização.
Entender como um vazamento de petróleo altera o processo de fotossíntese e o de respiração celular.
Compreender o princípio de funcionamento das estações de tratamento de água e de esgoto e sua importância socioambiental.
Relacionar o custo da água com o desperdício desse recurso.
Capítulo 11 As doenças e a água
Programas e indicadores de saúde pública
(EF07CI09) Interpretar as condições de saúde da comunidade, cidade ou estado, com base na análise e comparação de indicadores de saúde (como taxa de mortalidade infantil, cobertura de saneamento básico e incidência de doenças de veiculação hídrica, atmosférica entre outras) e dos resultados de políticas públicas destinadas à saúde.
(EF07CI10) Argumentar sobre a importância da vacinação para a saúde pública, com base em informações sobre a maneira como a vacina atua no organismo e o papel histórico da vacinação para a manutenção da saúde individual e coletiva e para a erradicação de doenças.
Compreender o que são doenças de veiculação hídrica.
Relacionar as doenças de veiculação hídrica com as condições sanitárias.
Compreender a importância da adoção dos métodos de prevenção para evitar as doenças de veiculação hídrica.
Capítulo 12 As defesas do nosso corpo
Programas e indicadores de saúde pública
(EF07CI10) Argumentar sobre a importância da vacinação para a saúde pública, com base em informações sobre a maneira como a vacina atua no organismo e o papel histórico da vacinação para a manutenção da saúde individual e coletiva e para a erradicação de doenças.
Identificar as defesas imunitárias primárias e as secundárias.
Reconhecer as barreiras inatas.
Compreender a diferença entre soro e vacina.
Identificar as principais doenças que afetam o sistema imunitário.
Compreender as medidas adotadas na prevenção das doenças do sistema imunitário.
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2. Atividades recorrentes na sala de aula
No 3º bimestre, é provável que o professor já tenha tido contato suficiente com a turma para
conhecer sua dinâmica e demandas específicas e ter identificado as estratégias didáticas que
atenderam às expectativas. Dessa forma, sugerimos que o professor continue investindo nas
atividades que tenham proporcionado experiências de aprendizagem efetivas e, para o caso daquelas
que não tenham tido o resultado esperado, é importante que o professor avalie e repense suas
práticas. Nessa análise, se o professor considerar pertinente, ele pode envolver também os estudantes
e avaliar as sugestões deles. Nesse processo, o professor deve considerar a importância de diversificar
as abordagens didáticas aplicadas ao longo dos bimestres para enriquecer o processo de ensino e
aprendizagem.
Para este bimestre, há algumas atividades que consideramos alinhadas com nossa proposta
pedagógica e que tendem a ser recorrentes em sala de aula por favorecerem a aprendizagem dos
conteúdos abordados nos capítulos. A seguir, destacamos algumas dessas atividades recorrentes.
Problematização e levantamento de conhecimentos prévios
Mais uma vez, no início de cada capítulo deste bimestre, além da imagem de abertura,
propomos alguns questionamentos para sensibilizar os estudantes para o tema a ser abordado no
capítulo. Nos três primeiros capítulos, trazemos imagens de situações reais que ocorreram no país e
ainda representam a realidade de muitas regiões do Brasil. Nesse sentido, o professor também pode
trazer outras imagens, reportagens, ou pedir que os estudantes pesquisem mais sobre o assunto e
identifiquem situações que tenham ocorrido na região onde residem. Dessa forma, o professor poderá
problematizar as questões apresentadas no capítulo de forma mais contextualizada. Também é
importante que o professor identifique, durante esse primeiro contato com os conteúdos dos
capítulos, os conhecimentos e as concepções prévias dos estudantes a respeito dos conceitos e
questões abordadas.
Uma estratégia interessante, e que pode até mesmo ser utilizada como parte do processo de
avaliação dos estudantes, é o professor pedir a eles que registrem os principais aspectos discutidos e
o que sabem sobre eles para depois serem retomados em outro momento a ser determinado pelo
professor.
Filmes e vídeos
Neste bimestre, indicamos, no Livro do Estudante, dois filmes, sendo um deles um curta-
metragem, e um vídeo. Caso seja possível, sugerimos que o professor os utilize para introduzir os
temas que serão abordados ou para suscitar discussões e aprofundar o conteúdo. Antes de exibi-los
para a turma, é importante que o professor assista a esses filmes ou ao vídeo e avalie a melhor maneira
de discutir e sistematizar o que abordam, para explorar ao máximo seu potencial pedagógico.
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Ambos os filmes são indicados no capítulo 9 por abordarem o tema central do capítulo: o lixo.
O primeiro que sugerimos é um curta-metragem brasileiro, do gênero documentário, chamado A ilha
das flores. Ao narrar o percurso de um tomate estragado até seu destino final – o lixão –, o
documentário aborda a questão do consumo e do desperdício diários que permeiam aspectos sociais,
econômicos e ambientais. Por se tratar de um filme que aborda esses vários aspectos, é possível
estabelecer diálogo com outros componentes curriculares, como Geografia e História, e propor
atividades interdisciplinares que abordem essas questões características da sociedade atual.
A outra indicação é a animação WALL-E, cuja história é narrada em um futuro em que a Terra
está desabitada por ter se tornado imprópria para vida humana, devido às consequências do alto nível
de poluição. Dessa forma, é possível trazer para a discussão como as ações humanas do presente
podem afetar o planeta no futuro. Mais uma vez, o conceito de desenvolvimento sustentável proposto
no capítulo 5 pode ser retomado e ampliado, bem como as discussões sobre a importância da
preservação dos biomas brasileiros e de sua biodiversidade.
No capítulo 12, há a indicação do vídeo A Revolta da Vacina. Trata-se de um vídeo bem curto
(cerca de cinco minutos), que narra os eventos que ocorreram em 1904 no Brasil, quando se tornou
obrigatória a vacina contra a varíola. O vídeo pode ser um recurso interessante para problematizar a
importância da vacinação e abordar conteúdos relacionados com os mecanismos de defesa do
organismo humano. O vídeo pode ser complementado com outros recursos, como a leitura e
interpretação de notícias e reportagens sobre o tema e as políticas públicas na área da saúde.
Além dessas indicações, há outros filmes e vídeos que podem ser utilizados pelo professor para
fomentar as discussões sobre os temas do bimestre. A seguir, apresentamos algumas sugestões,
indicando qual capítulo mais se aproxima do tema abordado no filme ou vídeo.
Indicados para o capítulo 9:
• Boomsville. Direção de Yvon Mallette. Canadá, 1968. Duração: 10 minutos.
Curta-metragem de animação que mostra as transformações sociais nas Américas após a
colonização europeia até o pós-guerra, destacando o surgimento da sociedade de consumo.
• Criança, a alma do negócio. Direção de Estela Renner. Brasil, 2008. Duração: 43 minutos.
Documentário brasileiro sobre como a publicidade voltada às crianças estimula o consumismo
e molda os valores da infância.
• Lixo extraordinário. Direção de Lucy Walker. Brasil, 2009. Duração: 95 minutos.
Documentário que apresenta o projeto desenvolvido por um artista plástico com coletores de
materiais recicláveis do maior aterro sanitário do país, localizado em Duque de Caxias (RJ).
Indicado para o Capítulo 10:
• Aqua. Direção de Taunay M. Daniel. Brasil, 1982. Duração: 11 minutos.
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Vídeo produzido pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) sobre a poluição
dos mananciais de água: dos lençóis freáticos aos esgotos da cidade.
Indicados para o capítulo 12:
• O corpo humano: sistema imunológico – A linha de defesa. Direção de Peter Macpherson. Estados Unidos, 2008. Duração: 25 minutos.
O vídeo é composto de três partes. Cada uma delas trata de um aspecto relacionado à defesa
do organismo humano, como a produção e a ação de células imunológicas, a importância da higiene
corporal e a reação do corpo diante de agente externos.
Ao optar por apresentar alguns desses vídeos ou filmes, o professor precisa verificar os
recursos disponíveis para que seu planejamento se baseie na realidade de sua escola e evite
imprevistos. Alguns desses vídeos e filmes indicados podem ser encontrados em uma busca simples
na internet, em outros casos será preciso verificar a disponibilidade e a viabilidade de utilizar o recurso.
Além dos aspectos relacionados à infraestrutura, é importante que o professor considere em
seu planejamento qual a melhor forma de discutir com a turma os temas abordados nos vídeos ou
filmes. Uma alternativa é propor aos estudantes que respondam a um roteiro, que poderá ser
retomado ao final da exibição para embasar as discussões com a turma. Outra opção é solicitar que
elaborem uma síntese ou resenha crítica após assistirem e discutirem os vídeos. Havendo
possibilidade, o professor pode desenvolver esta proposta com a colaboração do componente
curricular de Língua Portuguesa, que poderá explorar com os estudantes as características desses
gêneros textuais.
Leitura e compreensão de texto
Neste bimestre, continuamos propondo situações que incentivem a leitura. Assim, em todos
os capítulos deste bimestre, apresentamos pelo menos um texto, a maioria deles referente a alguma
notícia sobre o tema abordado. Muitos desses textos estão na seção “Leitura complementar” e podem
ser utilizados pelo professor para fomentar discussões a respeito de questões relevantes de saúde
pública e saneamento básico. Vale destacar que o tema abordado neste bimestre envolve a análise de
índices e indicadores de saúde que podem variar muito de um período para outro. Dessa forma, é
importante que o professor procure sempre notícias, reportagens e documentos oficiais atualizados
para que eles representem ao máximo o contexto real dos estudantes.
Além desses textos, alguns livros e revistas também são indicados ao longo dos capítulos.
Como sugestão de leitura no capítulo 9, indicamos três livros que abordam diferentes perspectivas do
problema relacionado ao lixo. O livro O bonequeiro de sucata narra a história de um menino que
trabalha no lixão para ajudar a família e de como ele transforma seus sonhos em arte. Já o livro O saci
e a reciclagem do lixo tem este famoso personagem do folclore como personagem central, e ao
aprontar algumas travessuras, acaba por dar muitas ideias que favorecem a reciclagem e a natureza.
Outro livro que também recomendamos é Lixo: problema nosso de cada dia, que traz uma reflexão
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sobre diversos assuntos envolvendo a produção de lixo, a reciclagem, o consumo responsável, a
reutilização de materiais e outros temas relacionados.
No capítulo 10, também sugerimos a leitura do livro O senhor da água. O livro narra a história
de um grupo de jovens que tenta evitar um crime ambiental que pode privar o mundo inteiro do
consumo de água, mesmo que isso custe suas próprias vidas.
A leitura desses e de outros livros, além de estimular essa prática nos estudantes, permite que
conheçam diferentes perspectivas para os problemas envolvidos com a temática e, até mesmo,
sensibilizem-se para questões sociais.
Discussão e correção das questões propostas no Livro do Estudante
Considerando os demais bimestres, esperamos que as atividades propostas no final de cada
um dos capítulos já façam parte da rotina nas aulas de Ciências. Mais uma vez, as questões propostas
para este bimestre trazem gráficos, mapas, esquemas e tabelas para que os estudantes possam
interpretar diferentes informações e índices, envolvendo diferentes aspectos sobre o saneamento
básico no país.
Ao propor essas questões, é importante que o professor promova a interação dos estudantes
nessas atividades, possibilitando diferentes arranjos entre eles para a resolução. Além de mediar essas
interações, também é papel do professor incentivar os estudantes a expor suas opiniões e construir
argumentos, de forma que eles possam exercitar a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas,
criar soluções, negociar e defender ideias e pontos de vista, bem como promover o respeito mútuo.
Nesses momentos de interação, o professor deve sempre buscar criar um ambiente acolhedor, que
valorize a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza.
Atividade de pesquisa em diversas fontes
Neste bimestre, abordamos temas que envolvem questões sociais, econômicas e ambientais
com foco na área de saúde pública. Ao abordar esses temas, é importante que os estudantes conheçam
as condições de saneamento básico de sua cidade e região, bem como as políticas públicas que
procuram solucionar os problemas relacionados. Nesse sentido, além das várias informações de
abrangência nacional apresentadas no Livro do Estudante, outras fontes podem fornecer informações
complementares de nível mais local e, portanto, mais próximas da realidade dos estudantes.
Por isso, para este bimestre, sugerimos que o professor proponha atividades de pesquisa, que
podem ser associadas a outras atividades propostas pelo professor como fonte de informações para
discussões, debates, produção de texto e etc.
No Manual do Professor, há algumas sugestões de atividades de pesquisa. No capítulo 10, por
exemplo, sugerimos uma pesquisa sobre saneamento básico; no capítulo 11, sobre doenças de
transmissão hídrica; e, no capítulo 12, com a temática de prevenção de acidentes com animais
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peçonhentos. Essas são apenas algumas sugestões, mas outros temas relacionados também podem
ser propostos pelo professor.
Seja qual for o tema, é importante que o professor oriente os estudantes sobre a importância
de consultar fontes confiáveis e sobre qual é a melhor forma de apresentar as informações obtidas.
Vale destacar que esse tipo de atividade não precisa se limitar apenas a fontes disponíveis na internet.
Há diversas outras fontes que podem fornecer informações, como livros, revistas ou, até mesmo,
consultar especialistas.
Atividades práticas
Como vimos em outros bimestres, as atividades práticas são um procedimento didático
fundamental para o desenvolvimento das principais habilidades e competências previstas para o
ensino de Ciências. Dessa forma, neste bimestre, propomos duas atividades práticas em dois capítulos:
• Capítulo 9 – A atividade prática, chamada Coleta e classificação do lixo domiciliar, propõe que os estudantes investiguem o lixo domiciliar produzido pelas pessoas que moram em sua residência. Por envolver o manuseio de materiais que podem trazer algum risco aos estudantes, é importante instruí-los para que a atividade seja acompanhada de um adulto. Com essa atividade, esperamos que eles reflitam sobre o destino dado ao lixo que produzem e os diferentes impactos que pode gerar ao meio ambiente.
• Capítulo 10 – A proposta da atividade prática Filtração: uma das etapas do tratamento de água é que os estudantes construam dois filtros, sendo que um deles deve ser semelhante aos utilizados em uma estação de tratamento de água (ETA). Ao realizarem a atividade, os estudantes podem identificar que existem diferentes qualidades de filtros que, além de diferir no tempo de filtragem, proporcionam resultados diferentes. Nessa atividade, também é importante o acompanhamento de um adulto.
Além dessas atividades práticas indicadas no Livro do Estudante, no capítulo 10, também há
outra atividade sugerida no Manual do Professor, que propõe o cálculo de desperdício de água em
determinada situação. Se possível, sugerimos que o professor também proponha esta atividade prática
como parte de sua estratégia pedagógica para auxiliar na sensibilização dos estudantes sobre a
questão do desperdício de água.
3. Relação entre a prática didático-pedagógica e o
desenvolvimento de habilidades
Neste bimestre, damos continuidade à unidade temática Vida e Evolução, mas passamos a
focar nos aspectos sociais, econômicos e ambientais que cercam a questão da saúde pública de nosso
país. Na maioria dos capítulos, apresentamos imagens de situações reais, que expõem problemas
ambientais e sociais do Brasil. Cabe ao professor explorar os diferentes aspectos envolvidos nesses
exemplos e procurar trazer outros que sejam mais próximos da realidade dos estudantes. Além disso,
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sugerimos algumas questões disparadoras, que buscam despertar o interesse dos estudantes para o
tema e evidenciar seus conhecimentos prévios sobre o problema apresentado. É importante que o
professor explore esse interesse dos estudantes buscando desenvolver neles uma postura mais
reflexiva e crítica sobre esses fatos.
No decorrer do bimestre, é importante que o professor some às discussões outras informações
referentes a índices e indicadores de saúde, que permitam uma análise mais minuciosa dos diferentes
aspectos que envolvem o tema. Nesse sentido, além do conteúdo disponibilizado nos capítulos, é
importante apresentar informações atualizadas mais próximas à realidade de seus estudantes. O
professor também pode optar por apresentar os temas a partir de uma perspectiva histórica, fazendo
uso de gráficos, mapas e esquemas, recursos que também estão presentes no Livro do Estudante.
A temática do bimestre se inicia com o capítulo 9, que tem como tema central o lixo. No
capítulo, são abordados a definição do lixo, a sua disposição e destinação, o seu reaproveitamento e a
importância da reciclagem. O tema também abre espaço para debater e problematizar aspectos
sociais, envolvendo a situação de pessoas que sobrevivem do lixo. Como se trata de um assunto
sensível que expõe pessoas a condições degradantes, é importante que o professor garanta um
ambiente de respeito e empatia. Nesse sentido, vale destacar a importância de políticas públicas que
valorizem o trabalho dos catadores de lixo, que têm um papel importante na coleta seletiva do país.
Além disso, a breve retomada histórica que apresentamos no capítulo permite abordar o
surgimento da sociedade de consumo e as suas principais implicações na geração de lixo. Esse resgate
torna-se importante para que os estudantes possam refletir sobre suas atitudes individuais e as
coletivas em relação à produção de lixo. Como o tema possui interface com o conteúdo de História, é
possível uma abordagem mais integrada com esse componente curricular.
Ao abordar a classificação do lixo, sugerimos que o professor proponha a atividade prática
apresentada no capítulo. Além de permitir que os estudantes compreendam os diversos tipos de lixo,
a atividade mostra, na prática, como separar o lixo domiciliar e estimula os alunos a contribuir com a
coleta seletiva. O exercício da coleta seletiva também pode ampliar a percepção dos estudantes sobre
a sua produção diária de lixo e das pessoas que também residem no mesmo local.
O capítulo também trata sobre a disposição e destinação do lixo que, em muitos casos, não
ocorre de forma adequada no país e pode provocar grandes problemas ambientais e sociais, como a
presença de animais transmissores de doenças, a produção de gases e de chorume, causando
transtornos para o meio ambiente, para a população ao entorno e para os catadores de lixo. Também
elencamos leis e dados que podem ser utilizados pelo professor para fomentar discussões a respeito
do assunto. Essas discussões também podem ser uma oportunidade para integrar o conteúdo de
Ciências com o componente curricular de Matemática, por meio de análise de gráficos e tabelas. Além
disso, torna-se essencial a discussão dessas questões para que os estudantes as avaliem e proponham
alternativas para o descarte mais adequado do lixo e proponham medidas sociais para as pessoas que
dele dependem. Os diferentes aspectos sobre cada uma das destinações de lixo que apontamos no
capítulo permitem que os estudantes construam argumentos, negociando e defendendo ideias e
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pontos de vista que promovam a consciência socioambiental, uma das competências específicas das
Ciências da Natureza.
Outras alternativas para o tratamento e destinação do lixo também são abordadas no capítulo
e buscam auxiliar os estudantes a refletir e agir pessoal e coletivamente em relação a esse tema,
criando possibilidades para a tomada de decisões frente a essa questão com princípios éticos,
democráticos, sustentáveis e solidários. Para tal, demonstramos o método de compostagem para a
matéria orgânica e para os materiais não orgânicos e sugerimos a “Política dos Rs”, focando em quatro
deles: reduzir, reutilizar, reciclar e repensar. Nesse sentido, seja qual for a estratégia didática escolhida
pelo professor, é importante que ele promova atividades que permitam aos estudantes expor suas
opiniões e propor soluções embasadas em argumentos relevantes.
No capítulo 10, o foco passa a ser o saneamento básico e os vários fatores que causam a
contaminação das bacias hidrográficas. O ponto inicial do capítulo é a poluição da água. Para abordar
esse tema, trazemos alguns exemplos no Livro do Estudante, mas é importante que o professor
procure utilizar outros exemplos, que sejam do contexto dos estudantes, e forneça informações para
que eles possam compreender os fatores que implicam nessa poluição e contaminação do corpo
d’água considerado. Essas informações também podem ser obtidas por meio de pesquisas em diversas
fontes, que podem ser solicitadas aos estudantes pelo professor. A questão do lançamento dos
resíduos provenientes das cidades e da agricultura, que aumentam tanto a quantidade quanto os tipos
desses resíduos na água, por exemplo, pode ser foco de discussões ou debates que exijam uma análise
crítica dos estudantes, permitindo que reflitam e discutam sobre o que foi apresentado de forma
contextualizada.
Nesse contexto, os estudantes são convidados a explorar como ocorre o tratamento de esgoto
e de água por meio de esquemas apresentados em um infográfico. Além disso, a fossa séptica e os
poços são apontados no Livro do Estudante para que os estudantes possam analisá-los como
alternativas na ausência de coleta de esgoto e fornecimento de água, possibilitando a conversa sobre
o que constitui o saneamento básico e como ele ocorre na cidade onde moram. Como a realidade dos
estudantes pode ser diversa em relação ao acesso ao saneamento básico, essa pode ser uma
oportunidade para a valorização da diversidade de saberes e vivências, por isso, é importante que o
professor permita e incentive que exponham seus conhecimentos sobre o assunto, procurando
desenvolver neles uma postura mais crítica em relação a sua própria realidade.
No capítulo 11, aprofundamos o tema do saneamento básico abordando as doenças veiculadas
pela água ou relacionadas a ela, como a amebíase, a cólera, a leptospirose, a dengue, a zica, etc. Ao
tratarmos dessas doenças, buscamos evidenciar a importância do sanemaneto básico para a saúde
pública e trazer informações para que os estudantes sejam cidadãos responsáveis, por meio de
atitudes que possam favorecer a prevenção dessas doenças tanto no nível individual como no nível
coletivo.
Nesse sentido, para cada doença são descritos seus sintomas, formas de transmissão e
veiculação, bem como medidas de prevenção. Assim, os estudantes podem reunir informações sobre
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essas doenças e aplicar, na prática, atitudes de prevenção, com respeito à saúde individual e coletiva,
de forma a ajudar a construir uma sociedade que promova a consciência socioambiental. Porém, vale
destacar que apresentar essas informações, por si só, pode não ser suficiente para suscitar
mobilizações sociais nesse sentido. Por isso, é importante que o professor proponha atividades que
procurem despertar essa postura mais crítica e em prol de ações de intervenção em sua realidade.
Nesse sentido, o professor pode propor ações como campanhas de divulgação na escola promovida
pelos estudantes, projetos de prevenção à proliferação de mosquitos no espaço escolar e nas
residências dos estudantes, entre outras.
O capítulo 12, o último do bimestre, continua a temática da saúde pública por um outro viés:
o complexo sistema de defesa do nosso corpo, o sistema imunitário. A narrativa principal se
desenvolve de forma que os estudantes possam compreender os diferentes mecanismos de defesa do
organismo humano para que, então, possam entender a ação das vacinas e dos soros em nosso sistema
imunitário, bem como a importância da vacinação como uma das principais estratégias das políticas
públicas para evitar epidemias e erradicar certas doenças.
Assim, no Livro do Estudante, distinguimos como a imunidade pode ser adquirida pelo
organismo para que o estudante possa conhecer e cuidar de seu corpo e bem-estar por meio de
hábitos saudáveis. Desta maneira, discriminamos como a imunização pode ocorrer: de forma natural
ativa, de forma natural passiva, de forma artificial ativa e de forma artificial passiva. É importante que
os estudantes conheçam essas diferentes formas para compará-las e, numa situação-problema, inferir
qual o melhor método para a imunização. Frente às diversas polêmicas que cercam o tema da
vacinação, cabe ao professor propor atividades que estimulem os estudantes a se posicionarem sobre
a questão. Nesses casos, discussões, debates ou produções de textos dissertativos podem ser
alternativas interessantes e pertinentes, que permitem que o estudante exponha e defenda seu ponto
de vista.
4. Gestão da sala de aula
Gestão de conflitos (relações interpessoais)
Neste 3º bimestre, propomos que o professor continue promovendo momentos em que os
estudantes precisem interagir entre si, como estratégia para que as competências socioemocionais e
habilidades específicas das Ciências da Natureza possam ser ampliadas.
Esses momentos podem ocorrer durante as diversas atividades sugeridas. Nas atividades
práticas propostas nos capítulos 9 e 10, por exemplo, é possível que os estudantes sejam organizados
em grupos para realizá-las ou o professor pode pedir que discutam os resultados de forma coletiva.
No caso da atividade de coleta e classificação do lixo domiciliar, mesmo que cada um investigue em
sua própria residência, o professor pode pedir aos estudantes que reúnam os dados em grupos ou
duplas para apresentar e discutir os resultados de forma coletiva. Outras situações em que os
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estudantes possam ser convidados a interagir são durante a leitura dos textos do Livro do Estudante e
a resolução das atividades de encerramento dos capítulos.
Seja qual for a proposta de atividade, ao promover a interação entre os estudantes, ela permite
que o professor avalie a qualidade e se estão propiciando melhora na aprendizagem da turma.
Durante essas interações, é importante que o professor observe como ocorrem e se todos
participam ativamente, expondo suas opiniões e argumentando em defesa de seu ponto de vista. Uma
alternativa que pode ser interessante é o revezamento dos estudantes nos grupos, de forma que na
turma uns interajam com os outros de maneiras diversificadas. Isso pode ampliar o convívio entre os
estudantes e permitir que aprendam a respeitar as diferenças.
Gestão do tempo
Além das orientações em relação à gestão do tempo, elencadas no plano de desenvolvimento
dos bimestres anteriores, destacamos a seguir algumas sugestões que podem ajudar o professor em
seu planejamento para este bimestre.
Durante o seu planejamento, o professor precisa levar em conta qual será a duração de cada
uma das atividades e etapas previstas no seu plano. Sendo assim, é necessário que se estime quanto
tempo será despendido na realização dessas atividades.
No caso de o professor optar por exibir vídeos ou filmes para a turma, como os indicados no
Livro do Estudante, por exemplo, é preciso considerar não apenas o tempo de duração do vídeo ou do
filme, mas também a organização do espaço e do tempo necessário para isso. Também é preciso
verificar a infraestrutura e testar os equipamentos necessários com certa antecedência, o que pode
requerer ainda mais tempo. Portanto, é importante que o professor tenha em mente todos esses
aspectos, pois, caso seja necessário reorganizar o espaço da sala de aula para a realização de alguma
atividade, movimentando-se mesas e cadeiras, por exemplo, há uma demanda de tempo.
O mesmo ocorre caso seja utilizado outros espaços da escola ou fora dela. Nesses casos, há a
questão do tempo previsto para que os estudantes se desloquem. Se for realizada alguma atividade
de estudo do meio, como uma saída a campo ou uma visita, por exemplo, ter conhecimento
antecipado de quanto tempo é necessário para o transporte até o local é imprescindível para evitar
imprevistos.
Claramente, se houver necessidade, esse tempo pode ser flexibilizado, pensando-se em
ajustes que podem ser feitos para que as atividades sejam desenvolvidas. Assim, caso terminem antes
do previsto, o tempo restante pode ser utilizado para retomar e discutir alguns tópicos da atividade
ou para iniciar a próxima etapa. Portanto, cabe ao professor reorganizar as próximas etapas da
maneira que achar mais adequado, adaptando as atividades de acordo com as demandas. Embora
essas flexibilizações possam alterar as metas inicialmente propostas, o planejamento e o
replanejamento de uma aula é um exercício dinâmico da prática docente.
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Gestão do espaço
Além dos aspectos já apresentados nos bimestre anteriores, destacamos alguns aspectos
sobre a gestão do espaço no que se refere a este bimestre. Como é provável que no 3º bimestre o
professor já conheça melhor a sua turma, é importante que organize o espaço para as diferentes
atividades de acordo com a dinâmica da classe e as suas intencionalidades pedagógicas.
Nas rodas de conversas, nas atividades práticas, de discussão, ou durante a exibição de filmes,
o professor precisa avaliar qual a melhor forma de dispor os estudantes, a fim de potencializar suas
aprendizagens. Assim, organizá-los em semicirculo ou em círculos favorece atividades de discussão,
apresentações ou rodas de conversa; mantê-los em fileiras nas carteiras pode ser uma opção durante
a exibição de filmes ou vídeos; dividi-los em pequenos grupos ou duplas pode ser interessante para as
atividades práticas ou resolução de questões em classe.
Caso seja possível, é importante que o professor também propicie a oportunidade de explorar
outros espaço da escola, como realizar a resolução dos exercícios no jardim ou na biblioteca, ou ainda
propor uma atividade prática em laboratório ou no pátio. Nesses espaços, as interações podem ocorrer
de diferentes maneiras, proporcionando articulações na construção do conhecimento, no
desenvolvimento de habilidades e na formação de atitudes e valores.
5. Acompanhamento da aprendizagem dos estudantes
Neste 3º bimestre, além do que já foi proposto nos bimestres anteriores como formas de
avaliação da aprendizagem dos estudantes e seguindo a mesma perspectiva teórica para avaliação,
destacamos mais alguns instrumentos de avaliação em função das competências e habilidades
previstas para o bimestre e dos procedimentos didáticos adotados.
Produção de texto
Para este bimestre, a produção de texto continua sendo uma alternativa importante como
instrumento de avaliação da aprendizagem dos estudante e, ao longo do bimestre, há diversas
atividades que permitem esse tipo de abordagem.
Em quase todos os capítulos, por exemplo, indicamos vídeos e filmes que podem exibidos em
sala ou sugeridos para os estudantes assistirem em suas respectivas residências. Nesses casos, o
professor pode solicitar aos estudantes que elaborem um texto com uma análise crítica sobre o filme
ou vídeo apontando os principais aspectos abordados durante a narrativa, estabelecendo relações com
os conteúdos abordados no bimestre.
No caso das atividades práticas sugeridas para este bimestre, além de outras formas de avaliar
a participação dos estudantes nesse tipo de atividade, o professor pode pedir que produzam relatórios
próximos aos moldes científicos. Se o professor tiver desenvolvido alguma atividade de estudo do meio
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ou de visitação a algum espaço não formal, os estudantes também podem produzir um relato por
escrito de aspectos que considerem relevantes para os conteúdos abordados neste bimestre ou, até
mesmo, que tenham sido estudados em bimestre anteriores.
Além disso, em atividades de pesquisa, independentemente da fonte utilizada para tal, o
professor pode solicitar que os estudantes produzam uma síntese dos resultados encontrados. Essa
síntese também pode ser utilizada para fomentar as discussões e os debates acerca dos temas
abordados em classe.
Outra forma de avaliar e acompanhar a aprendizagem dos estudantes é solicitar que produzam
uma síntese ou sistematizem em quadros e esquemas os conteúdos abordados em cada aula. Essa
abordagem também pode ser associada à produção individual, no caderno, de um glossário, ao final
de cada aula. Assim, os estudantes poderão consultar esse glossário sempre que necessário, e o
professor poderá identificar em quais aspectos os estudantes têm maior dificuldade.
Caso o professor proponha atividades que envolvam o desenvolvimento de uma campanha na
comunidade escolar ou divulgação de alguma ação ou mobilização social, a produção de texto também
pode ser uma forma de avaliar os estudantes, uma vez que o professor pode solicitar que elaborem
materiais audiovisuais e textuais para isso. No caso dos materiais audiovisuais, o professor pode
solicitar o roteiro utilizado para a sua produção.
Mais uma vez, é importante ressaltar que nas atividades de produção de texto o professor
precisa estar atento às dificuldades da turma no que se refere à escrita e à leitura, quando for o caso.
Caso identifique estudantes que estejam defasados em relação aos outros, é importante traçar
estratégias para o acompanhamento deles, o que também pode ser feito com o auxílio de professores
de outros componentes curriculares, em especial, os de Língua Portuguesa.
Resolução de questões na classe e na residência do estudante
Assim como nos outros bimestres, sugerimos que o professor continue utilizando a resolução
das questões sugeridas no final de cada um dos capítulos como forma de acompanhar a aprendizagem
de seus estudantes. Além de favorecerem o desenvolvimento das habilidades previstas nos bimestres,
essas atividades auxiliam o professor a identificar qual(is) conteúdo(s) e habilidade(s) precisam ser
retomadas, considerando as dificuldades apresentadas pelos estudantes.
O momento da resolução pode ocorrer de várias formas. Elas podem ser em grupo, em dupla,
individual, na residência do estudante ou em classe. Seja qual for a forma escolhida pelo professor,
para que possa, de fato, acompanhar a aprendizagem de seus estudantes, é importante que ele
dedique um tempo para corrigir essas questões com eles e, sempre que houver necessidade, intervir
de forma a promover a aprendizagem. Vale destacar que o professor não precisa se limitar apenas às
questões apresentadas nos capítulos, mas também pode procurar questões que estejam alinhadas
com a sua proposta pedagógica e com as demandas específicas de seus estudantes.
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3º bimestre – Plano de desenvolvimento
Para este bimestre, é esperado que os estudantes já estejam familiarizados com a leitura e a
interpretação de gráficos, tabelas, mapas e esquemas, uma vez que também foram recursos utilizados
nos bimestres anteriores. De qualquer forma, é importante que o professor continue atento para
identificar aqueles que ainda apresentem dificuldades nesse sentido.
Observações de classe
Para o acompanhamento da aprendizagem dos estudantes, é importante que o professor
observe o comportamento e a participação deles durante as diversas atividades realizadas em classe,
principalmente naquelas que envolvem uma postura mais ativa, como nas atividades práticas e nas
discussões. Como é possível que alguns estudantes tenham mais dificuldade para se expressar e
interagir com os demais, é preciso que o professor conduza as atividades que envolvam uma
participação mais ativa e uma exposição maior diante dos colegas de forma a incentivar o respeito e o
acolhimento e, sempre que necessário, intervenha para que todos possam ter o seu momento de fala
e de escuta.
Nesse processo, cabe ao professor avaliar a contribuição de cada um dos estudantes na
construção do conhecimento em atividades que ocorrem de forma coletiva e, para isso, a observação
pode fornecer elementos que não são tão evidentes em outras formas de avaliação.
6. Fontes de pesquisa para uso em sala de aula ou para
apresentar aos estudantes
Há diversas fontes de pesquisa confiáveis que podem ser utilizadas para trabalhar conteúdos
de Ciências com os estudantes de Ensino Fundamental – Anos Finais. Veja a seguir algumas indicações.
• Blog da Saúde: <www.blog.saude.gov.br/>. (acesso em: 4 out. 2018).
Esse blog é mantido pelo Ministério da Saúde e apresenta diversas matérias interessantes a
respeito de saúde, higiene e prevenção, além de informações sobre o SUS, de divulgação de cursos e
eventos, etc.
• Ciência Hoje das Crianças: <http://chc.org.br/> (acesso em: 4 out. 2018).
Este site apresenta inúmeras matérias relacionadas ao tema Ciências em linguagem apropriada
para crianças. Indicado para produzir atividades de investigação, leitura e pesquisa.
• IBciência – Canal de Divulgação Científica da Biblioteca do Instituto de Biociências da USP: <www.sibi.usp.br/noticias/ibciencia-canal-divulgacao-cientifica-biblioteca-ibusp/> (acesso em: 4 out. 2018).
O site traz diversos vídeos para divulgar atividades científicas e acadêmicas do Instituto de
Biociências da Universidade de São Paulo (USP).
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• Ministério da Saúde: <http://portalms.saude.gov.br> (acesso em: 4 out. 2018).
O site do Ministério da Saúde também apresenta muitas informações a respeito de saúde,
higiene e prevenção, mas não é muito simples encontrar informações específicas nele. O mais usual é
utilizar os termos “Ministério da Saúde” + “termo de interesse para pesquisa” para encontrar diversos
conteúdos interessantes. Se pesquisar pelos termos “Ministério da Saúde + criança”, por exemplo, é
possível encontrar diversos PDFs de divulgação e de campanhas a respeito de saúde das crianças,
aleitamento materno, etc.
7. Projeto integrador
Para onde vai nosso lixo?
Tema Destinação e tratamento de resíduos sólidos urbanos.
Problema central enfrentado A falta de conhecimento a respeito da quantidade, diversidade dos resíduos sólidos urbanos, bem como os destinos e as formas de tratamento aplicados a eles.
Produto final Maquetes dos diferentes destinos e formas de tratamento dos resíduos sólidos urbanos.
Justificativa
Nossa sociedade consumista gera diariamente grande quantidade de resíduos sólidos, que, se
não forem reaproveitados ou reciclados, passam a ser chamados de lixo, principalmente nos
ambientes urbanos, onde concentram-se grande quantidade de pessoas. Políticas públicas de coleta e
destino de resíduos sólidos são fundamentais para a saúde pública – por prevenir a transmissão de
doenças por meio de vetores animais, que se desenvolvem em meio a esses resíduos (como baratas,
ratos, mosquitos, etc.) – e para o meio ambiente – pois a decomposição desses resíduos, se não ocorrer
de maneira controlada, pode produzir compostos tóxicos que poluem o ambiente, contaminando o
solo e os corpos de água. Logo, políticas públicas relacionadas ao controle dos resíduos sólidos
promovem os bons indicadores ambientais e de saúde. No entanto, ações individuais que diminuem a
produção desses resíduos, apesar de fundamentais, não recebem a devida atenção da sociedade.
Quando retiramos de nossos locais de moradia e trabalho os resíduos sólidos que produzimos,
geralmente a preocupação é livrarmo-nos de algo que pode trazer incômodos, como mau cheiro, e
problemas à saúde, por exemplo, transmissão de doenças por animais atraídos pelos restos de comida.
Muitas pessoas, incluindo provavelmente parte da turma e seus familiares, não se preocupa em saber
para onde vai o lixo que produzimos e que problemas ele pode causar se não for destinado e coletado
adequadamente.
Dados de 2016 (ABRELPE, 2017) mostram que apenas 40% dos municípios brasileiros destinam
seus resíduos sólidos urbanos a aterros sanitários, enquanto os outros 60% encaminham tais resíduos
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para aterros controlados (32% do total de municípios) e lixões (28% do total de municípios). Boa parte
desses resíduos poderia ter outros destinos, como usinas de compostagem e de reciclagem. É
fundamental que os estudantes conheçam e compreendam tal situação, a fim de atuar como agentes
multiplicadores desses conhecimentos, mobilizando as pessoas com quem convivem para,
coletivamente, serem modificadores dessa realidade. Assim, o presente projeto visa favorecer o
desenvolvimento de diversas habilidades e competências pelos estudantes a partir de uma questão-
problema concreta: Para onde vai nosso lixo?
Competências gerais desenvolvidas
• 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
• 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
• 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
• 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
• 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
• 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
• 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Objetivos
• Investigar a produção de resíduos a partir de atividades cotidianas da própria rotina.
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• Produzir uma história em quadrinhos a fim de retratar a relação entre produção de resíduos sólidos nas atividades cotidianas das pessoas e o modo de vida da sociedade.
• Utilizar a política dos Rs, a fim de refletir sobre atividades que produzem resíduos, e ações que podem ser adotadas a fim de diminuir esse impacto.
• Refletir sobre a importância dos serviços municipais de coleta de resíduos sólidos.
• Investigar sobre o serviço de coleta e destino de resíduos sólidos do município.
• Produzir uma matéria jornalística que sintetize informações e conhecimentos sobre o percurso dos resíduos sólidos urbanos em seu município.
• Pesquisar as diferenças entre lixão, aterro controlado e aterro sanitário, e conhecer o funcionamento de cada um deles.
• Construir maquetes dos diferentes tipos de destinos e formas de tratamento dos resíduos sólidos urbanos.
Habilidades em foco
Componente curricular
Objeto de conhecimento Habilidade
Ciências Programas e indicadores de saúde pública
(EF07CI09) Interpretar as condições de saúde da comunidade, cidade ou estado, com base na análise e comparação de indicadores de saúde (como taxa de mortalidade infantil, cobertura de saneamento básico e incidência de doenças de veiculação hídrica, atmosférica entre outras) e dos resultados de políticas públicas destinadas à saúde.
Ciências Programas e indicadores de saúde pública
(EF07CI11) Analisar historicamente o uso da tecnologia, incluindo a digital, nas diferentes dimensões da vida humana, considerando indicadores ambientais e de qualidade de vida.
Língua Portuguesa
Estratégias de produção: planejamento de textos informativos
(EF67LP09) Planejar notícia impressa e para circulação em outras mídias (rádio ou TV/vídeo), tendo em vista as condições de produção, do texto – objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. –, a partir da escolha do fato a ser noticiado (de relevância para a turma, escola ou comunidade), do levantamento de dados e informações sobre o fato – que pode envolver entrevistas com envolvidos ou com especialistas, consultas a fontes, análise de documentos, cobertura de eventos etc.–, do registro dessas informações e dados, da escolha de fotos ou imagens a produzir ou a utilizar etc. e a previsão de uma estrutura hipertextual (no caso de publicação em sites ou blogs noticiosos).
Língua Portuguesa
Textualização, tendo em vista suas condições de produção, as características do gênero em questão, o estabelecimento de coesão, adequação à norma-padrão e o uso adequado de ferramentas de edição
(EF67LP10) Produzir notícia impressa tendo em vista características do gênero – título ou manchete com verbo no tempo presente, linha fina (opcional), lide, progressão dada pela ordem decrescente de importância dos fatos, uso de 3ª pessoa, de palavras que indicam precisão –, e o estabelecimento adequado de coesão e produzir notícia para TV, rádio e internet, tendo em vista, além das características do gênero, os recursos de mídias disponíveis e o manejo de recursos de captação e edição de áudio e imagem.
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Duração
Cerca de dois meses, dependendo do tempo de preparação e desenvolvimento das atividades
no decorrer das semanas.
Material necessário
• Papel sulfite
• Objetos diversos, preferencialmente recicláveis, para construção das maquetes (por exemplo, latas, copos e garrafas plásticas, embalagens de papelão, papéis usados, etc.)
• Lápis de cor
• Canetas hidrográficas
Perfil do professor coordenador do projeto
O coordenador do projeto deverá, não só possuir os conhecimentos específicos sobre resíduos
sólidos urbanos e suas formas de tratamento e disposição, mas também ter habilidades para conduzir
o projeto de modo a ter flexibilidade e pró-atividade para resolver eventuais problemas e capacidade
de propiciar um ambiente de trabalho colaborativo, mediando os conflitos que podem surgir. Deve ser
capaz de atribuir responsabilidades aos colegas e estudantes e cobrar-lhes pelo cumprimento delas.
Assim como os outros membros da equipe pedagógica do projeto, o coordenador deve atuar como
um tutor dos grupos, incentivando a autonomia dos estudantes ao longo do desenvolvimento do
projeto.
Deverá organizar, junto à turma e aos professores que participam do projeto, as atividades
desenvolvidas dentro e fora do espaço escolar, bem como o cronograma de desenvolvimento de tais
atividades, considerando os objetivos estabelecidos.
Desenvolvimento
Etapa 1 – Por que produzimos tanto lixo?
A motivação inicial para o projeto é os estudantes perceberem a quantidade e a diversidade
de resíduos que eles e seus familiares produzem diariamente. Para tanto, sugerimos que, durante uma
semana, cada estudante registre as atividades que realizou desde que acordou até a hora de dormir,
indicando os recursos que usou em cada uma delas, bem como os tipos e as quantidades de resíduos
sólidos gerados. Veja a seguir uma sugestão de como eles poderão organizar os dados a serem
registrados.
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3º bimestre – Plano de desenvolvimento
Atividades Recursos consumidos Resíduos sólidos gerados
Segunda-feira
Terça-feira
Quarta-feira
Quinta-feira
Sexta-feira
Sábado
Domingo
Completado o registro semanal, cada estudante deve elaborar um relatório da atividade com
os resultados e as conclusões. O relatório deve ser apresentado oralmente – de maneira rápida, não
mais que dois minutos por estudante, para que a atividade não fique cansativa – e, após as
apresentações, os professores envolvidos com o projeto devem solicitar à turma que tente encontrar
aspectos em comum nos relatos e nos relatórios dos estudantes, tais como principais tipos de resíduos
sólidos gerados, por exemplo: restos de comida e embalagens plásticas, e atividades que geram maior
quantidade e diversidade de resíduos (como as refeições).
A partir dessas análises, o professor deverá perguntar aos estudantes: Por que produzimos
tanto lixo? Em seguida, eles deverão escrever, individualmente, em uma tira de papel, uma hipótese
para responder a essa questão. Todas as tiras devem ser expostas para que todos possam lê-las e, após
a leitura, os professores devem conduzir um debate em que os estudantes exponham e defendam suas
hipóteses. Como complemento ao debate, os professores devem apresentar dados e argumentos,
mostrando que a quantidade de produção de resíduos sólidos urbanos per capita foi aumentando
significativamente ao longo do tempo, bem como evidenciando que tal produção é bem diferente
entre os países e é reflexo dos diferentes graus de desenvolvimento econômico. Veja a seguir alguns
links que apresentam informações que podem ser utilizadas nesse momento.
• <www.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/relatoriopesquisa/121009_relatorio_residuos_solidos_urbanos.pdf>;
• <www.scielo.br/pdf/esa/v17n2/a06v17n2>;
• <www12.senado.leg.br/emdiscussao/edicoes/residuos-solidos/mundo-rumo-a-4-bilhoes-de-toneladas-por-ano>;
• <www12.senado.leg.br/emdiscussao/edicoes/residuos-solidos/mundo-rumo-a-4-bilhoes-de-toneladas-por-ano/como-alguns-paises-tratam-seus-residuos>.
Acesso em: 4 out. 2018.
Assim, espera-se que os estudantes comecem a compreender que a produção excessiva de
resíduos sólidos está relacionada a um modo de vida consumista e não sustentável, baseado em um
modelo econômico que gera exclusão social e degradação ambiental.
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3º bimestre – Plano de desenvolvimento
Como atividade de fechamento desta etapa, os estudantes, organizados em grupos, devem
produzir uma história em quadrinhos que busque retratar a relação local entre produção de resíduos
sólidos nas atividades cotidianas das pessoas e o modo de vida atual de nossa sociedade.
Etapa 2 – Tudo o que está no lixo é lixo?
Essa questão deve ser o ponto de partida para que os estudantes comecem a refletir sobre o
significado da palavra lixo e a se questionar sobre o desperdício de recursos naturais e sobre os
impactos negativos associados aos resíduos sólidos urbanos. Com base na tabela sobre consumo de
recursos e resíduos gerados em suas atividades cotidianas (atividade da 1ª etapa do projeto), cada
estudante deve pesquisar sobre o que poderia ser feito, em termos de “Política dos Rs” (alguns Rs
estão citados no Livro do Estudante). Para mais informações, acesse o link:
<www.mma.gov.br/informma/item/9410> (acesso em: 4 out. 2018).
Deve-se estimular os estudantes, além de aproveitar os conhecimentos que já têm sobre o
assunto, a buscar fontes diversas de informação, desde relatos de pessoas próximas até a consulta em
material bibliográfico mais específico. Caso haja disponibilidade de equipamentos com acesso à
internet na escola e/ou em suas residências, os estudantes devem ser incentivados a utilizá-la na
pesquisa. Os professores que integram o projeto devem dar as orientações acerca da escolha de fontes
confiáveis, bem como sobre métodos para seleção e organização de dados e informações.
A síntese da pesquisa deve ser apresentada na forma de uma nova tabela, a qual, além das
três colunas preenchidas na etapa anterior (relativas aos itens "Atividade", "Recursos consumidos" e
"Resíduos sólidos gerados"), deverá conter uma 4ª coluna com o título "Alternativas existentes". Nesta
coluna, devem ser descritas, a partir da pesquisa feita, ações que poderiam ser adotadas de acordo
com a política dos Rs.
Etapa 3 – Cadê o lixo que estava aqui?
Para esta nova etapa do projeto, sugerimos que os estudantes inicialmente reflitam e
exponham sua opinião a respeito da seguinte pergunta: O que aconteceria se os coletores de resíduos
sólidos urbanos da nossa cidade entrassem em greve? A construção de cenários futuros possíveis
devido a esse acontecimento, além de mobilizar diversas habilidades e competências dos estudantes,
permite vislumbrar alguns impactos negativos que a falta de coleta e disposição inadequada dos
resíduos sólidos urbanos podem provocar, além de valorizar o papel fundamental dos coletores, os
quais geralmente são discriminados socialmente.
Para verificar a possível validade de suas previsões, os estudantes devem pesquisar notícias
em jornais e revistas (impresssos e/ou digitais) sobre o que aconteceu em cidades em que houve greve
dos trabalhadores do serviço de coleta de resíduos sólidos.
A atividade anterior busca evidenciar que os resíduos sólidos que produzimos são
encaminhados para outro(s) local(is). Para qual local são levados os resíduos sólidos que você gera?
Essa é a pergunta que os estudantes devem investigar a seguir. Para tanto, os professores envolvidos
no projeto podem convidar um representante do órgão da Prefeitura ou da empresa responsável pela
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coleta dos resíduos sólidos urbanos no município para uma palestra, solicitando a ele que explique não
só para onde tais resíduos são encaminhados, mas também apresente dados sobre quantidade,
composição, quanto o município gasta para coletá-los e tratá-los, entre outras informações.
Recomenda-se que os estudantes elaborem previamente e de forma coletiva um roteiro de perguntas
a serem feitas ao palestrante. Se não for possível viabilizar a palestra, pode ser solicitado aos
estudantes que entrem em contato com a Prefeitura e/ou levantem tais informações nos meios de
comunicação locais e com pessoas da comunidade que tenham conhecimentos sobre o tema.
Caso haja condições técnicas e financeiras, propomos que esta etapa seja finalizada com uma
visita monitorada ao local aonde os resíduos sólidos urbanos do município são destinados. Nessa
mesma saída de campo, podem ser acrescentandos outros locais a serem visitados, tais como
cooperativa de coletores de materiais recicláveis, depósitos irregulares de resíduos sólidos e locais
onde antigamente os resíduos coletados eram depositados. Os estudantes devem fazer registros
escritos sobre as informações obtidas e, se possível, também fotográficos, os quais servirão de base
para o relatório que deverão elaborar.
Mesmo que não seja possível realizar o trabalho de campo sugerido, em sala de aula os
estudantes devem registrar, em um mapa do município, onde ficam esses locais para onde os resíduos
sólidos são ou eram encaminhados. A seguir, indicamos dois links do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE) que apresentam mapas de municípios brasileiros que podem ser utilizados como
referência.
• <https://mapas.ibge.gov.br/bases-e-referenciais/bases-cartograficas/mapas-municipais.html>;
• <www.ibge.gov.br/geociencias-novoportal/cartas-e-mapas/mapas-municipais.html>.
Acesso em: 4 out. 2018.
Se na escola houver computador com acesso à internet, os professores devem orientar os
estudantes a fazerem tal atividade usando sites ou programas que permita visualizar o mapa do
município e/ou imagens de satélite. Se não dispuser de computadores ou outros equipamentos digitais
com acesso à internet, essa pesquisa também pode ser realizada em bibliotecas públicas.
Para finalizar esta etapa, os estudantes, divididos em grupos, devem produzir uma matéria
jornalística voltada à comunidade do entorno da escola, sintetizando as informações e conhecimentos
adquiridos sobre o percurso dos resíduos sólidos urbanos em sua cidade, considerando tudo o que foi
estudado até aqui (pesquisa a respeito dos resultados de uma greve de coletores de lixo, informações
do serviço de coleta de lixo na cidade, bem como os locais para os quais o lixo é destinado). É
importante que o professor de Língua Portuguesa trabalhe a estrutura de uma matéria jornalística,
bem como suas características – título ou manchete, lide, organização dos fatos noticiados de acordo
com a estrutura do texto ou importância dos fatos, redação em 3ª pessoa, mídia utilizada para veicular
a notícia, etc. – e seus objetivos – informar um fato, esclarecer informações e dados, relevância da
notícia para o público-alvo, etc. – para desenvolver essa atividade de maneira adequada.
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Caso haja recursos, os textos produzidos poderão ser copiados ou impressos e distribuídos à
comunidade. Se houver disponibilidade de equipamento com acesso à internet na escola e/ou na
residência dos estudantes, tanto a produção como a divulgação dos textos podem ser feitas usando
tais recursos, o que propiciaria o desenvolvimento de habilidades específicas e também evitaria o
gasto de papel, mantendo assim coerência com o que está sendo discutido no projeto.
Etapa 4 – Para onde deveriam ir os resíduos sólidos urbanos?
Para esta etapa, os estudantes devem inicialmente compreender as diferenças entre lixão,
aterro controlado e aterro sanitário, e conhecer o funcionamento de cada um deles. A pesquisa em
livros didáticos e em outras fontes de informação (impressas e/ou digitais) deve ser sintetizada em
uma tabela comparando os impactos causados por essas três formas de destinação dos resíduos
sólidos urbanos (ver tabela abaixo).
A seguir, propomos um modelo de tabela comparativa dos impactos ambientais causados por
lixão, aterro controlado e aterro sanitário.
Identificação do impacto ambiental
Atributos do impacto
Caráter Ordem Magnitude Duração Escala Reversibilidade
LX AC AS LX AC AS LX AC AS LX AC AS LX AC AS LX AC AS
Meio antrópico
Tráfego de máquinas pesadas
Incômodo à população próxima
Geração de emprego e renda
Danos à saúde da população próxima
Meio físico
Poluição do solo
Poluição do ar
Poluição de corpos d’água superficiais
Poluição de corpos d’água
subsuperficiais
Meio biológico
Danos à flora do entorno
Danos à fauna do entorno
Danos à comunidade
aquática
Legenda: LX = lixão; AC = aterro controlado; AS = aterro sanitário.
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Antes de iniciar a atividade, recomendamos que o professor leia o artigo de Oliveira &
Medeiros (2007), disponível em: <www.mercator.ufc.br/mercator/article/view/59> (acesso em: 4 out.
2018), para poder explicar aos estudantes o significado de cada atributo e, assim, orientá-los
adequadamente no preenchimento da tabela.
Assim, com base no artigo, a tabela deve ser preenchida utilizando os seguintes símbolos
propostos por Oliveira & Medeiros (2007) para descrever os atributos de cada impacto previsto:
• Caráter: + (positivo), – (negativo) ou ? (indefinido);
• Ordem: D (direto) ou I (indireto);
• Magnitude: 1 (fraco), 2 (moderado) ou 3 (forte);
• Duração: C (curta), M (média) ou E (extensa);
• Escala: L (local) ou R (regional);
• Reversibilidade: (reversível) ou (irreversível).
A realização da atividade deve ser feita com os estudantes organizados em grupos pequenos,
favorecendo a troca de experiências entre eles e estimulando o trabalho coletivo. Após o
preenchimento da tabela, cada grupo deve apresentar aos demais o que fizeram e argumentar por
que escolheram o valor/símbolo para cada atributo relacionado a um impacto previsto nas três formas
de destinação dos resíduos sólidos urbanos analisadas. Considerando que, dependendo do impacto e
respectivo atributo, deverá haver convergências e divergências entre os grupos, a discussão sobre os
possíveis motivos de isso ter acontecido deve ser feita a fim de que os estudantes consigam defender
seus pontos de vista, compreender os de outros grupos e, eventualmente, modificá-los se
concordarem com os argumentos dos colegas.
A partir da pesquisa e do preenchimento da tabela desta etapa, espera-se que os estudantes
concluam que o aterro sanitário é o destino mais adequado para os resíduos sólidos urbanos. Sendo
assim, aliando os conhecimentos adquiridos na etapa anterior do projeto, poderão saber se os resíduos
de seu munícipio estão sendo destinados para o tipo de tratamento mais apropriado.
Etapa 5 – Construção e exposição de maquetes dos diferentes destinos e formas de tratamento dos
resíduos sólidos urbanos
Para finalizar o projeto, os estudantes devem se organizar em grupos (não necessariamente
nos mesmos grupos da etapa anterior). Cada grupo ficará responsável pela construção de uma
maquete de:
• Lixão;
• Aterro controlado;
• Aterro sanitário;
• Cooperativa de separação de materiais recicláveis;
• Usina de compostagem; ou
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• Central de reciclagem de entulho.
Idealmente, cada uma dessas estruturas deve ficar sob responsabilidade de ao menos um
grupo, garantindo que todas estejam representadas em maquetes (portanto, deve haver no mínimo
seis grupos por turma). Definidos os grupos, cada um deve fazer inicialmente uma pesquisa mais
detalhada sobre o tipo de estrutura escolhida. Novamente devem ser reforçadas aos estudantes as
orientações dos professores sobre como proceder uma pesquisa em fontes confiáveis e como
organizar os dados e informações coletadas. O uso da internet, caso esteja disponível na escola e/ou
na residência dos estudantes, deve ser estimulado como um dos meios para realizar a pesquisa. É
importante orientar os estudantes que, além de dados e informações escritas, devem buscar por
imagens esquemáticas e plantas da estrutura que vão representar na maquete. Entre esses últimos
exemplos (esquemas e plantas), o grupo deve selecionar o que vão utilizar como base para a
construção da maquete, ou então criarem um novo esquema, unindo detalhes complementares entre
duas ou mais imagens que considerarem mais adequadas.
O passo seguinte é o planejamento do grupo sobre como será feita a construção da maquete,
no qual se deve definir as atividades, a divisão das responsabilidades entre os integrantes do grupos,
a seleção do material a ser usado na maquete, entre outros. Os professores participantes do projeto
devem estimular os estudantes a utilizar material reciclável na contrução da maquete, assim como
orientá-los sobre as questões de escala de representação, proporcionalidades de tamanhos entre os
componentes da maquete e elaboração de legendas.
É importante orientar os estudantes com relação aos cuidados que devem tomar ao
manipularem material reciclável ou sucata e com relação aos equipamentos que podem utilizar para
o desenvolvimento das maquetes. Também é preciso salientar que devem evitar manipular latas
metálicas, pois as tampas podem cortar, bem como evitar outros objetos metálicos ou de vidro, que
podem oferecer risco. O professor ainda deve enfatizar que eles não devem utilizar equipamentos
perfurantes, cortantes ou que apresentem temperaturas muito altas – como pistola de cola quente.
Para isso devem contar com o auxílio e a supervisão de um adulto responsável. Além disso, os materiais
utilizados devem ser devidamente coletados e higienizados pelo professor ou por adultos responsáveis
para evitar riscos de segurança e de contaminação.
Para complementar o trabalho em sala de aula, pode-se solicitar que os estudantes se
organizem de maneira que cada um faça um dos componentes da maquete em sua residência e levem-
nos prontos à escola, para serem colocados na maquete. Caso haja possibilidade, pode-se também
disponibilizar o espaço escolar no contraturno, para que os grupos façam a construção das maquetes.
Finalizada a construção, deve-se organizar, na escola, uma exposição aberta à comunidade na
qual sejam apresentadas não apenas as maquetes, mas também as outras atividades desenvolvidas ao
longo do projeto: a tabela para investigação das atividades que consomem recursos e geram resíduos,
os relatórios de pesquisa, a história em quadrinhos e a matéria jornalística. Durante a exposição, os
estudantes devem ficar disponíveis para apresentar o trabalho ao público e esclarecer dúvidas sobre
como fizeram todas as atividades e o que aprenderam com ela.
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Proposta de avaliação das aprendizagens
A avaliação processual das aprendizagens durante o projeto deve ser feita por duas
abordagens complementares: avaliação pelos professores e autoavaliação pelos estudantes. Ambas
devem ser realizadas por meio de instrumentos diversos.
Cada uma das atividades propostas no projeto (pesquisas bibliográficas, elaboração de
relatórios, produção de história em quadrinhos, entre outras) está relacionada ao desenvolvimento de
habilidades e competências específicas das diferentes componentes curriculares envolvidas. Sendo
assim, os professores podem organizar uma matriz estabelecendo essas relações e os respectivos
indicadores para avaliar o nível de desenvolvimento alcançado pelos estudantes.
A autoavaliação deve contemplar tanto instrumentos de avaliação individual como do trabalho
em grupo. A elaboração de relatos pessoais e coletivos nas diferentes etapas do projeto, assim como
a aplicação de questionários, devem ser usados para tal fim.
O acompanhamento dos trabalhos dos estudantes pelos professores deve ser feito de modo
sistemático e constante. Se possível, é importante organizar algumas reuniões da equipe pedagógica
ao longo do projeto para que cada integrante compartilhe com os colegas suas experiências e
percepções, além de servirem como um espaço de planejamento e tomada de decisões coletiva.
Para saber mais – aprofundamento para o professor
ABRELPE. Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais.
Disponível em: <https://belasites.com.br/clientes/abrelpe/site/> (acesso em: 5 out.
2018).
BRASIL. Lei 12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos). Disponível em:
<www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12305.htm> (acesso em:
5 out. 2018).
CEMPRE. Compromisso empresarial para a reciclagem. Disponível em:
<http://cempre.org.br> (acesso em: 5 out. 2018).
GIMENES, E.; HISING, E. Aterros sanitários, aterros controlados e lixões: entenda o
destino do lixo no Paraná. Disponível em:
<https://cetesb.sp.gov.br/biogas/2017/08/01/aterros-sanitarios-aterros-controlados-
e-lixoes-entenda-o-destino-do-lixo-no-parana/> (acesso em: 5 out. 2018).
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Lixo: um grave problema no mundo moderno.
Disponível em: <www.mma.gov.br/estruturas/secex_consumo/_arquivos/8%20-
%20mcs_lixo.pdf> (acesso em: 5 out. 2018).
OLIVEIRA, F.F.G.; MEDEIROS, W.D.A. Bases teórico-conceituais de métodos para
avaliação de impactos ambientais em EIA/RIMA. Mercator – Revista de Geografia da